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Noite da Agonia
12 de novembro de 1823, quarta-feira. Há 202 anos
  
  
Na madrugada do dia 12 de novembro de 1823, temendo que o poder da Assembleia Constituinte ameaçasse seu reinado, dom Pedro I ordenou que o Exército invadisse o Plenário. O brigadeiro José Manuel de Morais entrou à frente de sua tropa, com um decreto em mãos.

Assinado pelo imperador, o texto dizia: "Havendo eu convocado como tinha direito de convocar a Assembléia Geral no ano próximo passado (...) Hei por bem, como imperador e defensor perpétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembléia e convocar uma outra". O episódio ficaria conhecido como Noite da Agonia.

Os membros da Assembleia, que se preparavam para redigir a primeira Constituição brasileira, resistiram por horas, mas não conseguiram evitar a dissolução do grupo. Muitos deputados, incluindo o Patriarca da Independência José Bonifácio, foram presos e depois deportados.

Dias depois, o imperador reuniu dez cidadãos de sua confiança. A portas fechadas, eles escreveram a primeira Constituição do Brasil independente, publicada no ano seguinte.

Esse episódio deixa claro o quanto a figura de Dom Pedro I é complexa. Afinal, desde criança, todo brasileiro está acostumado a ver dom Pedro I de pelo menos duas maneiras. A primeira é aquela dos livros didáticos, com sua pose sisuda, porte imperial e tão (pouco) atraente como uma estátua mal conservada em praça pública.

A segunda versão, mais popular, é a do dom Pedro intempestivo, mulherengo e temperamental, que proclamou a independência em um acesso de fúria à margem do rio Ipiranga, em meio a um forte desarranjo intestinal.

O que pouca gente sabe é que, entre essas duas versões, há outra face de dom Pedro bem menos conhecida no Brasil que só agora começa a ser resgatada. “Ele se tornou um símbolo de liberdade na Europa na década de 1830”, diz Isabel Vargues, professora de História da Universidade de Coimbra, em Portugal.

“Em meio a inúmeros monarcas conservadores que estavam de volta ao poder nesse período, Pedro IV foi considerado um estadista moderno que inaugurou um período liberal no país.” Não estranhe: Pedro IV é como nosso dom Pedro I passou a ser chamado pelos portugueses após ser proclamado rei em sua terra natal.

Pesquisas já revelaram um lado fascinante do homem que conseguiu transformar a América Portuguesa em uma única nação, destino bem diferente do da América Espanhola — que se fragmentou em várias repúblicas. Isso não significa, é claro, que dom Pedro esteja sendo conduzido ao posto de guia moral da história do Brasil.

De fato, ele teve várias amantes e é bastante confiável a possibilidade de que ele tenha tido crises de diarreia em meio à proclamação da independência. Mas o realce que uma parcela da população e de historiadores continua a dar a esses aspectos picarescos parece apenas confirmar o prazer que sentem os brasileiros em reduzir os feitos de nossos vultos históricos.

Afinal, é difícil imaginar que um americano ponha em xeque a grandeza de John Kennedy devido às suas escapadas conjugais, como a que teve com a atriz Marilyn Monroe. Tampouco seria fácil encontrar um francês diminuindo a grandeza de Napoleão por causa de algum mal-estar intestinal em meio a uma de suas batalhas — algo bem provável de ter acontecido.

“Não se trata de negar defeitos do caráter de dom Pedro I, mas de reconhecer que ele foi um estadista avançado quando comparado aos seus pares da época”, diz Braz Brancato, professor de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e estudioso da vida de dom Pedro após sua volta para a Europa. “Além disso, ele conseguiu governar em um dos períodos mais turbulentos para os regimes monárquicos, que estavam caindo a todo momento.”

Fonte: Aventuras na História



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