De acordo com informações do delegado seccional de Sorocaba, André Moron, e do delegado da DIG, José Humberto Urban Filho, as investigações tiveram início logo após o triplo homicídio ocorrido no dia 28 de janeiro de 2010 na Vila Helena. Os corpos de Marcelo Aparecido da Silva, 26 anos, William Júnior da Silva, de 23, e Jonathan Wesley da Silva, de 19, foram achados às 3h40 por policiais militares. Todas as vítimas foram mortas a bala. D.A.S., 23 anos, foi encontrado correndo pela avenida Ipanema, baleado no braço, e foi socorrido.
Disparos de arma de fogo foram ouvidos na rua Belo Horizonte. Jonathan estava dentro de um carro Passat Village, e já estava morto, bem como seu irmão, William, caído na via, ao lado do carro, que estava com a porta aberta. Distantes cerca de 50 metros do veículo, estava Marcelo, também morto. Outras viaturas policiais em diligências pelo lugar encontraram D. correndo pela avenida Ipanema.
“Nego” estava escondido na Vila Helena. Ele pertence à facção criminosa CRBC. Segundo os delegados, ele saiu de madrugada de onde estava para espairecer um pouco. Por acaso, encontrou o Passat dos rapazes, que ouviam no aparelho de som uma música de rap que fazia apologia ao PCC, outra facção criminosa, arqui-inimiga do CRBC. Temeroso de que pudesse estar sendo visado para morrer, armou-se e executou os jovens. A execução foi feita por “Nego” e outro bandido, que ainda não foi identificado. As vítimas não tinham passagem pela polícia.
Com a idéia fixa na cabeça de que estava sendo marcado para morrer pelo PCC, e nutrindo muito ódio pela facção, no dia 12 de março, “Nego” continuou os ataques. O empresário Emerson Cândido Martins, 36 anos, e o pintor Adriano Aparecido dos Santos, de 25, foram executados na rua Borba Gato, Vila Santana, às 22h50. Eles receberam vários tiros de calibre .12, principalmente no peito e rosto. Emerson estava com várias perfurações no tórax e rosto, e Adriano com o tórax bastante lesionado, os órgãos internos à mostra, e a mão dilacerada. Neste caso, o alvo era o pintor Adriano, vulgo “Cazuza”, com passagens pela polícia. Ele era “simpatizante” do PCC, e já teria atentado contra “Tago”. Este, “Nego”, e “Pastel” foram os executores.