O ano de 1983 começou e terminou com chuvas devastadoras em Sorocaba. A imagem, registrada pelo fotógrafo José Roberto Pinto, do Cruzeiro do Sul, mostra o prefeito Flávio Chaves (centro) ao lado do secretário de Governo (esquerda), Paulo Mendes. Quando tentavam passar pela avenida XV de agosto, para avaliar os estragos no Retiro São João, o veículo onde estavam ficou parado no alagamento, obrigando a refugiarem-se no teto.
Enchentes e desmoronamentos desabrigaram grande quantidade de munícipes naquele ano e o governo recém-iniciado de Flávio Chaves já acumulava sérios problemas. No início de fevereiro, a represa de Itupararanga subiu assustadoramente. No mesmo mês, o rio Sorocaba transbordou a atingiu diversas casas instaladas na Marginal. Barreiras caíram e prejudicaram os trens da Fepasa. Pessoas que tiveram suas casas atingidas por inundações tiveram isenção de impostos e a Minercal iniciou um trabalho de limpeza no rio Sorocaba. Semanas depois, casas no Éden foram alagadas, bem como a estrada que liga Sorocaba a Itu.
Em março, as chuvas continuaram a castigar Sorocaba e a Prefeitura chegou a criar “equipes de elite” para prevenir enchentes. Junho começou com muitas inundações, com interdição de rodovias e linhas da Fepasa.
Com a abertura das comportas da represa de Itupararanga, centenas de casas em Sorocaba e Votorantim foram inundadas. Adutoras do Saae foram obstruídas por conta da chuva, prejudicando o abastecimento de água na cidade. No fim do ano, as chuvas derrubam muros e voltaram a inundar casas no Éden, enquanto casos de leptosprose preocupavam moradores da Vila Hortênsia. Para encerrar o ano, ventos varreram a cidade e provocaram destruição.