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Foi aberto o tráfego até Villeta, atual George Oetterer e chegava até Ipanema
31 de dezembro de 187604/04/2024 17:49:09

Estação de Villeta
Data: 01/01/1877
Créditos: Wikipédia
(efs) .237.238.

Em 31 de dezembro de 1876 foi aberto o tráfego até Villeta, atual George Oetterer e, em 29 de outubro de 1879, chegava até Ipanema (Fig.3). Em 1880, chegava a Bacaetava há 120 km da capital paulista. [0]

Em 31 de Dezembro de 1876 foi inaugurado o trafego entre Sorocaba e Ypanema. A construcção do prolongamento para Bacaetava teve começo a 1 de Dezembro de 1878, e em Outubro de 1879, foi inaugurada a estação de Ypanema, a 131,480 kilometros de S. Paulo, e em 16 de Julho de 1882 foi aberto ao trafego o trecho de Ypanema a Bacaetava, ou mais 13,128 kilometros.

Continuada a construcção para o Tietê, foi inaugurada, em 1 de Agosto de 1882, a linha até Boituva. Em 1 de Janeiro de 1883 estava inaugurado o trafego da linha até Tietê, com a extensão total de 186,040 kiloanetros. De Boituva parte o ramal de Tatuhy, cuja construcção foi começada em 1884, sendo o trafego inaugurado em Julho de 1889, com a extensão de 21,640 kilometros. Também em 1884, foi contratada a construcção da linha de Boituva a Botucatu, cujo trafego foi inaugurado em Abril de 1889. Tendo- o Governo da União toncedido garantia de juros aos prolongamentos dos ramaes de Tatuhy para o Itararé, e de Botucatu para o Tibagy, foram os tra- balhos de construcção começados em 31 de Maio de 1890. A 11 de Maio de 1895 foi inaugurado o trafego do ramal de Itararé até Itapetininga, com a extensão de 42,924 kilometros, e a 7 de Novembro do mesmo anno che- gava o ramal de Tibagy" até Cerqueira Cesar. A construcção do prolonga- mento deste ramal continuou muito lentamente a fazer-se, assim como a do ramal de Itararé e só a 22 de Abril de 1906 foi inaugurado o trecho de Cer- queira Cesar a Mandury, com 21,035 kilometros de extensão. [O Brasil Suas Riquezas Naturaes Suas Industrias - Industria de Transportes (1909)][1]

No tempo em que a estrada de ferro só chegava até Sorocaba, esta cidade era o empório comercial de tôda a zona sul paulista (...) Meu saudoso avô tinha por costume, ao escurecer, ir sentar - se à porta da sua vivenda de Campo Largo. O céu ali era de uma limpidez maravilhosa e José dos Santos dava -me noções encantadoras sôbre astros e constelações; e daí sem dúvida o meu pendor para os estudos uranográficos.Ora, uma dessas noites sucedeu que o nosso colóquio viesse a ser interrompido pela passagem de um esplêndido bólide, cujo clarão alumiou tôda a paisagem. O brilhante meteoro tinha uma côr esverdeada e, no seu trajeto de sul para o norte, ia lançando fagulhas e deixando ouvir um fragor longinquo, como aquele que anuncia a aproximação de uma das chamadas chuvas de pedras ou granizos. A tal fragor, seguiu - se um estampido surdo, de curta duração.- Foi cair no morro da Fábrica, exclamou meu avô.O que é aquilo, padrinho ? perguntei cheio de curiosidade.É uma Mãe de Ouro . No tempo de dantes ela já morou alí no morro : havia lá então uma lagôa dourada e, à roda dela, ouro em tal abundância que era só ajuntar no chão. Mas eram muito raros os homens que a isso se animavam , porque essas riquezas da Mãe de Ouro eram defendidas por uns fantasmas que infundiam pavor. Outras pessoas sedentas de novidade, entre as quais alguns tropeiros, foram - se aproximando de nós, e meu avô, animando - se mais e mais, fez -nos uma preleção em regra.Houve contudo, continuou ele, um canhembora mais animoso do que os caipiras da vizinhança. Era um negro da Costa já bastante idoso, um escravo fugido de qualquer fazenda distante. Quando fazia bom tempo, o tal canhembora saía lá do seu esconderijo , e andava à cata das pedrinhas que lhe parecia conterem ouro. Punha - as num canudo feito de um gômo de taquarussú ; mas à proporção que o canudo se ia enchendo, minguava sua provisão de mantimentos. Que fazia então o negro canhembora?Tratava de vender sua colheita a um ourives de Sorocaba, seu freguês e protetor, o qual fazia com isso magnífico negócio. O negro chegava à cidade alta noite e se dirigia à casa do ourives onde ficava escondido enquanto o seu hospedeiro se encarregava de fazer-lhe, durante o dia, a compra de comestíveis. Chegada a noite, o pobre preto, tendo as malas cheias de mantimentos, regressava para a sua paragem da Lagoa Dourada, onde recomeçava a sua faina, escapando à vigilância solerte dos capitães de mato.Parece, porém, que o tal ourives de Sorocaba deu com a língua nos dentes, a propósito da mina de ouro do morro Araçoiaba.A notícia correu célere e sucedeu o que era de esperar : os bravos aventureiros surgiram um dia lá no morro , à procura da mina da Lagôa Dourada. O canhembora abandonou aquelas bibocas, procurando novo refúgio, e os aventureiros levaram um lôgro. Por que, padrinho ? perguntei. Porque a Mãe de Ouro também se mudou para outro ponto, onde ocultou de novo os seus tesouros. Agora ei-la de volta , e hão de vêr que a Lagôa Dourada, sêca por longos anos, vai encher - se de novo. E quem nos dizque ouro não vai abundar de novo no serro azul do Araçoiaba ? !— Então vovô, quando os buavas vieram ao morro não encontraram mais ouro ? perguntei.Nem sinal! Puzeram -se então a procurar prata, efoi novo trabalho perdido. Só encontraram pedras deferro, fáceis de reconhecer porque atraem agulhas.Pedras de ferro, sim, havia - as em abundância, e por issoos intrusos mudaram o nome do morro, o qual ficou sendoconhecido por Morro do Ferro .E que fizeram eles depois ?- Levantaram nas fraldas do morro um pequeno forno para derreter as pedras. Foi assim que surgiu nomorro Araçoiaba a primeira fábrica de ferro. Eis porque êle se chama tambem Morro da Fábrica.Nesse relato , algumas inexatidões existem a pedir correção. Há, em primeiro lugar, um anacronismo. Éfato histórico bem averiguado que a povoação de Sorocaba foi fundada no correr dos trabalhos de mineraçãono Morro do Ferro. Ora se o canhembora citado por meu avô alí estacionou antes da irrupção dos portuguesesno local, é obvio que nesse tempo Sorocaba ainda não existia; e assim sendo a história do ourives fica reduzida a uma lenda. Mas não só nesse ponto se achava equi vocado o narrador : vê- lo- emos através da resenha que vamos fazer, dos ensaios siderúrgicos do morro Araçoiaba. Seguiremos nela a ordem cronológica. [Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9. Apontamentos para história da Fábrica de Ferro do Ipanema (1959) Prof. João Lourenço Rodrigues][2]

II - Mãe de Ouro

"No tempo em que a estrada de ferro só chegava até Sorocaba, esta cidade era o empório comercial de toda a zona sul paulista. O comércio se fazia por meio de tropas arreadas. Partindo de Sorocaba, elas encontravam o seu primeiro pouso em Campo Largo, 3 léguas de distância.

O povoado tinha, já então, fóros de vila, que ainda conserva. Pouco antes da povoação, havia uma pequena capela, situada à esquerda da estrada real; logo adiante, descendo o ribeirão (Vacaí é o seu nome, ou Vacariú, segundo outros), havia duas casas fronterias: na da direita morava meu pai, e na outra, muito mais vistosa, morava meu avô materno - José dos Santos. Em uma e outra havia quartos para tropeiros; em frente, alinhavam-se algumas filas de mourões, aos quais os almocréves atavam os muares, à hora da carga ou da descarga.

As duas casas fronteiras já não existem, mas achava-se ainda de pé, aliás bastante deteriorada, a capelinha de Santa Cruz."
[Apontamentos para a História da Fábrica de Ferro do Ipanema, 03.12.1942. Prof. João Lourenço Rodrigues (1869-1954), Itapetininga/SP. Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP, Secretaria da Educação. Vol. 9, 1952. Páginas 410 e 411]
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