Morgado de Mateus concedeu sesmaria no morro de Biraçoiaba a Domingos Ferreira Pereira
14 de maio de 1767
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Memória Histórica Sobre a Fundação da Fábrica de Ferro de S. João de Ipanema
Data: 01/01/1822
Créditos: Nicolau P. C. Vergueiro
Página 9
Sesmaria Gracuyabá Morro (Sorocaba) Domingos Ferreira Pereira 14/05/1767 [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXVII, 1929]
Tentou fabricar o ferro, mas não conseguem atingir o ponto desejável, que fora obtido nas primeiras amostras enviadas a PortugalNa semana seguinte à constituição da companhia, oMorgado de Mateus concedeu sesmaria no morro de Biraçoiaba a Domingos Ferreira Pereira,porque se fazia necessária a obtenção de lenha para a fabricação do ferro. Entre fevereiro de 1767e janeiro de 1768, o mestre de caldear tentou fabricar o ferro, mas não conseguiu atingir o pontodesejável, que fora obtido nas primeiras amostras enviadas a Portugal. [Memória Histórica Sobre a Fundação da Fábrica de Ferro de S. João de Ipanema (1822) Nicolau P. C. p.9]
Morgado de Mateus concedeu sesmaria no morro de Biraçoiaba a Domingos Ferreira Pereira
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
“
Cada experiência é um degrau para o progresso da alma. Não fique preso ao passado. Você está, agora, diante de uma nova experiência. Dedique-se a ela de corpo e alma, e verá surgir o próximo degrau de evolução.Masaharu Taniguchi 9 registros