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Dandara jogou-se ao abismo para não retornar à ser escrava
6 de fevereiro de 169404/04/2024 15:48:30
Dandara*
Data: 01/01/1694
Créditos: Domínio público

Mataram Antonio Fernandes de Abreu, descendente do honrado paulista de igual nome que, no terço de Domingos Jorge, obrara milagres de valor, no ataque e destruição dos Palmares, no norte do país. [Capitania de São Paulo. Governo de Rodrigo César de Menezes, 1938. Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957). Páginas 114, 115, 116 e 117]

"Entre outras mortes que tinham executado foi a de Antonio Fernandes de Abreu, pessoa nobre descendente do honrado e famoso paulista o sargento-mor Antonio Fernandes de Abreu (1), que com este posto tinha obrado milagres de valor no terço do seu mestre de campo Domingos Jorge no sítio e conquista dos Palmares de Pernambuco em 1695, e destruição de 20.000 almas que dentro em si continha o sítio de Palmares, que governava o príncipe Zumbi, sendo governador general de Pernambuco Caetano de Mello e Castro. E já de antes tinha dado provas de seu valor na guerra e conquista dos bárbaros índios do sertão da Bahia em companhia de Estevão Ribeiro Bayão Parente, governador da dita guerra, com o exército de paulistas com que se embarcou no porto de Santos em Junho de 1671, conseguindo estas armas uma completa vitória contra os inimigos em 1672, e continuou a campanha até 1674." [arvore.net.br/Paulistana/Lemes_2.htm pág. 245]

Dandara foi uma guerreira negra do período colonial do Brasil. Após ser presa, suicidou-se se jogando de uma pedreira ao abismo para não retornar à condição de escrava.

Foi esposa de Zumbi dos Palmares e com ele teve três filhos. Sua figura é envolta em grande mistério, pois quase não existem dados sobre sua vida e/ou atos.

Descrita como uma heroína, Dandara dominava técnicas da capoeira e lutou ao lado de homens e mulheres nas muitas batalhas consequentes a ataques a Palmares, estabelecido no século XVII na Serra da Barriga, situada na então Capitania de Pernambuco em região do atual estado de Alagoas, cujo acesso era dificultado pela geografia e também pela vegetação densa.

Não se sabe se Dandara nasceu no Brasil ou no continente africano, mas teria se juntado ainda menina ao grupo de negros que desafiaram o sistema colonial escravista por quase um século. Ela participava também da elaboração das estratégias de resistência do quilombo.

Além de lutar, participava de atividades cotidianas em Palmares, como a caça e a agricultura. No quilombo era praticada a policultura de alimentos como milho, mandioca, feijão, batata-doce, cana-de-açúcar e banana.

Os ataques ao Palmares teriam se tornado frequentes a partir de 1630, com a invasão holandesa. Segundo a narrativa em torno de Dandara, ela teria tido importante papel no rompimento do marido com seu antecessor, Ganga-Zumba, primeiro grande chefe do Quilombo de Palmares e tio de Zumbi. Em 1678, Ganga-Zumba assinou um tratado de paz com o governo de Pernambuco.

O documento previa que as autoridades libertassem palmarinos que haviam sido feitos prisioneiros em um dos confrontos. E também a liberdade dos nascidos em Palmares, além de permissão para realizar comércio.

Em troca, a partir dali, os habitantes do quilombo deveriam entregar escravos fugitivos que ali buscassem abrigo.

Dandara, ao lado de Zumbi, teria sido contrária ao pacto por entender que se tratava de um acordo que não previa o fim da escravidão. Ganga-Zumba acabou sendo morto por um dos palmarinos contrários à sua proposta;
Dandara jogou-se ao abismo para não retornar à ser escrava


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