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Caso Ubatuba
14 de setembro de 1957, sábado. Há 67 anos
Ver Ubatuba/SP em 1957
2 registros
Em quase todos os casos envolvendo quedas de UFOs existe a falta de uma sólida evidência física. Há pistas de que ela esteja em algum lugar, que existam testemunhas que afirmem conhecer alguém que tem um pedacinho escondido ou guardado num cofre, mas de alguma forma estas evidências nunca chegam às mãos daqueles que realmente precisam vê-las:

os ufólogos. Com o relato sobre a explosão de um objeto voador não identificado sobre a cidade de Ubatuba, em São Paulo, isso mudou.

O caso começou no dia 14 de setembro de 1957, quando Ibrahim Sued, colunista do jornal O Globo, recebeu uma carta de uma pessoa afirmando que possuía fragmentos de um disco voador. Para provar as suas palavras, enviou alguns pedaços desses fragmentos juntamente com a correspondência, que dizia:

“Caro senhor Ibrahim Sued: Como leitor assíduo de sua coluna e um admirador, gostaria de lhe dar algo de grande interesse para o jornal sobre discos voadores, isto é, se você crê que eles sejam reais, é claro.

Não acreditava no que falavam e escreviam sobre eles. Mas alguns dias atrás fui forçado a mudar minha opinião. Estava pescando com alguns amigos, num lugar próximo à cidade de Ubatuba, no litoral de São Paulo, quando vi um disco voador. Aquilo se aproximou tão rápido da praia que um acidente era iminente. No último instante, quando o objeto estava quase tocando a água, fez uma curva para cima e subiu com um impulso fantástico.

“Nós acompanhamos espantados quando o disco explodiu, desintegrando-se em milhares de pedaços, que caíam no mar com um brilho magnífico. Pareciam fogos de artifício, mesmo que tudo tenha acontecido ao meio-dia. A maioria dos fragmentos caiu no mar, mas alguns pequenos pedaços tombaram perto da praia e nós os pegamos.

São muito leves, como papel. Estou enviando junto com a carta uma amostra desse material, pois não conheço mais ninguém em quem possa confiá-lo, para que seja analisado. Nunca li nada sobre resgate de discos voadores ou sobre partes ou fragmentos deles.

A menos que o meu achado tenha sido criado pelos militares e seja tratado como assunto ultra-secreto, tenho certeza de que o assunto será de grande interesse desse brilhante colunista. Estou mandando duas cartas iguais: uma para a redação e outra para sua casa”.

A assinatura na carta era ilegível e por isso não se pôde identificar a pessoa que a enviou. Este seria o maior problema do caso. Desde o início, a corrente de evidências foi quebrada. Sem este depoimento, não havia como se provar que o material enviado foi encontrado na praia.

Olavo Fontes, médico e ex-membro da Aerial Phenomena Research Organization [Organização de Pesquisa de Fenômenos Aéreos, APRO], leu na coluna de Sued o conteúdo da dita correspondência e acreditou que se tratava de uma farsa. A APRO surgiu em janeiro de 1952, na cidade de Sturgeon Bay, Wisconsin, nos Estados Unidos, mas terminou seus trabalhos na década de 80. Se o conteúdo do material fosse realmente verdadeiro, Fontes pensou que algo teria que ser feito. Resolveu então convidar Sued para um encontro particular. O colunista aceitou.Quatro horas depois estava conversando com Sued em seu apartamento. Havia um pedaço do metal numa mesa entre os dois. Fontes escreveria mais tarde: “Três pedaços de uma substância cinza escuro, sólida, de aparência metálica. Sua superfície não era lisa e polida, mas irregular e muito oxigenada... A superfície de uma das peças tinha rachaduras bem finas, sempre na longitudinal... A outra não mostrava sinais de arranhões ou fissuras, mas todas eram cobertas em algumas áreas por um material esbranquiçado... O fino talco branco era aderente, mas podia ser facilmente removido com a unha”. Fontes, em sua investigação inicial, disse que a carta estava certa. Embora as amostras se parecessem com chumbo, elas eram mais leves que alumínio, quase tanto quanto papel. Sued não mostrou interesse pelo material e, conforme Fontes, não acreditava em discos voadores. No final do encontro, Sued entregou-lhe os pedaços para que fossem analisados por cientistas.Riqueza de detalhes — O veterano Fontes tirou algumas conclusões depois de saber mais sobre o caso. Ele ficou impressionado com as observações feitas pela testemunha, pois dificilmente uma pessoa que estivesse mentindo conseguiria relatar um avistamento com tamanha riqueza de detalhes. Acreditava que o homem desconhecido não sabia coisa alguma sobre Ufologia e se quisesse publicidade ou dinheiro não teria enviado uma carta para Sued com amostras do material e, sim, teria organizado uma coletiva para a imprensa e contaria ele mesmo a sua história. É claro que todas essas conclusões foram preliminares. O mais importante é que os fragmentos estavam em poder de Fontes, e ele poderia mandá-los para estudo. O Laboratório de Produção Mineral, uma divisão do Ministério da Agricultura, concordou em analisar as amostras. A número 1, assim chamado por Fontes o maior dos fragmentos, foi submetida aos testes.

Ele ficou decepcionado porque não foi o próprio chefe do laboratório quem fez os exames. No lugar dele, foi designada a doutora Luísa Maria Barbosa. A amostra foi pesquisada por vários químicos. Eles determinaram que o fragmento, por causa de sua baixa densidade, não era um meteoro.

O doutor David Goldscheim tinha sugerido que aquilo era um metal muito leve, mas os outros se recusaram a aceitar essa possibilidade, sem antes analisá-lo melhor.

Um pequeno pedaço da amostra foi colocado dentro de um tubo de ensaio junto com algumas gotas de ácido fosfomolibdênico. Na presença do metal, o ácido tornou-se azul, mas nenhuma mudança foi detectada até que eles fossem aquecidos. Aquilo confirmava que o material era algum tipo de metal. A doutora Luísa submeteu então a amostra a análises de espectroscópio, determinando assim que o metal era magnésio.

Segundo o relatório que escreveu, “é magnésio com um alto grau de pureza, sem a contaminação de qualquer outro elemento metálico”. Isso não significa que não existam outros metais na amostra, eles somente não foram acusados neste teste. “Isso poderia ocorrer se as linhas características de contaminação de outros metais fossem escondidas pelas linhas do espectro”, afirmou.


1° de fonte(s) [29071]
Uma explosão em Ubatuba. THIAGO LUIZ TICCHETTI, ufo.com.br
Data: 1 de abril de 2017, ver ano (145 registros)



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