' João Goulart chegou de Brasília ao aeroporto em um avião da Força Aérea Brasileira - 02/04/1964 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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João Goulart chegou de Brasília ao aeroporto em um avião da Força Aérea Brasileira
2 de abril de 1964, quinta-feira. Há 60 anos
Ver Brasília/DF em 1964
4 registros
No dia 2 de abril, apesar de Jango ainda se encontrar em território nacional, o Congresso Nacional declarou a vacância da Presidência da República, entregando o cargo de chefe da nação novamente ao presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli.[3Em abril de 1964, o velho Salgado Filho — que encerrará sua história de seis décadas nas próximas semanas — testemunhou, em menos de 24 horas, uma montanha-russa de emoções. Na madrugada do dia 2, o presidente João Goulart, o Jango, recém deposto pelos militares, chegou de Brasília ao aeroporto em um avião Avro da Força Aérea Brasileira (FAB). Era esperado no Rio Grande do Sul por Leonel Brizola e pelo comando do Terceiro Exército, que permanecia aliado ao presidente. Um movimento semelhante ao de 1961, na Campanha da Legalidade, se formava: o povo se mobilizava nas ruas pela permanência de Jango no poder, comenta Flávio Tavares, autor de livros como 1964: o Golpe.LEIA MAISDepois de seis décadas, antigo terminal do Salgado Filho será fechado em setembro Depois de seis décadas, antigo terminal do Salgado Filho será fechado em setembro Obra de Aldo Locatelli no terminal antigo do Salgado Filho pode ficar fechada ao públicoObra de Aldo Locatelli no terminal antigo do Salgado Filho pode ficar fechada ao público— A tensão toda se voltava para o aeroporto, para a chegada de Jango — conta. De acordo com reportagem do jornal Última Hora, o avião pousou precisamente às 3h15min. Cinco tanques e aproximadamente 200 soldados esperavam Jango para garantir sua segurança. Primeiro a desembarcar, o presidente deposto entrou no saguão do aeroporto abraçado com o então deputado Leonel Brizola, "sorrindo largamente". Tavares, o último jornalista a conversar com Jango na saída do Palácio do Planalto, afirma que ele partiu para Porto Alegre se dizendo disposto a resistir — mas não foi o que ocorreu. Após reuniões e dormir por duas ou três horas na Capital, Jango retornou ao Salgado Filho e foi no mesmo avião a São Borja. De lá, seguiria para o exílio no Uruguai. O prefeito de Porto Alegre, Sereno Chaise, leu o pronunciamento do presidente, em que justificava ter optado pelo não derramamento de sangue. Tude Munhoz / Agencia RBSBrizola (com a neta Juliana no colo) passou pelo local após o exílio; era uma das presenças constantesTude Munhoz / Agencia RBS— A decisão do Jango de tomar o Avro da FAB e ir para São Borja mudou a história do Brasil naquele momento, porque deu o triunfo ao golpe de Estado. Se não tivesse viajado para São Borja, se não tomasse o avião, teria necessariamente que resistir — diz Tavares. A partida de Jango foi um dos maiores acontecimentos presenciados ali pelo jornalista Nelson Moura, que, entre as décadas de 1950 e 1970, foi setorista de aeroporto. Sua função na Folha da Tarde era fazer plantão praticamente todos os dias no terminal antigo do Salgado Filho, atrás de entrevistas inéditas e furos de reportagem com passageiros ilustres que partiam ou chegavam. Jefferson Botega / Agencia RBSJornalista Nelson Moura, entre as décadas de 1950 e 1970, foi setorista de aeroportoJefferson Botega / Agencia RBSAssim flagrou Ted Kennedy, senador americano de 1962 até 2009 e irmão do presidente assassinado John Kennedy, tomando uma cerveja Faixa Azul em uma conexão entre o nordeste brasileiro e Buenos Aires. Também aparece em fotos ao lado do meio-campista Didi, cercado de crianças deslumbradas, pouco após a Seleção Brasileira conquistar o mundial na Suécia, em 1958. Quando Ernesto Geisel, à época ainda presidente da Petrobras, se recusou a dar entrevista, Moura não poupou nas folhas do jornal: "chegou mal-humorado a Porto Alegre".— O aeroporto era o cartão de visitas de Porto Alegre e uma fonte de informações importantes. Tudo acontecia aqui, furos internacionais, passagem de artistas, de políticos. Aqui termina a história dele, é uma lástima. Mas vai para o progresso, para um mais novo, né?! — diz o jornalista aposentado, aos 88 anos

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