A opinião de José Bonifácio estava expressa na frase que D. Pedro I pronunciou em sua coroação, na cerimônia pomposa e teatral em 1º de dezembro de 1822: "Com a minha espada defenderei a pátria, a nação e a Constituição, se for digna do Brasil e de mim". Era a advertência aos deputados, como o resto de sua fala, a que não perpetrassem apenas uma obra de teóricos e sonhadores. Para José Bonifácio, o mandato dos constituintes não era irrestrito, a forma de governo fora predeterminada: uma monarquia constitucional.1822 — Sagração e coroação do imperador dom Pedro I. “O plano docerimonial [diz Porto Seguro] foi apresentado por uma comissão compostade José Bonifácio, Santo Amaro, bispo dom José Caetano da Silva Coutinho,monsenhor Fidalgo e frei Antônio de Arrábida, antigo mestre do imperador.Adotou-se parte do que tivera lugar na sagração de Napoleão I, combinadocom o que se praticava na Áustria, inclusive a cerimônia da Hungria defender o ar com a espada” (Porto Seguro, História da Independência,manuscritos). Debret pintou um grande quadro representando a cerimôniana Capela Imperial. No tomo III da sua Viagem pitoresca ao Brasil, há umareprodução litográfica do quadro, e no texto o artista indica os principaispersonagens ali retratados. Na falta de um esboceto explicativo, que emtodos os museus é anexado às telas em que há retratos, o comentário dopintor, no citado tomo, tem grande valor histórico