Policiais civis e militares fuzilaram 11 dos 15 presos que na madrugada de 13 de março de 1985, depois de cavarem um pequeno túnel, tentaram fugir do presídio regional de Sorocaba.
Os outros quatro conseguiram pular o muro externo e fugiram pelas ruas do bairro Mineirão, um dos bairros mais carentes da periferia de Sorocaba.
Preocupados com o cima de intranquilidade no presídio, pois foi a terceira tentativa de fuga nas últimas duas semanas, as autoridades locais mostraram-se muito cautelosas e no final do dia informaram que ainda não tinham condições para explicar exatamente o que ocorreu no estabelecimento penal e muito menos se as mortes poderiam ter sido evitadas.
A tentativa de fuga foi percebida por vota das 4 horas, pelos dois PMs que estavam de sentinelas nas guaritas do pátio externo. O alarme, segundo a versão de funcionários do presídio, não funcionou e os soldados dispararam contra os presos, atraindo a atenção dos PMs e carcereiros que estavam no alojamento, situado logo à esquerda de quem entra no presídio.
O que aconteceu depois que os demais foram alertados, ninguém explicou oficialmente. Ao lado dos corpos dos presos foram encontrados diversos estiletes feitos com os ferros dos vidros existentes nas celas.
Uma "teresa" (corda improvisada), feita com lençóis, colchas e toalhas, estava abandonada ao lado do muro externo.
O pequeno túnel que ligava o pátio interno ao externo tinha cerca de 3 metros de extensão.