Nos primeiros anos do Século XX, por volta de 1906, ao pesquisar o sambaqui do Morro Grande, situado num vargedo entre o Rio das Pedras e o Rio Comprida, no santuário ecológico da Juréia, em Iguape, o naturalista teuto-brasileiro Ricardo Krone (1862-1917), que viveu durante 30 anos em Iguape, encontrou uma curiosíssima estatueta de pedra, que ficou conhecida nos meios científicos como o ÍDOLO DE IGUAPE. O naturalista acreditava que essa peça teria sido esculpida por algum povo indígena dos Andes, vindo parar no sambaqui após longa imigração.
Sua descoberta provocou grande efervescência nos meios científicos nacionais e do exterior, pela singularidade da peça e por estar relacionada às origens do homem pré-colombiano, sendo sua idade calculada, pelo Carbono 14, em, aproximadamente, 25 mil anos. Suas medidas são 9 cm de altura por 3,2 cm de largura e 8 cm de comprimento. O Ídolo de Iguape encontra-se atualmente exposto no Museu do Ipiranga, existindo uma única cópia no Museu Municipal de Iguape.
Ricardo Krone descobriu perto de uma centena de cavernas no Vale do Ribeira (entre as quais a "Caverna do Diabo", em Eldorado), além de outra centena de sambaquis. FOTO: O Ídolo de Iguape, em foto tirada por Ricardo Krone, em 1906, in "Relatório da Exploração do Rio Ribeira de Iguape e Seus Afluentes", de 1906.