' Claude d’Abbeville e Yves d’Evreux - 01/01/1615 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Claude d’Abbeville e Yves d’Evreux
1615. Há 409 anos
 Fontes (2)
Este artigo tem como objetivo, através da leitura dos relatos dos capuchinhos franceses Claude d’Abbeville e Yves d’Evreux, membros do projeto colonial denominado França Equinocial (1612-1615), observar o panorama das relações entre os gêneros no Brasil colonial. Busca-se compreender as estruturas sociais existentes entre os índios Tupinambá que habitavam a região do Maranhão no início do século XVII, bem como analisar, através dos discursos destes religiosos, os papéis sociais reservados idealmente a homens e mulheres nas sociedades da Europa. Há espaço também para considerações sobre os choques entre as concepções culturais de gênero, as mudanças impressas nas relações de gênero por meio do processo de colonização e, finalmente, o papel desempenhado pela guerra, na sociedade tupinambá, na determinação dos papéis sociais de homens e mulheres. Como resultado, pôde-se estabelecer uma discussão sobre a evolução das análises acadêmicas que tratam da mulher americana ao longo das últimas décadas.

1° de fonte(s) [28292]
Antes da colonização, os indígenas do Brasil achavam que a Terra era redonda? Por Bruno Vaiano, em Revista Super Interessante
Data: 16 de junho de 2023, ver ano (481 registros)

Falta de registros impede uma resposta precisa – mas isso não significa que alguns povos não tivessem conhecimentos avançados de astronomia. É difícil cravar uma resposta, por uma série de fatores.

Primeiro, não dá para generalizar: havia mais de mil povos indígenas por aqui na época em que Cabral desembarcou, cada um com cultura e visão de mundo próprias.

Segundo: faltam registros. “Não há fontes escritas anteriores à colonização. O que existem são registros arqueológicos (utensílios, cerâmica, marcas de uso da terra)”, diz Luma Prado, mestra em História Social pela USP. Eles ajudam a entender aspectos gerais (onde os indígenas viviam, do que se alimentavam, qual era a densidade populacional), mas não permitem responder perguntas mais precisas.

Luiz Carlos Borges, pesquisador do MAST (Museu de Astronomia e Ciência Afins), acredita que, mesmo considerando essas ressalvas, é pouco provável que os povos indígenas soubessem que a Terra era redonda. “Nos antigos mitos, não há nenhuma menção ao formato do planeta”, diz Borges, que estuda as observações astronômicas indígenas.

Eles estavam preocupados com a própria realidade geográfica. Seria difícil tirar esse tipo de conclusão de forma empírica: ou seja, apenas observando o horizonte.

Isso não quer dizer que os indígenas não desenvolveram os seus próprios conhecimentos astronômicos. No único registro a respeito disso, datado do século 17, a dupla de capuchinhos franceses Claude d’Abbeville e Yves d’Évreux descreveu o povo Tupinambá do Maranhão. Eles sabiam a maioria dos corpos celestes do hemisfério e possuíam o próprio sistema de constelações. Com isso, era possível organizar calendários para marcar as estações chuvosas e as épocas de colheita. Os Tupinambá do Maranhão também já associavam as fases da Lua com as subidas e descidas das marés.


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