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Álvaro Tukano. Consulta em Wikipédia
20 de junho de 2024, quinta-feira. Há 0 anos
Álvaro Fernandes Sampaio (São Gabriel da Cachoeira, 3 de novembro de 1953), conhecido como Álvaro Tukano, ou Doéthiro, é um pensador, líder político, ativista pelos direitos indígenas brasileira do povo Yepã Mahsã ou Tukano. É um atuante líder indígena, que têm desempenhado importante papel na defesa dos territórios, tradições, saberes e direitos dos povos indígenas brasileiros, especialmente da região amazônica.[1] Álvaro Tukano é um dos mais importantes pensadores e lideranças indígenas do Brasil e é considerado um dos cinco intelectuais indígenas que na década de 1970 fizeram o movimento indígena acontecer.[2] [3]

Biografia

Álvaro Fernandes Sampaio nasceu na aldeia indígena do Rio Tiquié, no Município de São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro, no estado brasileiro do Amazonas. É filho do chefe Casimiro Lobo Sampaio (Tukano) e de Guilhermina Fernandes (Desana).[4]Ele permaneceu em sua aldeia até 1963, quando foi levado por seu pai a Pari Cachoeira, para estudar no colégio dos missionários salesianos. Em 1968, ele foi convidado para estudar em São Gabriel da Cachoeira, devido a seu bom rendimento acadêmico. Terminou o ginásio em 1972 e voltou a Pari Cachoeira como professor em 1973. [5] [6]Álvaro Tukano, que encontrou sua vocação militante ao conhecer a situação dos indígenas no Maranhão, se destacaram no cenário nacional e internacional da questão indígena, entre as décadas de 1970 e 1980, com os lideres como Mario Juruna, Marçal Tupã-Y, Marcos Terena, Daniel Pareci, Aílton Krenak, Davi Kopenawa Yanomami, Lino Miranha, Raoni e outros, que emergiram e se distinguiram como lideranças em momentos distintos. [7] No Livro “ A queda do céu”, escrito por David Kopenawa e Bruce Albert é possível encontrar histórias sobre essa militância pelos direitos indígenas.Movimento Nacional IndígenaAssembleia de Chefes Indígenas e IV Tribunal RussellEle participou de dois eventos que marcaram sua trajetória política: o primeiro deles, foi a Assembleia de Chefes Indígenas realizada na Ilha de São Pedro, Sergipe, em 1979, na qual teve seu primeiro contato com outros indígenas fora do estado do Amazonas;[8] o segundo evento, foi o IV Tribunal Russell, realizado em Roterdã na Holanda, em 1980, que ele tomou parte como testemunha de acusação contra a ação dos salesianos no Alto Rio Negro. [9] [10] Após esse evento, Álvaro passou a ser reconhecido nacionalmente como porta-voz dos povos indígenas no país. Já com o status de representante indígena e articulado à agenda dos movimentos sociais. [11]União das Nações Indígenas e Constituição Brasileira de 1988Entre 1981 e 1985 Álvaro Tukano percorre sua trajetória política desde sua inserção inicial no Movimento quando foi nomeado vice-presidente da União das Nações Indígenas e depois coordenador nacional.[12] [13] Em 1986, Álvaro Tukano abandou a UNI para defender a demarcação das terras indígenas no rio Negro [14] e participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição Brasileira de 1988. [15] No inicio da década de 1990 Álvaro Tukano participou no conflito e negociação com o governo federal e as mineradoras na região do alto rio Negro no contexto do Projeto Calha Norte e foi responsável para a fundação da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro.[16]Álvaro Tukano esteve na Europa, em abril de 1990, para assinar um acordo com as cidades europeias (conhecido como Klimabündnis) que era para defender e fazer uma campanha econômica para defender a Floresta Amazônica e colaborar com os povos indígenas. [17] Esta aliança existe ainda até hoje com Áustria na Região Rio Negro.[18]Influencia na cultura indígenaÁlvaro Tukano passou a atuar na cena literária em 2010, quando ele foi um elo de ligação entre o povo Tukano e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT/MCT), no desenvolvimento do projeto “Corredores Digitais”. Realizado juntamente com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o projeto desenvolveu conteúdos impressos e digitais, tomando como base as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Indígena, para capacitação de professores indígenas.[19]Entre 2009 e 2011, Álvaro Tukano desenvolveu a exposição "Séculos Indígenas no Brasil" que apresenta diferentes aspectos da vida cotidiana em várias comunidades indígenas brasileiras, além de trazer, em forma de depoimentos inéditos, a visão de figuras referenciais indígenas e da luta ambiental no Brasil. A expedição também foi mostrada no Rio +20 em 2012 [20] onde ele participou em escrever uma carta conferência mundial dos povos indígenas sobre o Rio +20.[21]Em seu cargo de diretor (entre 2018 e 2023) do Memorial dos Povos Indígenas (MPI), ele lançou em 2018 o livro “O Mundo de Tukano Antes dos Brancos”, onde fala sobre sua perspectiva e interpretação de aspectos culturais dos Tukano, tendo em vista que nasceu e foi criado em comunidade com seu povo [22] e é prova dá uma longa biografia ligada à defesa dos direitos dos povos indígenas, seus territórios e tradições no Brasil.Atualmente, Álvaro Tukano desempenha um papel crucial com a sua família como guardião da Casa de Cerimônias Indígenas Bahsakewi´í em Brasília, que funciona como uma embaixada informal para os povos indígenas quando estão na capital brasileira. Nesse espaço, ele se dedica a unir diversas tradições e culturas indígenas, proporcionando um ambiente de preservação e celebração das práticas ancestrais. A Casa de Cerimônias Indígenas Bahsakewi´í em Brasília desempenha um papel vital na manutenção da diversidade cultural e na transmissão de conhecimentos tradicionais entre as diferentes comunidades indígenas do Brasil fortalecendo o diálogo entre líderes de diversos povos fazendo a ponte entre aldeias e cidades.[23]ObrasExibiçãoSéculos Indígenas no Brasil Realização da Exposição Séculos Indígenas no Brasil, objetivando multiplicar a informação e o interesse pela história e pela cultura dos povos indígenas brasileiros. Contrato de patrocínio com a Eletrobrás. Edição e impressão do Catálogo “Séculos Indígenas”, coordenado por Frank de Azevedo Coe, com inventário descritivo de imagens e principais assuntos e personalidades relacionados à questão indígena durante a década de 1990. Convênio com a Secretaria de Identidade e da Diversidade Cultural.[24]FilmografiaParticipou no filme “Índio cidadão?” (2014) "Índio Cidadão? é um documentário sobre a luta das nações indígenas brasileiras pela conquista e manutenção dos direitos constitucionais conquistados na Constituinte de 1987/88. O filme resgata dois momentos chave nesse processo: a campanha popular dos povos indígenas na Constituinte e o período de manifestações em Brasília contra os ataques legislativos do Congresso Nacional, com a ocupação da Câmara dos Deputados no Abril Indígena 2013 e a Mobilização Nacional Indígena em outubro do mesmo ano." [25]PublicaçõesTembetá - Álvaro Tukano (2015) "A coleção Tembetá traz as trajetórias e as reflexões de grandes pensadores indígenas, em livros que reúnem ensaios, depoimentos e entrevistas. O homenageado deste volume é Álvaro Tukano, um dos maiores articuladores do movimento indígena, em projetos como a União das Nações Indígenas e a direção do Memorial dos Povos Indígenas em Brasília." [26]O Mundo Tukano Antes Dos Brancos. (2017) “´O Mundo Tukano antes dos Brancos´, centrado na mitologia e nos rituais tradicionais, descreve as bases cosmológicas, históricas e geográficas da civilização criada pelas nações indígenas do alto rio Negro, entre a fronteira do Brasil com a Colômbia, estendendo-se até a Venezuela, em um gigantesco território de imponentes selvas, pedras, rios e cachoeiras. Esse complexo civilizatório é descrito e interpretado, em sua origem, expansão e configuração atual, por um representante da nação Tukano, nascido e criado numa das comunidades tradicionais do seu clã, e com pleno domínio das suas línguas paterna e materna, respectivamente, Tukano e Desano. A publicação desta obra de Álvaro Tukano é um fenômeno literário de grande transcendência no Brasil, provavelmente sem paralelo, tanto pela magnitude e excepcionalidade da obra quanto pela singularidade do autor”. José Jorge de Carvalho [27]


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