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SARAPUÍ - Sorocaba Bairro Jardim Real. Consulta em memorialdosmunicipios.com.br
13 de setembro de 2024, sexta-feira.
A ORIGEM

A origem de Sarapuí está no que, durante as três primeiras décadas de 1700, era apenas uma pequena fazenda, então assumida por tropeiros do roteiro São Paulo – Itapetininga – Rio Grande do Sul, que, sucessivamente, acabariam por se instalar num rancho, onde comumente pousavam, às margens do ribeirão Camapuã, afluente do rio Sarapuí.

Fazenda Camapuan
1700, sexta-feira (Há 324 anos)
 Fontes (1)

Sabe se que, depois de um certo tempo, o povo 0 .s moradores da localidade construíram uma capela consagrada a Nossa Senhora das Dores, quando então o lugarejo passou a ser conhecido por Nossa Senhora das Dores da Fazendinha, que era como se conhecia a tal propriedade.

Ao suceder o ciclo do bandeirantismo no final do século XVI, o tropeirismo tinha como princi lado p0pal característica o uso de cavalos e mulas que, guiados pelos tropeiros, transportavam produtos para a exportação e abasteciam as regiões interioranas do Brasil. Além disso, os tropeiros eram responsáveis pela transmissão de notícias, intermediação de negócios, proteção de viajantes, demarcação e ocupação das fronteiras nacionais, consequentemente promovendo o impulso povoador.A necessidade de paradas, por vezes longas para esperar que as chuvas estiassem e o nível das águas dos rios baixasse, exigia pernoites e alimentação aos tropeiros, assim como pastos para alimentar os animais, fazendo com que famílias fossem se estabelecendo e se dedicando ao cultivo e comércio para atender aos viajantes. Nasciam assim, pequenas povoações e posteriormente cidades.

Sarapuí é uma cidade que nasceu do nada, mas que teve a vantagem de ser povoada por pessoas de garra, que lutaram, sem medir esforços, para transformar um simples povoado, em um município com excelente qualidade de vida. A história de Sarapuí, infelizmente não foi registrada integralmente em arquivos, apenas é preservada, em parte, pela tradição oral.

FUNDAÇÃO DO POVOADO

O então, hoje, município de Sarapuí originou-se no início do século XIX, de um desses pousos de tropeiros, denominado de Capela da Fazendinha, pertencente ao município de Itapetininga. Em 1832, foi erguida uma Capela em devoção a Nossa Senhora das Dores em um terreno doado pelo Capitão Luiz Vieira, dono de uma extensa área na região. Nascia nesta data uma nova Freguesia do município de Itapetininga, denominado de Vila de Sarapuí.

ORIGEM DO NOME

A origem do nome vem (Do tupi, sarapó ‘y). O nome Sarapuí é antigo; parece provir de tempos até mesmo anteriores aos bandeirantes, quando a região era dominada pelos índios carijós, antigos habitantes do lugar. Vem daí que Sarapuí, na língua carijó, seria rio dos sarapós, sendo sarapó o nome genérico dado às enguias de água doce, também conhecida por carapó, tira-faca, ituí-terçado, ituipinima, sarapó-tuvira e peixe-espada; possui coloração pardacenta e é usada como iscas de pesca. O topônimo é formado pelas palavras tupis sarapó (enguia) e ‘y (rio, águas).

IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DAS DORES

Apresentamos aqui alguns relatos documentados do início da construção da Igreja.A primeira capela construída pelos escravos data do século XVIII. Construída com taipa de pilão, tinha uma torre e sem campanário.

Temos um texto constante de uma das Atas da Câmara Municipal de Itapetininga, de 1838 que trata da Capela da Fazendinha: “... em cuja portaria sua Excelência houve por declarar capela Curada num lugar denominado Fazendinha no bairro dos Cabaçais e porque o povo até o presente não tem podido cuidar na dita capela, agora e pretendem fazer e estão dando começo e como deve concordar com esta Câmara.” – (Ata da Câmara Municipal de Itapetininga do período de 1834-1839).Os registros da Paróquia de Nossa Senhora das Dores tem início em 1839. Constata-se que já tinha a denominação de Matriz nos primeiros registros paroquiais daquele ano. Oficialmente o início da paróquia é de 1844.No testamento de Dona Maria Vieira de Santana, feito em 1842, ela declara que deseja ser sepultada na Capela da Fazendinha. Na prestação de contas testamentárias em 1845 aparece um recibo datado de 09/04/1844 no valor de 69$120 (sessenta e nove mil e cento e vinte réis) passado a um escravo por José Manuel Soares, “fabriqueiro e procurador da Nova Freguesia de Nossa Senhora das Dores da Fazendinha.” – (Silvio e Vieira pág. 11 e 12).

Neste local onde está a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, construída em 1925, foi erguida no século XVIII foi erguida uma capela que marcou o início do povoado. Construída em taipa, com a participação de escravos, era chamada de Capela da Fazendinha, construída na margem direita do Ribeirão da Fazendinha. A rua Cerqueira César, continuação da estrada Itapetininga – Sarapuí, corta o referido ribeirão. – (Hélio Holtz).

Muitos anos depois foi construída a Igreja Matriz toda de alvenaria, a qual foi inaugurada em 1925. Dona Maria Emília Cerqueira, viúva do senhor Delphino Cerqueira consta como doadora do altar totalmente entalhado em Jacarandá, conforme consta no livro nº 2 do tombo iniciado em 1878. Mais tarde colocaram um belo relógio com números romanos, o qual foi inaugurado em 12 de dezembro de 1961.

CRIAÇÃO DO DISTRITO

Em 13 de março de 1872, através da Lei Provincial nº 11, o povoado foi elevada à categoria de Vila, com a denominação de Sarapuí, e pertencente ao município de Itapetininga. NOTA: Após a solenidade de instalação oficial da Vila de Nossa Senhora das Dores de Sarapuí, autoridades e pessoas representativas da cidade participaram de um almoço de confraternização servido no amplo refeitório do Hotel Paulista. No evento usaram da palavra os cidadãos Francisco Antônio Pires da Motta, Joaquim Constâncio e o revmo. padre João Soares do Amaral.Em 28 de fevereiro de 1844, através da Lei Provincial nº 22, a Vila é elevada à categoria de Distrito, com o nome de Sarapuí, passando também a ser conhecido como “Distrito da Paz”.Em 19 de dezembro de 1906, através do Decreto Lei Estadual nº 1038, o Distrito de Paz é elevado à categoria de Cidade, com a denominação de Sarapuí, e pertencente ao município de Itapetininga.Em 21 de maio de 1934, através do Decreto Lei Estadual nº 6448, o Distrito de Sarapuí foi reduzido a condição de Distrito de Paz, e foi novamente incorporado ao município e comarca de Itapetininga.

ESCRAVOS EM 1874

Em reunião da Câmara Municipal, realizada em 16 de março de 1874, sob a presidência do capitão Antônio Leonel Ferreira, presentes os vereadores: Alferes Francisco José da Silva, João Batista Ribeiro, Honório José de Camargo Junior e Salvador Nunes Pinheiro, foi lida uma circular do Governo da Província ordenando a Câmara Municipal informar o resultado dos trabalhos de junta de classificação, declarando o número de escravos classificados e o processo observado nesses trabalhos.Posta em discussão, deliberou a Câmara que se respondesse ao governador da província “declarando que nesta Vila não há Coletoria e nem matrícula de escravos, que os escravos existentes neste município foram matriculados na coletoria da cidade de Itapetininga”.O secretário da Câmara, Francisco Antônio Pires da Motta, lavrando a Ata, anotou a falta de comparecimento à sessão dos vereadores João Ferreira de Medeiros e Fabiano Nunes Vieira. (Livro de Atas, fl.13-v).CRIAÇÃO E EMANCIPAÇÃO DO MUNICÍPIOEm 7 de outubro de 1937, através do Decreto Lei Estadual nº 3101, o Distrito é elevado novamente à categoria de Município, desmembrado do município de Itapetininga, com a denominação de Sarapuí.CORAL SINFONIA – ORGULHO DE SARAPUICriado em fevereiro de 1995, pela então primeira-dama Elizabeth Chauar, o coral, a princípio, tinha como objetivo proporcionar lazer às senhoras do grupo da terceira idade do município. Mas o coral, sob a regência da maestrina Lígia Palloni, superou as expectativas, tornando-se ativo e participante na vida da cidade de Sarapuí e outras cidades da região.Agregando valor cultural a essa região, o Coral Sinfonia começou a participar de festividades comemorativas cívicas e religiosas. Em 1997 venceu com louvor e distinção (nota máxima em todos os quesitos) 0 12º Festival Sertanejo Teddy Vieira e Nhô Bentico, realizado em Itapetininga, com a música Lenda Cabocla de autoria de Siegfried Schmidt e Lígia Palloni.Em 1998 também conquistou o primeiro lugar no 1º Festival de MPB em Sarapuí, com a música Saudades de Sarapuí, de autoria de Esmeralda Veronese. No mesmo ano, participou no Mapa Cultural Paulista do Estado de São Paulo, juntamente com o grupo teatral Em Cena Ação, do diretor itapetininigano João Luz, apresentando a peça O Rei da Vela, de Oswald de Andrade. A apresentação foi na cidade de Botucatu e o coral recebeu Menção Honrosa além da ovação do público presente. No ano de 2007, o Coral Sinfonia gravou seu primeiro CD com músicas do cancioneiro nacional, como marco para outros trabalhos.REGISTROS DO HISTORIADOR – LINHA DO TEMPO- A primeira sessão da Câmara Municipal da Villa de Saraphui foi no dia 15 de janeiro de 1877, e o seu primeiro presidente foi Antônio Leonel Ferreira.- Os vereadores de Itapetininga sob a presidência de José Pedro Strasburg deram início ao ato de posse dos vereadores de Sarapui.- Os primeiros vereadores de Sarapuí foram: Floriano Corrêa da Silva, João Batista Ribeiro, Fabiano Nunes Vieira, Vicente Ferreira dos Santos, Capitão Antônio de Almeida Paz, Ernesto Eugênio da Piedade e Frederico Augusto Holtz.- Em 1874, o governo provincial solicitou a Câmara Municipal informações sobre a quantidades de escravos matriculados em Sarapuí.- Em 1889, foi autorizado um leilão para angariar fundos para o reerguimento dos muros do cemitério perto da Matriz.- Observe-se o tamanho do município, que era bem maior do que é atualmente. Nesta época havia o Bairro do Pilar, que se tornou Distrito em 1877, e somente foi desmembrado de Sarapui quando se tornou município no dia 5 de novembro de 1891.- Em 1892, ocorreu umas das primeiras eleições que se tem registro em Sarapuí. A Apuração foi no dia 9 de setembro desse ano, e haviam 45 eleitores aptos a votarem e 18 candidatos a vereador, dos quais 10 se elegeram.- Em 1900, a Câmara Municipal de Pilar pede a Câmara Municipal de Sarapuí para Pilar passar a pertencer juridicamente à Comarca de Sorocaba. O pedido foi negado com a alegação que a distância entre as cidades eram muito maiores.- A Câmara Municipal já funcionou no prédio onde está instalada atualmente a Delegacia de Polícia Civil. Neste prédio também funcionou a Prefeitura Municipal.- O primeiro padre da Igreja Nossa Senhora das Dores foi João Soares do Amaral.- O primeiro vigário da Paróquia de Sarapuí foi Frei Jeronymo de Santa Columba, Capuchinho, e depois substituído pelo Padre Vicente Monzillo.- No Judiciário Sarapuí foi sede de Comarca desde 1893, constituída dos municípios de Sarapuí e Pilar.- O primeiro promotor público desta comarca foi o Dr. Philadelpho de Moraes Lima, que depois foi substituído pelo promotor Dr. Fructuoso Pinto da Silva Filho.- O primeiro Juiz de Direito foi o Dr. Leonce Augusto Pinheiro da Silva, que, durante 23 anos exerceu o seu cargo em Sarapuí, e, aposentado, ainda continuou a residir na cidade até o seu falecimento em janeiro de 1922. Quem o substituiu foi o Juiz Dr. Eduardo Silveira da Mata.- No eclesiástico, a Paróquia de Sarapuí nesta época, pertencia a Diocese de Botucatu.

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