Quando Colombo retornou à Espanha, este país resolveu assinar um tratado, o Tratado de Alcáçovaz, que em 1494, no início, determinava que todas as possessões à 100 milhas à oeste do arquipélago de Cabo Verde, pertenceriam a Portugal, e a partir dalí, tudo seria da Espanha.Portugal reagiu imediatamente, e o rei D. João II exigiu que um novo tratado fosse feito. Dessa forma, no início de junho de 1494, representantes das duas Coroas e um representante do Papa, se reuniram nessa minúscula cidade, cujo nome ressoa pelo mundo inteiro até hoje, e assinaram o famosíssimo tratado.
a questão é que, além de ser muito difícil fazer essa medição com precisão, nunca se decidiu, nos primeiros tempos, qual ilha do arquipélago de Cabo Verde e qual a légua que estava sendo usada. se a légua marítima, se a légua espanhola, se a légua portuguesa. E isso daria margem para uma controvérsia que perdurou durante séculos.
Depois de um tempo fica decidido que a ilha, a partir do qual se iniciaria a contagem era a ilha de Santo Antão, no Cabo Verde, e que as 370 léguas eram as léguas que as duas coroas usavam em comum. Mesmo assim, essa medição era complexa. E então, em 1498, dois anos antes do descobrimento oficial do Brasil, Portugal teria enviado duas expedições secretas para já estabelecer as limites dessa raia de Tordesilhas. Uma delas, comandada por Duarte Pacheco Pereira, teria ido até o Maranhão, onde
e outra expedição, comandada pelo grande, pelo extraordinário, Bartolomeu Dias, o homem que havia vencido o Cabo das Tormentas, o Cabo da Boa Esperança em 1488, ele teria, 10 anos depois, em 1498, vindo para Cananéa, trazendo junto com ele um degredado, o misterioso Bacharel de Cananéa.O local, nessa época, era chamado de Maratayama, que é um nome indígena, depois viraria Cananéa, e ninguém sabe direito o que quer dizer Cananéa. Talvez esteja ligado ao Velho Testamento, aos cananeus...Mas é lenda! Não se sabe realmente qual origem do nome Cananéa
e muita gente diz que foi em 1502, que a expedição de Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio, colocou aquele marco que está aqui na minha frente, o marco que delimitaria as possessões entre a coroa de Portugal e a coroa de Espanha, nessa lonjuras remotas da América do Sul.Mas se foi a expedição de Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio, de 1502, que colocou aqui esse marco ou não, não interessa tanto, porque o fato, é que, é certo que em 1531, Martim Afonso de Souza esteve aqui, e ele sim, teria colocado esse marco.