Dentre eles destaco para a nossa história local: o MSS.3015,com a descrição da Província do Brasil a Don Carlos de Aragon y Borja,de 30 de setembro de 1629 (nº 028); a descrição do Rio Grande, de Domingos da Veiga (nº 031); o roteiro de Pernambuco ao Maranhão deManoel Gonsalves Regeifin, de 1625 (nº 034); o acordo entre holandeses e portugueses para a entrega das “praças fortes” de Recife, Ceará,Rio Grande do Norte e Paraíba (nº 034); e a descrição da cidade e barrada Paraíba, de Antonio Gonçalves Pacheco (nº 032). Dentre todos osroteiros de viagens e descrições da terra brasileira, o mais completo texto quinhentista sobre a divisão administrativa, fauna e flora, língua ecostumes indígenas, está no MSS.3007: “Roteiro Geral com largas informações de toda a costa que pertence ao Estado do Brasil, dadescripsao de muitos lugares della especialmente da Bahia de Todos os Santos”(10), de Gabriel Soares de Souza, escrito em Madrid, em1º de março de 1587.Copiei e reproduzi a primeira parte, sumariando a segundacom os títulos dos capítulos sobre a Bahia, considerando o rigor dasdescrições ali contidas que, conforme a opinião do antropólogo francêsMetraux (11), torna esse livro verdadeiramente notável, pelo espíritocientífico espantoso do seu autor, considerando a sua época.O roteiro de Gabriel Soares de Souza foi apresentado emMadrid, em março de 1587. Várias cópias foram divulgadas com títulosdiferentes e com a omissão do nome do autor, o que provocou grandepolêmica sobre a sua verdadeira origem, somente esclarecida com a descoberta da Carta de Gabriel Soares de Souza a Cristóvão de Moura.Em 1825, a Academia de Ciências de Lisboa publicou a“Descrição verdadeira da costa daquele Estado que pertence àCoroa do Reino de Portugal, sítio da Baía de Todos os Santos”,(12) omitindo o nome do seu autor. Em 1851, Francisco Adolfo de Varnhagen (13) fez publicar na Revista do Instituto Histórico e GeográficoBrasileiro (Tomo XIV) o “Tratado Descritivo do Brasil, em 1587,obra de Gabriel Soares de Souza, Senhor de engenho da Bahia en’ella residente dezesseis anos seu vereador da Câmara”.Na Biblioteca do Palácio Real de Madrid existe o Códice nº2657, descoberto por Cláudio Gáns (14), intitulado “Memorias Historico-Cosmographicas de La bahia de Todos los Santos Capital del [p. 26]
(445) Libro 1478 – Pág. 230. Madrid, 8 Diciembre 1636. Sobre los soldados del Brasil que los enemigos hecharon en Indias de que tratauna carta de la Señora Princesa y de que agora se tuvo noticia quehan aportado a Cadiz.(446) Libro 1478 – Pág. 223. Madrid, 10 de Diciembre 1636. Sobre loque declaró Pedro Ferreira de Barros que fue tomado en Pernambuco del enemigo y llevado a Holanda, de donde llegó a Lisboa.3.3 – SECRETARIAS PROVINCIALES – LEGAJOS –PORTUGAL Y BRASIL(447) Legajo 10 – folio 63. Copia de una cédula de S.M. por la que semanda pagar á Americo Vespucio doce mil maravedis de que lehabia hecho merced de ayuda de costa – fecha in Toro, 11 deAbril 1505.
(448) Legajo 376 – (169 Encarnado) Avisos de nuevos descubrimientos y ocupaciones en el Brasil. Luis Sarmiento de Mendoça escreveu uma carta, dando noticia da divisão do Brasil em capitanias, da nomeação de Thomé de Souza para Governador Geral e de Duarte da Costa. Diz mais que um mameluco descobriu minas de ouro e prata. Lisboa, Noviembre 1553.
(449) Legajo 377 – Lo que se ha podido inquirir y saber lo tocante a lasarmadas gente y navios que de Portugal an partido para la costadel Brasil es lo seguiente. Diz que a esquadra partiu no Ano de1553 e se compunha de 5 vasos. Levava 40 cavalos.(450) Legajo 377 (170 Encarnado) A 9 de Março de 1554. Respostas ácarta de Luiz de Mendonça em que diz que o Rei de Portugal envia ao Brasil uma armada commandada por Antonio de Laureto,que leva muita gente, casados com suas mulheres e filhos parapovoar aquellas terras, e outros para fazerem entradas no interiordo paiz, e então, segundo seu juízo, penetrarão nas possessõeshispanholas, talvez na colônia de Asuncion.(451) Legajo 1011 – Lisboa, 13 de Marzo 1630. D. Fernando de Toledoa S.M. Con un Capítulo de la carta de franco. de Acuña que sirvede desembargador en que dice que en la Islã de S. Vicente se avian surtido 60 navios de Olandeses y que avian estado voz yvan a [p. 96]
(1085) Charcas 45 – 16 de fevereiro de 1599: Relação de Francisco deBeaumont y Navarra. Narra o reconhecimento que fez da costado Brasil. G. Viñas.
(1086) Charcas 45 – 13 de março de 1599: Auto do processo contra o Capitão de S. Vicente, do Brasil. Levante dos índios da Lagoa dos Patos. G. Viñas.
(1087) Charcas 17 – 15 de março de 1599: Carta da Audiência deCharcas. Entre outros assuntos, trata do contrabando feito porBuenos Aires e do comércio com o Brasil. Corresp. Charcas.(1088) Charcas 112 – 1599 a 1601: Memorial apresentado ao Conselhode Índias por Mateo de Aysa e Luis Quiñones, Procuradores deBuenos Aires. Entre outros pedidos, solicitam que se dê aos moradores de Buenos Aires licença para comerciar com o Brasil ecom a Guiné. (Com uma nota do Conselho de 1602). G Viñas,M.R.E. Argentina e B.N. Argentina.DOCUMENTOS SEM DATA – SÉCULO XVI(1089) Patronato 33 N. 21 R. 3 – sem data: Memorial apresentado aS.M. por D. Diego Flores Valdés. Necessidade de se ocupar opôrto de São Vicente e outros da costa do Brasil. Bibl. Marit.(1090) Patronato 33 N. 3 R. 61 – sem data: Memorial que dá contado estado da fortaleza de “Todos los Santos”, no Brasil. Por Fenando de Miranda. Bibl. Marit.(1091) Patronato 171 N. 2 R. 5 – sem data: “Los Religiosos de Santo Domingo. Sobre lo prejudicial que era la encomienda de índios”. (Há quatro documentos sobre o mesmo assunto). SoutoMaior.(1092) Charcas 265 – sem data: Várias notícias acerca da demarcaçãoentre a Espanha e Portugal na América do Sul, segundo a opinião de vários geógrafos e cosmógrafos antigos. G. Viñas eM.R.E. Argentina.(1093) Patronato 171 N. 2 R.9 – sem data: “Diego de Robles, sobreperpetuidad de los índios”. Souto Maior. [p. 201]
(1094) Charcas 265 – sem data: Traslado feito em data não mencionada. Tratado de Tordesillas, assinado em 7 de maio de 1495.M.R.E. Argentina.(1095) Buenos Aires 3 – sem data: “Costa del Brasil desde el cabo deS. Augustin”. Desenho tosco. 30 X 42 cm. Cartog.(1096) Mapas e Planos de Buenos Aires N. 2 Patronato 294 N. 14– sem data: “Apunte del Rio de la Plata y costa del Brasil”. 30X 42 cm. Map. Prata.SÉCULO XVII
(1097) Charcas 17 – 17 de janeiro de 1600: Do governador do Rio da Prata à Audiência de Charcas. Entre outros vários assuntos, trata da chegada do Governador do Brasil, Francisco de Souza. G. Viñas.
(1098) Charcas 33 – 14 de maio de 1600: Representação feita ao Governador Diego Rodriguez de Valdés, por Mateo Sanchez, emnome dos moradores daquela cidade. Necessidade de comérciocom os portos do Brasil. M. R. E. Argentina.(1099) Charcas 112 – 12 de março de 1600: Carta de Fr. Juan de Espinosa, Bispo de Santiago do Chile, a S. M. Entre outros assuntos,recomenda a abertura dos portos do Rio da Prata ao comérciocom o Brasil. M. R. E. Argentina e P. Pastell.(1100) Charcas 27 – 4 de maio de 1607: Carta do Governador doRio da Prata, Hernandarias de Saavedra. Trata da abertura de umcaminho entre Assunção do Paraguai e Santa Catarina. Descrição da Região de Guaíra. M . R. E. Argentina.
(1101) Buenos Aires 1 – 14 de junho de 1608: Real Cédula aos Governadores do Rio da Prata e Tucuman. Manda socorrer a D. Francisco de Souza, encarregado por S. M. de “beneficiar” as minas do Brasil, Espírito Santo e São Vicente. M. R. E. Argentina.
(1102) Charcas 27 – 12 de maio de 1609: Carta a S. M. do Governador do Rio da Prata Hernandarias de Saavedra. Descreve as regiões de Viaza, Guaíra, a costa do Brasil, porto de Santa Catarina. G. Viñas, M. R. E. Arg., P. Pastells e A. M. Paulista. [p. 202]
(1103) Charcas 112 – 25 de agosto de 1611: “Testimonio y trasunto de la comision que D. Luis de Souza, Gobernador de San Pablo, dio a los caciques de las aldeas de dicha villa para que fuesen a costa del mismo gobernador, con los indios sujeitos a dichos caciques, a buscar a los parientes que tengan en el Certón del Guayra; para que ayuden a labrar en las minas que tienen los portugueses de dicha villa”. (Há um traslado do mesmo documento, datado de 12 de novembro de 1612). M. R. E. Argentina, P. Pastells e A. M. Paulista.
(1104) Charcas 120 – 23 de setembro de 1611: Petição do Padre Diego de Tôrres, S. J., ao Governador do Rio da Prata, Diego Marin Negron. Roga que entregue aos dois padres o necessáriopara que possam evangelizar a região do Guaíra. P. Pastells e A.M. Paulista.
(1105) Charcas 120 – 20 de outubro de 1611: Decreto de D. Francisco de Alfaro, Visitador das províncias do Paraguai, Rio da Pratae Tucumán. Proíbe que se façam “encomiendas” com os índiosdo Paraná. Tibagiba e Guaíra , que os Jesuítas estão convertendo. P. Pastells.(1106) Charcas 1 – 29 de outubro de 1611: Consulta do Conselho dasÍndias. Ornamentos e estipêndio que podem ser dados aos jesuítas dedicados à conversão dos índios do Guaíra, Paraná e deoutros pontos da margem norte do Rio da Prata. M. R. E.Argentina.
(1107) Charcas 112 – 14 de novembro de 1611: Carta de D. Antonio de Añasco, Governador de Guaíra do Rio da Prata, Negrón. Prejuízos causados naquela província, região de Praanambu, pelos portugueses de São Paulo G. Viñas.
(1108) Charcas 112 – 20 de novembro de 1611: Traslado da Real Cédula dada aos Oficiais Reais do Rio da Prata. Ornamentos e outros auxílios a serem dados aos jesuítas que se dirijam às missõesda região de Guaíra. M. R. E, Argentina.(1109) Charcas 112 – 8 de janeiro de 1612: Carta a S. M. do Governador do Rio da Prata. Separação dos Governos de Buenos Aires eGuaíra, Ataque dos Portugueses de São Paulo. G. Viñas, P. Pastells e A. M. Paulista. [p. 203]
mou para forçar a entrega dos Sete Povos das Missões aos portugueses. M. R. E. Argentina e P. Pastells.(1356) Buenos Aires 535 – 19 de julho de 1753: Carta do Governadorde Buenos Aires ao Secretário de Estado. Dificuldades para aentrega dos Sete Povos das Missões, em vista da rebeldia dos índios. M. R. E. Argentina e P. Pastells.(1357) Buenos Aires 535 – 19 de julho de 1753: Carta do Padre JoséBarreda, Provincial dos Jesuítas, ao Governador de Buenos Aires.Dificuldades na entrega dos Sete Povos das Missões. M. R. E.Argentina, P. Pastells e Camp. Brasil.(1358) Buenos Aires 304 – 5 de setembro de 1753: Declaração de vários índios mandadas tomar pelo Governador de Buenos Aires.Sobre a oposição dos caciques à entrega aos portugueses dosSete Povos das Missões. P. Pastells.
(1359) Buenos Aires 304 – 9 de outubro de 1753: Tradução de um livro escrito em guarani que se encontrou entre os despojos dos índios de Yapeyu. Contém notícia dos acontecimentos ocorridos durante a revolta dos índios contra a entrega das missões aos portugueses. P. Pastells.
(1360) Buenos Aires 304 – 15 de outubro de 1753: Carta do Governador de Buenos Aires ao Secretário de Estado. Notícias de suaexpedição aos Sete Povos das Missões. M. R. E. Argentina e P.Pastells.(1361) Buenos Aires 304 – 15 de janeiro de 1755: Cópia de certosdocumentos que existem na Secretaria sob a guarda de D. PedroMedrano. Dificuldades da expedição para desalojar os índios dosSete Povos das Missões. P. Pastells.(1362) Buenos Aires 304 – 20 de janeiro de 1755: Carta do Governador de Buenos Aires a Gomes Freire de Andrade. Sobre a expedição para desalojar os índios dos Sete Povos das Missões. P.Pastells.(1363) Buenos Aires 304 – 12 de fevereiro de 1755: Carta de GomesFreire de Andrade ao Governador de Buenos Aires. Em resposta à carta de 20 de janeiro. Trata da expedição aos Sete Povosdas Missões. P. Pastells. [p. 234]