1° de 1 fonte(s) [k-4080] DO BRASIL FILIPINO AO BRASIL DE 1640 Data: 1968, ver ano (106 registros)
Um dos campos mais eficientes da administração de Diogo Botelho foi, sem dúvida, o da Justiça, procurando impor aos oficiais e aos colonos a observância das leis judiciais. Vimos como a sua intransigente ação em Pernambuco lhe valeu, da parte dos seus inimigos, um inquérito ordenado pela Côrte. Mas o governador não se desarmou perante os golpes que o queriam derrubar e, por seu turno, fêz levantar devassas aos que haviam infringido as determinações régias. Enviando cópia dos processos, Botelho logo informou o monarca dos "casos graves e atrozes" que se passavam na administração do Brasil e que o tinham forçado a proceder contra os faltosos.
Sucedeu, porém, que êsses papéis desapareceram no reino, devido a influências - do secretário Diogo Velho? - que se ligavam às pessoas visadas. Pois Filipe III, em carta de 31 de janeiro de 1605, não teve dúvida em apoiar a ação do Governador, "que convinha muito a seu serviço e bem da Justiça", (87) ordenando que os papéis fôssem achados sem demora e remetidos ao Conselho da Índia para a devida apreciação. Mas os documentos levaram sumiço, dado que os perdera quem nisso tinha interesse; e o monarca teve de ordenar ao bispo Castilho, sete meses depois, que escrevesse a Diogo Botelho, "nas primeiras embarcações", para êste remeter a cópia dos papéis (Carta de 21 de agosto de 1605, Biblioteca da Ajuda, códice Sl-VII-8, fol. 111.).