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Toca e Literatura - Revista cultural do Amapar - #2
dezembro de 2008. Há 17 anos
de Conquista dos Campos de Guarapuava,comandada pelo Tenente-Coronel DiogoPinto de Azevedo Portugal.Estas terras figuraram entre as primeirassesmarias concedidas pelo capitão-mor povoador Antônio da Rocha Loures, a partir do anode 1819. Contendo uma área de 31.074.253,5braças quadradas, tinham sua localizaçãonos Campos do Pinhão, onde foi fundada aFazenda Boa Cria, com sua sede em taipa depedras para proteção contra possíveis ataquesdos indígenas. A fazenda, em pouco tempo,tornou-se muito próspera, pelo trabalho eperseverança dos seus donos e rentabilidadedo negócio.A liderança de Antônio de Sá Camargodesde logo se mostrou manifesta. Contam ashistoriadoras Gracita Gruber Marcondes eAlcioly Therezinha Gruber de Abreu, em seulivro “Philantropia Guarapuavana: 150 Anos deHistória”, editado por Unicentro, que:“Na madrugada de 17 de junho de 1839um bando de indivíduos, formado pordesertores da Revolução Farroupilha,alguns elementos locais, índios e escravos,intitulando-se ‘farrapos’, tentaram assaltar a Cadeia Pública para se apoderaremdas armas ali existentes, a fim de saqueara sede da Freguesia e as fazendas de Guarapuava.Informado do Plano dos assaltantes, por umdos seus escravos, Antônio de Sá Camargopreparou a resistência.À noite, quando o bando atacou a cadeia aosgritos de ‘Viva a República’, encontrou 36 fazendeiros entrincheirados que revidaramo ataque e conseguiram prender os infratores. Porém no incidente saiu ferido JoaquimAlves Ribeiro, genro de Antônio da RochaLoures, que comandou a defesa.No processo crime, o Juiz de Paz, Antônio deSá Camargo, lavrou o seguinte termo:‘Sumariando a culpa, obrigo à prisão elivramento: Jerônimo José Teixeira, Manoel Ribeiro da Silva, Francisco Marques,Anastácio Cardoso, Manoel Alves, InácioJosé (índio), Diogo Ferreira (índio), ManoelGarruxo, João da Silva Bello, Bruno (índio),Theodoro Antônio, Delfino Rodrigues, JoséFrancisco Palhano, Victorino José, José deOliveira, José Inácio de Oliveira, João deDeus, Inácio Paulista, Adriano Lemes e Joãoda Costa pelos crimes, não só de ferimento emJoaquim Alves Ribeiro, como por atacaremesta povoação, fazendo fogo na guarda doquartel para destruí-la e em seguida matarem os principais habitantes deste Distrito elevaram suas famílias para abrigar à prisãoe livramento.Elias José do Espírito Santo e seus filhos:José, Manoel, Antônio, Francisco e Felixda Silva por serem coniventes ao crime. Oescrivão lance seus nomes no rol dos culpados(aa) Antônio Sá de Camargo.’O Tribunal do Júri da Comarca de Castro, realizado em 23 de outubro de 1839,na Igreja do Rosário e presidido pelo Dr.Agostinho Ermelino de Leão, condenou 11daqueles criminosos a 20 anos de ‘galés’ eabsolveu os demais. Serviu como PromotorPúblico, Manoel Martins de Araújo.”

Este importante registro sobre os perigosque rondavam as fazendas e o pequeno vilarejode Guarapuava nos seus primeiros anos deexistência, tem por base o arquivo históricoBenjamin C. Teixeira: Registros Históricos –Guarapuava – 1947.A Freguesia de Nossa Senhora de Belém, de Guarapuava, é preciso que se diga,nesta época contava com um território demais de 175.000 km² – o da antiga provínciaespanhola de El Guayrá –, era o povoado maisavançado em direção ao Oeste, e contava,então, com uma população de menos de doismil habitantes.

Antônio de Sá Camargo, quando viajou pela primeira vez para Guarapuava, tinha 14 anos, e o fez na companhia de seu avô Manoel José de Araújo e de seus tios, que tinham por fito conhecer as terras de campos que haviam adquirido por sua colaboração prestada à Real Expedição de Conquista dos Campos de Guarapuava. Sabe-se que, em 1827, segundo Luiz Romaguera Netto em seu livro “Gertrudes e o Padre Camargo”, p. 22, já se achava administrando essas terras, nas quais fundou a Fazenda Boa Cria. A seu respeito, anotou o historiador guarapuavano Benjamim C. Teixeira, em sua obra Efemérides Guarapuavanas:

“1836. 30 de dezembro. Antônio de Sá Camargo, filho de Antônio Joaquim de Camargo e Matilde Umbelina da Glória, nasceu em 1808, na estância de seu avô Manoel José de Araújo, casa-se com Zeferina Marcondes de Sá. Antônio teve seus primeiros estudos em Sorocaba – SP. Aos 14 anos veio para Guarapuava e foi o primeiro Juiz de Paz eleito. Auxiliou a expedição do Engenheiro Henrique Beaurepaire Rohan ao Chagu, cuja finalidade era explorar a navegabilidade do Rio Iguaçu. Auxiliou a missão Rebouças nas descoberta do misterioso campo denominado Paiquerê. Comendador da Rosa.

Refere-se este registro, certamente, à sociedade formada entre Antônio de Sá Camargo e o cônego Antônio Braga d’Araújo, e às bandeiras em número de cinco que seguiram em direção ao sertão do Piquiri, Ivaí e Corumbataí, destinadas ao descobrimento das terras de campos situadas no atual município de Campo Mourão, local de caça e pesca do temido cacique Tayobá. Estas expedições,embora não tivessem alcançado Campo Mourão, tiveram o mérito de abrir caminho em direção ao Norte e ao Mato Grosso. A tarefa foi completada mais tarde, pelo Comendador Norberto Mendes Cordeiro com a ajuda do índio Capitão Bandeira, conhecedor daquele sertão.

Tendo conquistado sucesso e grandefortuna em suas atividades ligadas ao campo,o futuro Visconde de Guarapuava passou a sededicar, também, à filantropia e à vida pública,auxiliando, até o final de sua vida, obras comunitárias e de caridade.Filiou-se à loja maçônica PhilantropiaGuarapuavana, onde foi maçon grau 18.Auxiliando a iniciativa do catequistaPadre Francisco das Chagas Lima e docapitão-mor povoador Antônio da Rocha [p. 42, 43, 44]



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Destaques

1836
•   30/12- Sociedade formada entre Antônio de Sá Camargo e o cônego Antônio Braga d’Araújo

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