Se a riqueza global fosse dividida igualitariamente, cada adulto teria R$ 514 mil em 2024. Por Renata Turbiani, em epocanegocios.globo.com - 21/09/2022 de ( registros)
Se a riqueza global fosse dividida igualitariamente, cada adulto teria R$ 514 mil em 2024. Por Renata Turbiani, em epocanegocios.globo.com
21 de setembro de 2022, quarta-feira. Há 2 anos
A riqueza global no ano passado totalizou US$ 463,6 trilhões (cerca de R$ 2,3 quatrilhões) nas atuais taxas de câmbio, um salto de 9,8% em relação a 2020, segundo o último relatório de riqueza global elaborado pelo banco Credit Suisse e divulgado na terça-feira (20).
Segundo o estudo, a riqueza por adulto globalmente em 2021 foi de US$ 87.849 (R$ 451,7 mil), o que corresponde a um aumento de 8,4% na comparação com o ano anterior. O portal Quartz aponta que, se os valores fossem divididos igualmente, cada pessoa adulta do planeta receberia US$ 100 mil (R$ 514,2 mil) em 2024.
Ainda pelos dados do banco, a parcela de riqueza do 1% do topo da pirâmide aumentou pelo segundo ano consecutivo, com esses indivíduos representando 45,6% da fortuna mundial em 2021. Além disso, o número de pessoas com patrimônio líquido ultra alto (com US$ 30 milhões ou mais em fundos de investimento) cresceu 21%.
Apesar das disparidades, foi constatado que a diferença entre ricos e pobres diminuiu no último século graças ao progresso nos países pobres. “Assim, a família média conseguiu acumular riqueza nas últimas duas décadas”, disse Anthony Shorrocks, economista e autor do trabalho.
Mundo ganhou 5,2 milhões de milionários
O Credit Suisse relatou ainda que cerca de 5,2 milhões de pessoas se tornaram milionárias no mundo em 2021, sendo 2,5 milhões só nos Estados Unidos. Com isso, o ano fechou com um total de 62,5 milhões de ricos.
Os países que mais contribuíram para a elevação do patrimônio mundial no período foram, nesta ordem: Estados Unidos, China, Canadá, Índia e Austrália. No caso do primeiro colocado, o país respondeu por pouco mais da metade desse aumento. Já o segundo somou mais de um quarto.
Cada nação “provavelmente foi ajudada por aumentos significativos na produção econômica em 2021, combinados com uma atividade vigorosa em seus respectivos mercados imobiliários ou de ações”, relatou o banco.