Biografias18386. Pedro DiasSegundo Pedro Taques (ou Silva Leme?), Pedro era português e veio a São Vicente como irmão leigo da Companhia de Jesus, junto com o padre Manuel da Nóbrega, fundador de São Paulo. A "História da Companhia de Jesus", do padre Serafim Leite, entretanto, desmente que tenha vindo de Portugal: "Em 1566 estava na Bahia o Ir. Pedro Dias, ainda noviço, nascido cá na terra". Seu nome não consta mais do catálogo de 1567, o que indicaria sua dispensa dos votos para se casar.Casou-se em primeiras núpcias com Maria da Grã, nome cristão da índia Terebé, filha do cacique Tibiriçá (Martim Afonso Tibiriçá, em homenagem do governador da terra).Viúvo, casou-se com Antônia Gomes da Silva, filha de Pedro Gomes e Isabel Afonso.Em 1590, Pedro ditava seu testamento em São Paulo.Viúva de Pedro, Antônia se casou com Gaspar Nunes.SL, I, p. 9Marcha para o Oeste, p. 109EM, I, 60 e 233Velhos Troncos Mineiros, p. 54Primeiros Povoadores do Brasil, p. 9222982. Manuel Tavares BrandãoManuel Tavares era sesmeiro em 1645 no Campo Novo do Pasteleiro, na Paraíba do Sul, pois sesmaria passada nesse ano faz referência a suas terras. Lá morava em 1655, quando foi nomeado por Antônio Coelho Cardoso para seu procurador no povoado. Há outra referência a esse nome em 1682 como confrontante de terras doadas por João Gonçalves Romeiro a seu genro Manuel da Mata Pinheiro.23672. Gonçalo Correia EanesGonçalo Correia, que viveu na quinta de Penaboa, junto à Vila Nova de Famalicão, como seus pais e avós.Foi casado duas vezes: a primeira com Felipa de Sá, filha de Martim de Sá, descendente de Rui de Sá Souto Maior. Por este casamento originou-se a união dos dois sobrenomes: Correia e Sá.Casou em segundas núpcias (por volta de 1580) com Maria Ramires que, segundo o padre Marcelino Pereira, era sua criada. (FG, IV,438; e CR-PFRJ, I,370)24714. Brás CubasBrás nasceu na cidade do Porto (Portugal) por volta de 1507, filho de João Pires Cubas e Isabel Nunes Martins.Cavaleiro Fidalgo da Casa Real.Era criado de Martim Afonso de Souza e veio com ele na expedição colonizadora de 1530, radicando-se em São Vicente.No ano de 1532, recebia terras em Piratininga. Participou da inauguração da vila de Todos os Santos e nela assentou em 1534 a Santa Casa, então com o nome de Hospital de Todos os Santos.De 1535 a 1539, ele esteve no reino. Em 1536, embora ausente, recebeu em sesmaria as terras de Jeribatiba.Em São Vicente, ele foi Provedor e Contador da Fazenda Real. Em 18 de junho de 1551, seu cargo foi tornado vitalício por D. João III. Em 1553, foi lhe dada a Provedoria da Capitania de Santo Amaro.Depois, capitão mor por nomeação de 26 de novembro de 1544, tendo sido empossado a 8 de julho de 1545.Em 1546 presidia às eleições que indicariam os vereadores para a primeira legislatura da Câmara de Santos.Financiou a Casa Real nas guerras contra o gentio no período em que foi capitão mor, mas cobrou da Coroa, que mandou reembolsá-lo.Acusado de ter destruído o patrimônio de Pedro Correia, não quis concertar com ele e fugiu para Portugal, como relata o padre Manuel da Nóbrega, em carta de 15 de junho de 1553. Voltou pouco antes de Nóbrega escrever a carta e, com lágrimas nos olhos, pediu perdão ao prejudicado, que havia ingressado na Companhia de Jesus. Como reparação deu os escravos que tinha tomado a Pedro e mais dez vacas, para que os meninos dos jesuítas pudessem ter leite para tomar.Foi novamente capitão mor em 1555 e 1556. Em meados de 1556 deixou a capitania de São Vicente sob o comando de seu genro Jorge Ferreira e rumou à Bahia, para tratar da guerra contra os tamoios de Cabo Frio.Em 1560, voltando da vitória sobre os franceses, internou-se pelo sertão à procura de ouro e prata. Regressou muito doente, sem condições de voltar.No ano de 1562, recebeu novas terras, além da ilha de São Sebastião, no litoral norte paulista, e da ilha Maracanã.No ano de 1567 participou das guerras de consolidação do domínio português sobre as terras do Rio de Janeiro, na armada do governador Mem de Sá. Voltaria ao Rio de Janeiro em 1575 para participar da campanha contra os franceses e tamoios de Cabo Frio.No Rio de Janeiro também recebeu muitas terras, entre as quais as 3.000 braças ao longo do mar no interior da baía de Guanabara, com 9.000 braças para o sertão do rio Meriti (conseguidas a 3 de agosto de 1568), correndo pela Piaçaba da aldeia de Jacutinga. Parte dessas datas foram depois sesmadas (a Antônio Vaz em fevereiro de 1577 e a outras pessoas).Brás também tinha chãos na várzea de Nossa Senhora (hoje na área da rua 1ð de Março).Acredita-se que a sesmaria de Brás Cubas na atual cidade do Rio de Janeiro compreendesse as terras que vão da atual rua Sete de Setembro, ao sul, até a sesmaria de Manuel de Brito (de limites ignorados) e para o interior até a atual Praça da República.No Rio de Janeiro, pediu terras para erguer ermida à Madre de Deus no arrabalde da cidade, onde chamam Acubai (possivelmente hoje o Morro da Providência). Pediu licença às autoridades eclesiásticas da Bahia para nela poder levantar altar e para aumentá-la, com vistas a nela poder ser enterrado e enterrar seus filhos e genros. E que nenhuma outra pessoa, secular ou eclesiástica pudesse ser enterrada na dita ermida. E solicitava que os que ela visitassem pudessem gozar das indulgências que o Papa concedia, pois não havia no lugar outra ermida, por ser terra pouco povoada.Ao redor da capela, Brás construiu diversas casas, depois herdadas por seu filho Pedro ou vendidas aos jesuítas.Por ter propriedades no Rio de Janeiro, Brás a visitava de tempos em tempos. Sabe-se que a 25 de maio de 1569 ali assinou termo de fiança em favor de Lourenço Fernandes.Brás doou parte das terras em São Paulo para a ereção do Convento do Carmo, em 1589.Ele morreu solteiro no dia 10 de março de 1592 e em sua lápide se lê: "Sa. de Braz Cubas Cavalleiro Fidalgo da Caza d´El Rey. Fundou e fez esta Vila sendo capitam, e Caza da Misericordia ano de 1543 descobrio ouro e metais ano de 60 fez Fortaleza por mandado d´El Rey Dom João III. Faleceo no ano de 1592".[BELCHIOR, Elysio de Oliveira, Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro, pág. 142 e ss., Livr. Brasiliana Ed, Rio de Janeiro, 1965]Prim. Pov. Vicentinos, p. 4Gen. Sebastianense, p. 16324764. Pedro LemeNasceu no Funchal, ilha da Madeira, filho de Antão Leme.Depois foi para a Corte, onde conheceu e se casou em Abrantes (Portugal) com a açafeta do paço Isabel Pais, filha de Fernando Dias Pais.Enviuvou-se e voltou para a ilha da Madeira, onde se casou com a portuguesa Luzia Fernandes.Com o pai viúvo, a segunda esposa e os filhos, veio para o Brasil, estabelecendo-se em São Vicente.Por volta de 1560, a segunda esposa faleceu.Pedro, então, se casou pela terceira vez, com Grácia Rodrigues de Moura, filha de Gaspar Rodrigues de Moura. Justificou a 2 de outubro de 1564 sua filiação e fidalguia.A casa da família foi saqueada e queimada no Natal de 1591 pelos piratas ingleses chefiados pelo corsário Cavendish.Grácia testou a 29 de outubro de 1593 e já estava morta em 23 de janeiro de 1594, quando há recibo de missas por intenção de sua alma.Pedro ditou testamento no dia 9 de setembro de 1593, aditado a 29 de outubro. No dia 23 de janeiro do ano seguinte, conforme recibo juntado ao processo de inventário dos bens, foram rezadas missas em sufrágio à sua alma.Marcha para o Oeste, p. 82, 168 e 290DAESP, I&T, I, p. 25Genealogia Sebastianense, p. 241 e 531Apontamentos GenealógicosPrim. Troncos Paulistas, 59/80PS: anotei que Luzia Fernandes morreu em maio de 1600. Deve haver erro.24772. Domingos GonçalvesDomingos Gonçalves era conhecido como Mestre Bartolomeu.Ele veio como ferreiro na expedição de Martim Afonso de Souza.Foi casado com Antônia Rodrigues. Américo de Moura diz que ele teve outras mulheres, mas não há prova documental disso.Ele já era defunto em 1589.Rev. ASBRAP, III, p.24774. Fernão ÁlvaresFernando foi casado com Margarida Marques.Ele assinou a 20 de setembro de 1592 a ata da Câmara se opondo à entrega dos cativos indígenas aos jesuítas.Prim. Pov. Vicentinos, p. 8 e 9HistSP, Tito Livio, p. 85Fernô lvares foi casado com Margarida Marques.Rev. ASBRAP, III (p. ___) e VI (p. )24930. Nuno NavarroEla nasceu em Vimioso (atual Bragança, Portugal), filha de Mendo Afonso Dantas.Doc. Interessantes, I, p. 7824950. Pedro AfonsoPedro nasceu em Portugal e se casou com uma índia, cujo nome a História não preservou.