titulo:Relatório apresentado à Assembléia dos Acionistas da Cia. União Sorocabana e Ituana (83)
Relatório apresentado à Assembléia dos Acionistas da Cia. União Sorocabana e Ituana (19 de Março de 1893) Wildcard SSL Certificates

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19 de março de 1893, domingo
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“Era em 1880 quando a atual Diretoria tomou conta de sua direção, paupérrima e desacreditada, cobertade dívidas, das quais uma delas, a de ouro, contraída para regularizar contas pouco ou nada claras entre opresidente de então Luiz Matheus Maylasky e o extinto Banco Alemão”[o Deustch Brazilianich Bank].Relatório apresentado à Assembléia dos Acionistas da Cia. União Sorocabana e Ituana na sua reuniãoordinária em 18 de março de 1893 pela sua diretoria Francisco de Paula Mayrink e Visconde do Socorro.

“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.



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