titulo:D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas (112)
D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas (14 de Outubro de 1597) Wildcard SSL Certificates

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D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gon...
14 de outubro de 1597, terça-feira
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Navegando a favor da correnteza nas águas do rio Paraíba do Sul, os paulistas e outros sertanistas e aventureiros atingiam as terras de Guapacaré ( atual Lorena ) e transpondo o rio "antes dele encachoeirar-se ", atravessavam a garganta do Embaú, por onde se transpunha a serra da Mantiqueira e penetravam os sertões mineiros.As expedições de João Pereira de Souza Botafogo (1596), de Martim Corrêa de Sá e Anthony Knivet (1597), de André de Leão e Wilhelm Glimmer ( 1601), Jerônimo da Veiga ( 1643), Sebastião Machado Fernandes Camacho (1645), de Fernão Dias Paes (1674), atravessaram o Vale do Paraíba, percorrendo o rio e as velhas trilhas, abrindo o chamado "caminho geral do sertão", que ligava a vila de São Paulo aos primeiros núcleos de povoamento nos sertões do Paraíba e daqui às minas dos Cataguás, de Taubaté e da Gerais.Desde os primeiros anos do século XVII "foi esse caminho senhoreado e freqüentado pelos paulistas, tornando-se a linha de penetração mais importante do Brasil, senão na América do Sul" , até a abertura do "caminho novo de Garcia Rodrigues ", que ligou, diretamente, Rio de Janeiro às Minas Gerais. [2]

O destemido pirata descreveu uma criatura que avistou “Vi uma coisa imensa saindo da água, com escamas enormes nas costas, garras horríveis e uma cauda muito comprida. Essa fera avançou em minha direção e quando vi que não tinha meios de afugentá-la, decidi enfrentá-la, mas ao me aproximar estanquei espantado por ver uma criatura monstruosa.Nesse instante a fera parou, abriu a sua bocarra e lançou para fora uma língua tão comprida como um arpão, encomendei a minha alma a Deus esperando ser despedaçado, mas a fera virou-se e voltou para dentro do rio da onde tinha saído e eu continuei pela beira dele.” Foi a primeira vez que ele viu um jacaré... [“As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”, 1625]



“Da cidade de Buenos Aires chegam todo o ano quatro ou cinco caravelas à Bahia, no Brasil, e a Angola, na África, que trazem grande carregamento de tesouros, que é transportado, por terra, do Peru até o rio da Prata.eu mesmo, Anthony Knivet. Depois que deixamos o capitão, fi zemos uma canoa bem grande da casca de uma árvore e começamos a descer um rio chamado Jaguari.Uma semana depois chegamos a uma pequena aldeia de seis casas que parecia estar há muito desabitada. Abandonamos então nossa canoa e decidimos continuar o trajeto por terra. Nessa aldeia encontramos grande quantidade de vasos de cerâmica e, dentro de alguns, pepitas de ouro amarradas a linhas com as quais os índios costumam pescar.Também encontramos pedras verdes como grama e uma grande quantidade de pedras brancas e brilhantes como cristal. Muitas das pedras, no entanto, eram azuis e verdes, vermelhas e brancas, todas deslumbrantes de olhar. Quando vimosas pepitas de ouro e essas pedras, calculamos estar muito próximos de Potosí.Rumamos então para sudoeste e subimos uma enorme montanha coberta de fl oresta.5 2. No original “Lewes de Pino, Tomas Delvare, Lewis Loello, Matheas del Galo, John de Silvesa, Petro de Casta, Gorgedias”. 3. No original “Janary”. Segundo Teodoro Sampaio, após abandonarem a canoa, seguiram na confl uência do Jaguary com o Camanducaia, próximo à atual cidade mineira de Santa Rita da Extrema. [“As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet infortúnios de Anthony Knivet”, 1625]

[23864] “As incríveis aventuras e estranhos s incríveis aventuras e estranhos infortúnios de ...
Data: 1625

Knivet e seus companheiros pretendiam fazer o mesmo que os japoneses do navio de Cavendish: atravessar o continente até atingir as lendárias riquezas do Peru, no mar do Sul.

(...) O Pará está além de Paraeyva oitenta léguas: esses índios não trabalham nos minas para. ouro, como fazem os espanhóis, mas só pegam os pedaços que encontram quando a chuva leva a terra: pois onde estão as minas de ouro não há árvores, mas são montanhas secas de terra preta, que os índios chamam de Taiuquara; e a montanha onde os molopaques encontram esse grande depósito de ouro chama-se Etepararange: se esses canibais tivessem o conhecimento de Deus, posso dizer com ousadia que não há nenhum no mundo como eles.

[26888] História do Brasil, 1914. João Ribeiro
Data: 1914

Chegaram a uma região campestre arborizada de pinheiros. Viajando um mês, sofrendo muito de fome e moléstias, chegaram a uns montes, entre os quais havia um chamado Itapuca – serra das pedras compridas, – com pedras pretas, de mais de um metro de comprimento, e arredondadas como se fossem pedaços de madeira. Houve muita dificuldade em atravessar essa serra mateada de jequitibás e palmitos.

Seguiram-se vinte dias de viagem por uma região de campos pretos e secos, quase sem erva, que terminou junto a uma serra chamada Itawobo, “Serra de pedras verdes”. Com mais dois dias chegaram às margens do Rio Iawary; que, dizem, nasce nas montanhas de Potosi, no Peru.

Aí ficaram dois meses por terem achado roças plantadas pelos índios, porém abandonadas. Depois continuaram para adiante até outras roças, onde demoraram seis meses. Deste ponto o grosso da expedição voltou ao Rio de Janeiro, correndo o risco de ser atacada pelos Pories, Lepos, Tomenos e outras tribos.

Knivet e mais doze companheiros, ficando no sertão, construíram uma canoa e, descendo o Rio Iawary durante uma semana, encontraram uma pequena aldeia abandonada, onde acharam linhas de pesca tendo pepitas de ouro amarradas, bem como pedras coloridas, verdes, vermelhas, azuis e brancas. Tomaram o ouro e as pedras preciosas como demonstração de que não estavam longe de Potosi.

[29360] Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
Data: 1915

Ao fugir da bandeira de Martim de Sá, Knivet escreveu que atravessou essa província, mas Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937) indica que possivelmente ele ainda estava em território português pelo relato de um volumoso rio que, pelo relato, Sampaio identifica como sendo o rio Tietê. Ainda, Knivet descrevia uma “montanha de todos os metais”, a qual Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937) identificava como o morro de Araçoiaba, em São Paulo, no qual sertanistas mineiros haviam encontrado ouro e prata, aceitando que sua hipótese sobre o rio Tietê estivesse correta. [26491]

[24356] Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etn...
Data: 1915

Depois de atravessarem essa região, chegaram os retirantes a um rio que corria do Tucuman para o Chile, expressão esta que, como vimos antes, equivale a dizer: --- correndo de leste para oeste, rio, que é o mesmo Tietê, no trecho a jusante do Salto de Itú, onde se detiveram quatro dias, “fazendo canôas para o atravessarem , pois havia tantos jacarés, que ninguém se atrevia a passa-lo a nado”.

Passado o Tietê, Knivet e seu séquito encaminharam - se para a montanha de todos os metaes, que, como vimos, é o muito conhecido morro de Araçoyaba, já a esse tempo explorado, e onde, conforme o próprio narrador, havia “diversas qualidades de metais, cobre, ferro, algum ouro e grande porção de mercúrio.

Nessa montanha, descrita então como muito alta e toda despida de arvores, é que Knivet encontrou a cruz ali assentada por Pedro Sarmento, com uma inscrição assinalando a posse do rei de Espanha e uma pequena capela com duas imagens, uma de Nossa Senhora e outra de Cristo Crucificado, fato que muito aterrou os tamoios, os quais julgaram ver nestes sinais, a vizinhança de alguma povoação portuguesa, e, portanto, o perigo iminente de caírem em poder dos seus inimigos tradicionais.

Efectivamente, os portugueses já a esse tempo tinham começado uma povoação na localidade. Em 1591, Affonso Sardinha tinha ai mandado construir dois pequenos fornos para fundição de ferro.

Em 1599 ou começos de 1600, d. Francisco de Sousa, governador das minas, tinha mandado fazer alli as primeiras edificações, começando uma povoação que se chamou Itapebuçú. Knivet e seu sequito de tamoyos te riam chegado a essa montanha de todos os metais, a julgar-se pelas notações do narrador, ai pelos meados de 1599.

A capelinha e a santa cruz que, no local, encontraram, datariam decerto de alguns anos antes, talvez da época de Affonso Sardinha. Acalmados os tamoyos e persuadidos por Knivet a prose guirem na jornada para o mar, tomaram os retirantes o rumo proximamente do sul, procurando as terras auríferas do vale do Sarapohy e vizinhanças da atual Pilar. [p. 381]

[26043] “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
Data: 1934

Basílio de Magalhães, no seu já citado "Expansão geográfica", diz que a expedição de Martim de Sá, composta de 700 portugueses e 2000 nativos, teria partido não em 1596, como supúnhamos, mas em 14 de outubro de 1597, isto é, um ano após. Sendo assim, vê-se que nada teria de comum uma expedição com outra, a não ser a região do Parahyba percorrida por ambas. O que parece não restar dúvidas é quanto a participação dos paulistas na expedição de Martim de Sá. Esta teria sido uma reedição da de Salema, vinte e três anos antes. [O Bandeirismo Paulista e o recuo do meridiano, 1924. Alfredo Ellis Junior. Página 39. Páginas 55 e 56]

[26490] Introdução à História das bandeiras - XXII. Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jorna...
18/01/1948

Não espanta assim que os mitos geográficos e geográfico-humanos pululassem e tivessem resistido até ao século XVIII na pena dos cronistas mais conspícuos, como o Padre Lozano. Já nos referimos ao mito essencial da Ilha Brasil, ao qual veio agregar-se o da Lagoa Dourada, mito secundário. Ao lado desses, outros mitos, como o da Serra resplandecente, das Amazonas, o dos gigantes e pigmeus, esmaltaram a geografia e a cartografia dos primeiros séculos.

Servindo-se de todos esses dados míticos, um explorador, a cuja pena devem vários relatos verídicos e reais, não hesitou em misturar à narrativa das suas aventuras aquilo a que podemos chamar uma bandeira mítica. Esse relato, a que vamos referir-nos com alguma demora, posto que puramente fantasioso, não deixa de ter interesse. Faz-nos entrar no ambiente psicológico da época. Dá-nos a medida da importância dos mitos e de sua eficácia como possível incentivo da ação. Mostra-nos igualmente quanto as fraudes cartográficas acabavam por influir na mentalidade dos contemporâneos.

É o caso de Anthony Knivet quando, em 1597, resolve abandonar a bandeira de Martim de Sá, por alturas do Sapucaí ou do Rio Verde, isto é, no extremo ocidental da bacia do Paraná, para se internar para oeste. O aventureiro inglês e seus doze companheiros lusos de aventura resolvem, no dizer do primeiro, seguir para o Mar do Sul, quer dizer, para o Pacífico e o Peru. Passada uma semana, os aventureiros encontraram, além de pedras verdes, objetos de ouro em mãos dos nativos. "Ao deparar com tais pedações de ouro, e aquelas pedras, escreve Knivet, rendemo-nos conta de que estavamos muito perto ode Potesí". Mais adiante e quando narra a mesma aventura, acrescenta: "Sabíamos que não estavamos distantes do Peru e Cursco".

O aventureiro inglês limitava-se a reproduzir as opiniões correntes entre portugueses, às quais mistura as lendas, colhidas da boca dos nativos.

"Arribamos á seguir a uma vasta região divisando à nossa frente imensa e resplandescente montanha, dez dias antes de poder atingi-la, pois quando chegamos à região plana, fora das serras, com o sol em seu auge, não era suportável avançar na direção deste monte, em razão de seu brilho, que nos ofuscava os olhos".

O bom inglês dava como real o mito da Serra Resplandescente, que já Filipe Guilhem, nos meados do século, recolhera da boca dos nativos em Porto Seguro.

[9049] “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
21/12/1964

D. Francisco enviou Martim de Sá em 1597 no rastro de Diogo Soares. Em outubro de 1598, sonhando em atingir Sabarabuçú como pela retaguarda, e avantajando em demasia a pequena mineração dos Sardinha, crendo fazer da capitania de São Vicente um novo Perú, embarcou para o sul, com uma comitiva de soldados portugueses e nativos mansos para o transporte de pessoas e cargas e os primeiros trabalhos, não sem enviar antes, como administrador das minas, Diogo Gonçalves Laço, que chegou à vila de São Paulo em 13 de maio daquele ano. [Página 339]

[26567] “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sé...
Data: 1969


[20250] Biografia de João de Souza Pereira "Botafogo", consultado em Romano Garcia surname re...
11/12/2011


[25928] A viagem do corsário inglês Anthony Knivet ao mar do sul e sua passagem pelo vale do ...
Data: 2013

Na entrada de 14 de outubro de 1597, com a bandeira em regra, seguiram juntamente a Sá e Knivet, o também inglês Henrique Banaway, além de um capelão, muitos moradores e colonos do Rio de Janeiro. Knivet comenta que, partindo de Parati para o sertão, a oeste verificava um grande número de canoas a navegar entre as ilhas e a terra firme, o que leva a crer em um comércio entre os moradores do Rio de Janeiro e as cidades do litoral norte paulista e o vale do rio Paraíba. [Página 113]

[26217] Escritas e leituras contemporâneas Vol. 2: Estudos de literatura
Data: 2019

Chegamos num lugar de terra seca, cheio de morros, rochas e nascentes de vários córregos. Em muitos desses córregos encontramos pequenas pepitas de ouro do tamanho de uma noz, e muito ouro em pó feito areia. Depois disso, chegamos a uma região bonita onde avistamos uma enorme montanha brilhante à nossa frente. Levamos dez dias para alcança-la pois, tentamos atravessar a planície, mesmo longe da serra, o sol ficava forte demais e não podíamos mais avançar por causa da claridade que refletia e nos cegava (...) Então respondi: "Amigos, o melhor é arriscar nossas vidas agora como já fizemos antes em outros lugares. (...) Por isso, creio que o melhor caminho a seguir é tentar atravessar, pois sem dúvida Deus, que já nos livrou de perigos sem fim, não há de nos abandonar agora. Além disso, se tivermos sorte de atravessarmos para o outro lado, decerto encontraremos espanhóis ou nativos, pois sei que todos vocês já ouviram que num dia claro pode-se ver o caminho desde Potosí até esta montanha." Quando terminei de dizer isso, os portugueses decidiram arriscar a travessia. [KNIVET, 1878. Páginas 117 e 118]

[26491] “Um problema histórico-geográfico”: Emergências de um saber geográfico no Instituto H...
Data: 2021


[28789] Pêndulo de Foucault: o experimento que comprovou a rotação da Terra há quase 2 século...
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[k-945] OS MARCOS GEOGRÁFICOS COMO REFERÊNCIAS NA OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO PAULISTA. Data da co...
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Knivet fazia parte da expedição do famoso pirata Cavendish, e escreveu a história de sua viagem que foi publicada em inglês no início do século XVIII.40

Cavendish foi náufrago e prisioneiro de Salvador Correa de Sá. Antonio Knivet integrou a bandeira de Martim de Sá, saindo do Rio de Janeiro em 1597, passando por Parati, Ubatuba, até o planalto. Ficaram aproximadamente um mês nas proximidades de São José dos Campos. A situação era de fome, pois nas aldeias só havia batata, e já haviam morrido 180 homens. A desordem e a indisciplina completaram o desastre. Nas margens do Jaguary dispersou-se a expedição e por outros trilhos começou a viagem de regresso.41

Antonio Knivet relatou sua viagem dizendo que desceu por uma semana o rio Jaguari com bandeirantes que procuravam seus inimigos Tamoios. A partir daí caminharam rumo sudoeste:

(...) fomos ter a uma montanha grande e selvagem e chegamos a um lugar cujo solo seco e de uma cor escura, crespo de colinas e penhascos, onde vários ribeiros tinham ai suas origens.42

A montanha era o morro do Lopo e, conforme Teodoro Sampaio, o rio seria o Guaripocaba de Bragança Paulista.43 [Páginas 9 e 10]

Vou lutar Não por mim, mas para erguer meus irmãos que dormem no chão hoje na América. Negros que não tem o que comer, que não tem futuro.


Cassius Marcellus Clay Jr. (1942-2016)
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