titulo:Agostinho Delgado e Arouche justifica para provar a sua nobreza (63)
Agostinho Delgado e Arouche justifica para provar a sua nobreza (3 de Agosto de 1793) Wildcard SSL Certificates

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Agostinho Delgado e Arouche justifica para provar a sua nobreza
3 de agosto de 1793, sábado
Ver ano (1793)
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s chronistas não dão o dia ou ao menos o anno de seu fallecimento mas pára em nosso poder uma justi- ficação, por elle requerida ao juiz ordinário de S. Paulo, em 3 de Agosto de 1793, a fim de provar sua nobreza. A ascendência de Agostinho Delgado e Arouche ficou bem provada na supra- mencionada justificação sendo assim redigido o requerimento inicial « Sr. Juiz "Ordinário. — Diz Agostinho Delgado e Arouche, desta cidade, mestre de campo da legião auxiliar da comarca ^ de Paranaguá, que elle Supplicante, para con- servação da sua nobreza, quer justificar neste Juizo os itens seguintes com testemunhas de toda a fé e autoridade « Item, que o justificante é cidadão republicano **) desta cidade, onde tem servido os cargos mais honrosos da {*) AzBVEDO Marques, Apontamentoa históricos^ geograpkicoè^ biographieoaj estatisticos e noticiosos da provinda de 8. Pavlo^ no nome Agostinho Delgado Arouche^ além de errar este nome e o da mulher, bem como o da mãe desta, escreveu que era < mestre de campo do terço auxiliar de S. Paulo » Não foi exacto a verdade está no texto, como consta da mesma referida justificação. ( **) Nos três séculos coloniaes, como já deixámos escrípto, as palavras republica e republicano não tinham a significação bostil ao Rei: ao contrario, a republica e os republicanos eram d´El- Rei. Por isso, ainda hoje em S. Paulo ha muita gente que se diz republicana^ na supposição de que não se trata de destruir a monarchia. Conhecemos até, como chefes republicanos, barões fabricados pelo Imperador. Os paulistas antigos apreciavam muito a denominação de ddadâot republicanos, isto é, leaes vassallos d^£l- Rei. — 435 — republica como o fízerão os avós e hoje se acha exercendo o honorifico posto de mestre de campo da legião auxiliar da comarca de Paranaguá.

“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.



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