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Ulysses Guimarães saudou a Maçonaria (19 de Agosto de 1991) Wildcard SSL Certificates

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Ulysses Guimarães saudou a Maçonaria
19 de agosto de 1991, segunda-feira
Ver ano (1991)
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“A Maçonaria sempre se fez presente nos momentos marcantes. A evolução histórica desta instituição é um testemunho do quanto pode o ideal humano. Organização com ideal construtivo, conceituada a partir de uma das mais dignas profissões, a de pedreiro, haveria de possuir trajetória invulgar, solidamente ligada aos destinos da raça humana.

Bastaria lembrar o papel exercido pela Maçonaria no período mais fértil da história, quando nasceu a moderna democracia. Foram maçons personalidades como Condorcet e Laplace, Mirabeau, Camille Desmoulins, Danton, Marat e La Fayette, nomes da primeira linha da Revolução Francesa, movimento que descortinou para o mundo novos padrões de organização social e uma nova forma de relacionamento político, copiados depois por todas as nações em vias de modernização.

A Maçonaria, comprometida com o ideal de liberdade ao longo dos tempos, desempenhou papel decisivo na independência de vários países da América Latina. Na verdade, ela foi instrumento de difusão das idéias de independência de todas as colônias espanholas. Sabemos que o ideal maçônico permeou no Brasil os movimentos libertários mais importantes do final do século XVIII e começo do século XIX. No Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, sociedades secretas foram a base das comunicações entre os intelectuais influenciados pelas novas ideias europeias.

A Inconfidência Mineira recebeu forte influência das idéias proclamadas pelos maçons da época. De fato, eram maçons vários inconfidentes, como também o era Domingos José Martins, um dos chefes da Revolução Pernambucana de 1817.

Igualmente, foi o papel da Maçonaria na consolidação da Independência, quando se avultaram os nomes de José Bonifácio e Gonçalves Lêdo. Rivais na política e na influência que pretendiam exercer sobre o imperador, irmanavam- se entretanto na sua brasilidade, no fervor emancipacionista que fez medrar a pátria nascente.

Ao final do século passado aparecem associados à direção do Grande Oriente do Brasil, senador Vergueiro, visconde do Rio Branco, conselheiros Saldanha Marinho e Silveira Martins. Na República grandes republicanos de primeira hora, maçons Quintino Bocaiúva, Lauro Sodré e Nilo Peçanha”.

“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.



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