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SESSÃO COMEMORATIVA, Câmara Municipal de Florianópolis/SC cmf.sc.gov.br
11 de maio de 201608/04/2024 13:55:13

Uma tradição que coroa de fé e esperança a população de Florianópolis. Um costume que tem na bandeira a representação do sagrado. Um hábito que fortalece a religiosidade, une comunidades, colore de vermelho a cidade inteira. Um evento trazido pelos portugueses, repetido pelos manezinhos, orgulho de todas as gerações. É o Ciclo do Divino Espírito Santo que foi tema de Sessão Comemorativa na Câmara nesta quarta-feira, 11 de maio.O vereador Edinon Manoel da Rosa (PMDB), proponente da homenagem, enfatizou que nos mais de seis anos como parlamentar elaborou vários projetos de lei, mas que o maior orgulho é ser o autor da lei nº 8.010/2009 que instituiu a quarta-feira anterior ao Domingo de Pentecostes, neste ano de 2016, o dia de hoje, 11 de maio, como o Dia Municipal de Abertura Oficial das Festividades do Divino Espírito Santo.A lei instigou a Prefeitura de Florianópolis a realizar em 2010 a primeira abertura do Ciclo com desfile de abertura pelo centro de Florianópolis de todas as 14 festas do Divino na Capital Catarinense, além da participação de festas de outros Municípios. Em 2016 acontece a sétima edição da Abertura do Ciclo do Divino.“O apoio do poder público tem incentivado as pessoas a manterem e fazerem crescer a devoção trazida pelos migrantes açorianos em 1748 e que é marca indelével da cultura do litoral de Santa Catarina”, destacou o vereador Dinho (PMDB).

Segundo informações da Prefeitura de Florianópolis, alguns historiadores apontam que a primeira Festa do Divino Espírito Santo nasceu no século XXIII, em Portugal. Esta tradição que rompeu fronteiras foi criada pela Rainha Isabel de Aragão, incentivada pelos franciscanos que diziam que a história da terra se dividia nas três pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Depois da festa se popularizar, a Rainha Isabel foi canonizada pela Igreja e ficou conhecida como Rainha Santa.

De acordo com Sérgio Ferreira, presidente da Casa dos Açores de Santa Catarina, esta tradição chegou ao Estado no século XVIII, estabelecendo-se no litoral e aqui é realizada século após século, valorizando a devoção ao Espírito Santo e conservando um costume ancestral como ocorre este ano em 14 comunidades de Florianópolis, além dos Municípios de Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz, todas homenageadas pela Câmara nesta Sessão Comemorativa.“Seja pela questão religiosa ou mesmo folclórica, a Festa do Divino é sem dúvida um dos grandes atrativos turísticos da Ilha de Santa Catarina onde se pode encontrar fé, tradição e cultura interligados e presentes. Parabenizo os grandes incentivadores que não deixam morrer a tradição da Festa do Divino”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Florianópolis, Erádio Gonçalves (PSD), encerrando a solenidade.

Alguns historiadores, entre eles Joi Cletison Alves, diretor do Núcleo de Estudos Açorianos da Universidade Federal de Santa Catarina, apontam que a primeira Festa do Divino Espírito Santo surgiu no século 13, em Portugal, de onde se propagou para a Europa, e em especial para os Açores, onde alcançou enorme aceitação. A origem da festa em terras portuguesas é atribuída à devoção da Rainha Isabel de Aragão (1270-1336), esposa do Rei Dom Dinis.

Segundo relatos, Dona Isabel era apegada às convicções cristãs e prometeu ao Espírito Santo um dia de culto e a própria coroa se a paz voltasse à família e ao reino de Portugal, que vivia momentos de turbulência e conflitos, inclusive envolvendo membros da família real.

Em agradecimento à graça alcançada, a rainha levou a prometida coroa à Igreja do Espírito Santo, erguida na Vila de Alenquer, no Dia de Pentecostes. Para a cerimônia formou-se uma solene procissão com nobres do reino carregando estandartes enfeitados.

Em uma celebração representando a instituição do Império do Espírito Santo, um banquete (o bodo) foi partilhado com os pobres e, durante a solenidade, pessoas humildes recebiam insígnias do poder real (coroa e cetro), simbolizando o desejo real de servir ao povo, no espírito da igualdade e humildade.

Por determinação da Casa Real, a festa passou a se realizar todos os anos na mesma data, ultrapassando as fronteiras do tempo e do território português. Pela vida voltada à prática da caridade e do bem comum, Isabel de Aragão ficou conhecida como “Rainha Santa”, sendo canonizada pela Igreja, em 1625, em razão de diversos milagres a ela atribuídos.
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