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Sorocaba em 1601
Maioria escreve que em 1601 o governador geral envia habitantes para Araçoiaba ao povoado que também se denominou Ipanema. Alguns anos mais tarde, em 1611, o pelourinho foi mudado para a beira do rio Sorocaba, para Itavuvú, sob a invocação de São Filipe, em homenagem ao rei da Espanha.
Quando ao estabelecimento de um arraial na região das minas de Araçoiaba, fundado para melhor desenvolver as explorações minerais, também as informações são incompletas. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) não fundamenta essa afirmação.
Segundo Luís Castanho de Almeida (1904-1981):
"No ano de 1601 Dom Francisco enviou moradores a Araçoiaba, dando-lhes terras "para lavrar mantimentos (...) não foi preciso lotear as terras auríferas, não as havia, mas o povoamento da vila era útil como, em linguagem moderna, nova bôca de sertão." |
Em julho de 1601 D. Francisco de Sousa partiu de São Paulo, com destino incerto, deixando expressa sua vontade - transcrita no Registro Geral – de que a então vila:
"Com o divino favor há de ser cidade antes de muito tempo e (seus moradores) hão de ter grandes privilégios e mercês que lhe eu hei de procurar com sua majestade porque foi a primeira e principal parte donde mediante o favor de Deus descobri estas minas."
Escreveu John Manuel Monteiro em Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo:
"(...) o círculo íntimo de d. Francisco, voltou, em 1601, para a região do Sabarabuçu, onde vagou pelos sertões durante nove meses, produzindo além do fascinante relato do mineiro prático holandês Willem Jostten Glimmer."
Sobre o destino este destino, Luís Castanho de Almeida (1904-1981) escreveu: "Todos iam morrendo no sonho da Sabarabuçú, como repete em ritornello Paulo Setúbal." [1]
Luís Castanho de Almeida (1904-1981):
"Não se sabem os nomes de outros moradores, mas havia-os. Em julho de 1601 ainda estavam nas Furnas os mineiros, e Dom Francisco tinha esperanças, proibindo os moradores de entrar nas minas, menos os dois Afonso Sardinha. Nunca se corporificou na vila o símbolo do pelourinho."
Jacyntho José Lins Brandão, em "Um neerlandês em São Paulo":
"D. Francisco entregou-se às pesquisas de metais na região. Até julho de 1601 a comitiva governamental desceu à costa por três vezes, indo aos rios "Araçoiaba, Jaraguá, Ibituruna e a outros. O cunhado de Balthazar Fernandes, também conhecido como Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting, misterioso mineralogista, natural de Doesburg, Geldrie, Holanda, acompanhou o governador em suas incursões, acontecidas até julho de 1601."
Documento de 1601 dá notícia de que se intentava a exploração do ouro, prata e outros metais do vale do Sarapohy. É um requerimento de Francisco Rodrigues a d. Francisco de Souza, pedindo as terras desse rio.
É em Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878) que encontramos dois documentos que comprovam a fundação do arraial nas vizinhanças das minas de ferro. O primeiro é a petição de João (ou Francisco) Rodrigues, antigo morador de São Paulo, que por estar a caminho "para o termo de Byraçoiaba, a povoar e lavrar mantimentos como outros moradores que lá vão", solicita do do governador geral uma data de terra na região. O despacho, de 14 de julho de 1601, é favorável. [2]
Em 19 de julho D. Francisco proibiu quem quer que fosse, exceto os Sardinha, de bulir nas minas, enquanto os mineiros que haviam sido solicitados não chegassem para avaliar as descobertas (...) e não consentireis que pessoa alguma possa por ora ir ás minas já descobertas nem tratem de descobrir outras salvo Afonso Sardinha e seu filho aos quais deixo ordem do que neste particular poderão fazer que vos mostrarão por serem os ditos descobridores e pessoas que bem o entendem (...) [3]
Em 14 de agosto Martim de Sá partiu para Portugal com nove barris de prata que D. Francisco de Sousa lhe confiou. [4] |
jjjjFontes/Referências:
[1] O devassamento do Piauí, 1946. Barbosa Lima Sobrinho. Páginas 37 e 38 / "SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da América". Página 165 / Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo, 1994. John Manuel Monteiro. Páginas 59 e 60 |
[2] Memória Histórica de Sorocaba p.340 / Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História / Brandão, Um neerlandês em São Paulo, 765-776 |
[3] RGCSP, 19/07/1601 / "SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa" p.176 |
[4] Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume VI, págs. 432-433 |
[5] “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I” (21/12/1964) Aluísio de Almeida p. 336 / 346 |
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