Wildcard SSL Certificates
registros09/04/2025 16:27:59  
Falar vamos de Custódia...
06/10/2022

A genealogia dos povoadores de Sorocaba é confusa. Exemplo, qual motivo João Lourenço Corim e Maria de Jesus Barboza batizaram seu filho, o mítico Sarú-Taiá, como Salvador de Oliveira Leme? [11] Interpretar a História de Sorocaba não é para "amadores"! Ela enfrenta esses desafios, que cabem à genealogistas. Um exemplo, da consulta aos:

Inventários e Testamentos, à Genealogia Paulistana de Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919);
aos Apontamentos Históricos de Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878);
à Nobiliarquia de Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777);
às obras de Américo de Moura (1881-1953);
e de Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953);

Estão identificados os seguintes filhos do casal Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, dos quinze filhos vivos em 1589:

1 - André Fernandes
2 - Balthazar Fernandes
3 - Domingos Fernandes
4 - Pedro Fernandes
5 - Custódia Dias
6 - Angela Fernandes
7 - Benta Dias
8 - Maria Machado
9 - Margarida Dias
10 - Catarina Dias
11 - Francisco Dias
12 - Paula Fernandes
13 - Agostinha Dias [1]

Estranho não "historiarem" a origem desse "Machado". Entendo, com estranheza, aceitarem não haver "Dias Fernandes", afinal, Suzana Dias chama-se a mãe. Talvez por isso, Custódia, de sobrenome Dias, "passou batido"... Em 1628 Suzana Dias registrou seu testamento, do qual escrevo trechos interessantes ao texto:

A Custódia Dias minha filha, Angela Fernandes e a Benta Dias e Augustinha Dias e Maria Machada lhes não deixo nada, porque nos dotes que lhes fiz dei-lhes e satisfiz suas legitimas que de seu pai e de mim podiam herdar. Só declaro que a Benta Dias devo uma cavalgadura e se lhes satisfará a minha filha Augustinha Dias por festas, cabeças de perús e se lhes dará mil reis em satisfação.

(...) e meu filho Balthezar Fernandes se lhe entregue um nativo por nome Antônio, por outro que me deu, para dar a sua irmã Custódia Dias, em casamento e um moço que se tem em sua casa por nome Belchior declaro que lhe pertence e ele com seus filhos, por ser assim vontade do nativo que é forro e livre.
[7]

Ao invés de casar com o nativo por nome Antônio, em 8 de fevereiro de 1649 Custódia Fernandes, viúva de "Semiam" Minho, apresenta o inventário do defunto. [8] Em 22 de dezembro de 1650 temos provas da "picaretagem", quando:

Custódia Dias ou Fernandes, filha de Belchior Fernandes, escreve seu testamento na Vila de Santa Ana da Parnaíba, em casas e morada do Capitão Paulo de Proença e Abreu, marido de Benta Dias, esta filha de Manoel Fernandes Ramos e Suzana Dias. [9]

Porém, em 28 de fevereiro de 1653, quando apresenta o inventário de Semiam Minho, Custódia é registrada como "Fernandes". [10]

Além de afetar a genealogia, desnecessário explicar a diferença entre "primos" e "sobrinhos". Difícil é explicar a influência na História se, como provam os documentos, Custódia ser prima e não irmã de Balthazar Fernandes, pois, de importância maior à ambos é o pai de Custódia, Belchior DIAS.

Pode-se ter noção da verdadeira relação existente entre ambos, a real distância, física e sentimental, entre ambos, e, com olhar atendo, percebe-se que importantes trechos de nossa História têm de serem "reescritos".

Vamos falar do primeiro marido de Custódia

Do primeiro marido de Custódia, temos certeza, que andava com Francisco de Souza, e, segundo nos diz Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), baseado numa consulta de Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688):

Em 1611 "fundiu uma peça de ouro tão grande quanto o cavalo em que estava", e na mesma noite foi encontrado morto.

Teria sido assassinado a mando dos jesuítas, por dois motivos possíveis serem fundamentados: que temiam que a notícia da riqueza aumentasse a servidão dos gentios, ou, menciona outro documento, que os jesuítas tiravam ouro de São Paulo e o enviavam ao Duque de Bragança, para financiar a revolta. [2]

Aliás, o "patrão" de Geraldo também falece este "momento", também circunstâncias estranhamente iguais, e misteriosamente maiores. Escrevem que o "fundador do Itavuvu", D. Francisco de Souza, o 7° Governador Geral do Brasil, cuja vida dedicou à Sorocaba, desde que chegou ao Brasil, faleceu de "tanta tristeza pela morte do mineiro", em junho desse ano.

Causaria tristeza e demorado seria enumerar as dúvidas que cercam a morte deste homem, poderoso e importante que era, e é à História. Difícil encontrar mistério maior. Certeza que "morreu de "tristeza", como concordam.

Antonio de Añasco, que este ano chegou as minas de Montesserrate e Araçoiaba, comunicou, com pesar, o falecimento de D. Francisco, dando como motivo o desgosto pela morte do filho D. Antonio. Porém....

O mesmo Añasco lamentaria, como provariam documentos, que haviam mentido ao Governador, pois seu filho estava vivo, e em setembro desse ano, "um" Baltazar Gonçalves avisa que vai ao sertão, às minas de Caativa (Bacaetava), com "o" mineiro. [2]

No primeiro dia de outubro o Inventário de Geraldo Bettink foi vendido por Peter van Belheeim, em nome do mencionado Gerrit Bettinck, por uma certa soma de moedas entregues nas mãos de Art Baerken e Evert van Middachten.

Depois de ter sido lida em voz alta a procuração mencionada como feita nesta secção, deram os procuradores toda herança paterna e materna de Gerrit Bettinck, acima mencionado, em favor de Johan van Ackeren, Udo Avincx, Frerick Besselinck e Hermen Bettinck e seus herdeiros, com a palavra, mão e pena, como acontece num tribunal. [3]

Em dezembro Gerrit Bettinck autorizou a venda da herança de seus pais em Doesburg” [4]. "Documentalmente", continua vivo, como dia 29 de dezembro de 1613, quando, por procuração, passou o que foi apurado a Johan van Ackeren, Udo Avincx, Frederick Besselinck e Hermen Bettinck. [5]

Cidades relacionadas
Itu660 registros
Santana de Parn511 registros
São Paulo0 registros
Sorocaba10141 registros


RELACIONAMENTOS

Bandeirantes747 registros
Custódia Dias18 registros
Ouro1115 registros
Geraldo Beting51 registros
Balthazar Fernandes324 registros
“Sorocabanos” históricos1121 registros
Diogo de Quadros40 registros
Cahativa / Bacaetava122 registros
Salvador de Oliveira Leme61 registros
Belchior da Costa80 registros
Belchior Fernandes404 registros
Suzana Dias112 registros
Família Saker4 registros
Baltazar Gonçalves, o moço6 registros
Alemães35 registros
Manuel Fernandes Ramos121 registros
Manuel Eufrásio de Azevedo Marques23 registros
Francisco de Assis Carvalho Franco7 registros
Catarina Dias12 registros
Belchior Dias Carneiro70 registros
Angela Fernandes2 registros
André Fernandes114 registros
Luís Gonzaga da Silva Leme17 registros
Benta Dias de Proença144 registros
Francisco de Saavedra378 registros
Cemitérios174 registros
Inacreditáveis e curiosas258 registros
Maria de Jesus Barboza1 registros
João Lourenço Corim3 registros
Lourenço Castanho Taques, 2°1 registros
Lourenço Castanho Taques (o capitão; velho)19 registros
Carijós/Guaranis397 registros
João Fernandes Saavedra19 registros
Américo de Moura12 registros
Belchior Rodrigues2 registros
Manoel da Costa2 registros
Juan del Campo y Medina21 registros
Capelas e igrejas antigas428 registros
Francisco de Sousa403 registros
Jacques Oalte9 registros
Jesuítas399 registros
Gaspar Conqueiro34 registros
Paulo de Proença e Abreu6 registros
jjjjFontes/Referências:

[1] “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]

[2] Baltazar Gonçalves avisa que vai ao sertão, às minas de Caativa, com “o alemão mineiro”

[3] *Um neerlandês em São Paulo (1975)

[4] Balthazar Gonçalves declara que pretende ir às minas de Caativa com “o mineiro alemão Oalte ou Bettimk”. Ainda em 1611 Gerrit Bettinck autorizou a venda da herança de seus pais em Doesburg

[5] Brandão, Um neerlandês em São Paulo, 765-776

[6] "SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa" p.179

[7] *Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP (1969)

[8] PROJETO COMPARTILHARCoordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira, consultado em projetocompartilhar.org/ SAESPp/simiaodeminho1649.htm (2023)

[9] PROJETO COMPARTILHARCoordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira, consultado em projetocompartilhar.org/ SAESPp/simiaodeminho1649.htm (2023)

[10] projetocompartilhar.org/SAESPp/simiaodeminho1649.htm

[11] Nascimento de Salvador Oliveira Leme, o “Saru-taiá”, na vila de Itu (1721)

[12] O Espirito-Santense do Espirito Santo

[13] A segunda maior pepita de ouro no mundo, Adriano César Koboyama, 10.06.2022

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.