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Atualização: 08/11/2021 03:50:47




Em 1532 Martim Afonso só foi recebido após o consentimento do régulo Piqueroby ("rei ainda criança ou muito jovem de um pequeno Estado"), sogro do Mestre Bartholomeu. [1]
Em 16 de janeiro de 1562, por falta de um local seguro, os integrantes da câmara reuniram-se na casa do primeiro capitão dos índios: Mestre Bartholomeu. [2]

Em 1570 uma testemunha viu o padre Anchieta aconselhar um homem, por nome Balthazar Fernandes, que andava mal encaminhado com uma mulher casada. Mandou Anchieta que saísse desse mau estado e visse o estado de enfermidade em que se encontrava, tão disforme que só se viam olhos e dentes no rosto.

Ao que o homem respondeu: Padre, morra gato, morra farto”. “Pois, desenganai-vos”, lhe disse o Padre, “que daqui a cinco dias vos hão de matar”. E assim foi que, dentro do dito tempo, o mataram com a própria mulher com quem estava amancebado, com escândalo público. [3]


Geraldo Bonadio, em “Sorocaba: Cidade Industrial” de 2004, registra um ocorrido no mesmo ano:

Por volta de 1570 o padre José de Anchieta navegando o Rio Tietê, em direção a um ponto situado além da atual cidade de Porto Feliz, para cumprir uma singular missão: levar, em mãos, “o perdão da justiça ao régulo Domingos Luís Grou que a Vila de São Paulo desejava ter dentro de seus muros para ajudar na defesa”.

A suas ordens, tinha o condenado numerosos brancos e índios, de forte espírito combativo e, sabendo-se necessário à defesa paulistana, condicionou a aceitação do perdão e seu subseqüente regresso a que o apóstolo do Brasil fosse buscá-lo. Narrando o episódio, observa Hernâni Donato (1993: 5): “se Grou fora homisiar-se naquelas paragens, o fizera porque já, por ali, se navegava e morava”.

Em "Os Tupi de Piratiinga. Acolhida, resitência e colaboração" de Benedito A. G. Prezia (2008) encontramos:

Ao praticar o crime, fugiu com sua família para junto de uma comunidade indígena do médio Tietê, na região do rio Sorocaba. Como estes indígenas estavam em conflito com os moradores de Piratininga, Anchieta decidiu buscá-lo, aproveitando para tentar fazer as pazes com este povo.

A viagem foi acidentada, tendo o barco virado numa cachoeira, quando afundou parte a carga, juntamente com o missionário. Não sabendo nadar, Anchieta foi socorrido pelo jovem Tupi Araguaçu. Por este motivo, o salto passou a ser chamado Abaremanduaba, isto é, “local que recorda o padre”. Chegando à aldeia, conseguiu a paz e o retorno de Grou e sua família. Voltaram para São Paulo, tendo obtido perdão do Conselho. [4]


Em 19 de junho de 1578 intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”. [5]
E o então vereador da Câmara de São Paulo, Manuel Fernandes Ramos, pai do "fundador" de Sorocaba recebe uma sesmaria numa área, famosa devido um grande acidente geográfico no Rio Tietê chamado de Cachoeira do Inferno, construindo uma capela em louvor a Santo Antônio e iniciando os preparativos para instalação de uma fazenda. [6]

Em 1580 seu genro, Afonso Sardinha, o "primeiro homem branco" em Sorocaba compra as terras no interior paulista. [7]


Em 16 de agosto de 1586 o procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer... [8]


Cachoeira da Chave (01/01/1827)


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Domingos Luís Grou
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Escravizados em Sorocaba
Escravizados no Brasil
Balthazar Fernandes
Senzalas
Guaianase de Piratininga
Bituruna
Afonso Sardinha, o Velho
Santo Antônio
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Manuel Fernandes Ramos
Ybyrpuêra
Suzana Dias
Africanos
Serra de Araçoiaba/Biraçoyaba


Fontes/Referências:

[1] 01/01/1532
*Martim Afonso foi recebido por João Ramalho e por Antônio Rodrigues, de quem pouco se sabe, além de que fora casado com uma filha de Piquerobi, o cacique de São Miguel de Ururaí, com quem teria tido muitos filhos
"Casa Grande & Senzala" Gilber...
[2] 16/01/1562
Reuniu-se em sua casa a câmara, na falta de espaço do concelho, tendo requerido ao capitão mor que ordenasse o recolhimento à vila dos moradores de seu termo, porquanto estava a caminho de uma guerra
POVOADORES DE S.PAULO
[3] 01/01/1570
*Dois moradores de S. Paulo “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo cometido um assassinato, recorrem á Anchieta
Na Capitania de São Vicente p....
[4] 01/02/1570
*“o perdão da justiça ao régulo Domingos Luís Grou que a Vila de São Paulo desejava ter dentro de seus muros para ajudar na defesa”
Geraldo Bonadio (2004) / "Os T...
[5] 19/06/1578
Intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”
Eduardo Tomasevicius Filho / b...
[6] 01/01/1580
*Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias
"Baltazar Fernandes: Culpado o...
[7] 01/01/1580
*Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)”
190 Washington Luís p.190;191 ...
[8] 16/08/1586
O procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer
Eduardo Tomasevicius Filho
[9] 08/05/1627
Depoimento de Belchior Ferreira: Viu ele testemunha admoestar o dito padre a um homem, por nome Baltazar Fernandes, que andava mal encaminhado com uma mulher casada. Mandou Anchieta que saísse desse mau estado e visse o estado de enfermidade em que se encontrava, tão disforme que só se viam olhos e dentes no rosto. Ao que o homem respondeu: “Padre, morra gato, morra farto”
Revista da ASBRAP nº 3
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SENHA


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