| | registros | 09/04/2025 16:27:59 |
|
André da "Aldeia do Forte" e a o cacique de Sorocaba 25/09/2021 01:37:44
Sempre perguntam "qual tribo habitava Sorocaba?", "quem era o cacique?", "existiu aqui um Tibiriça?", "um João Ramalho?". Os registros dificilmente nominam esse povo, essa tribo, essas pessoas. O "fundador" chegou aqui em 1654 (é que decidiram em 1952).
O cacique Tibiriça e sua descendência, que se estende a longa linhagem dos fundadores de Sorocaba, era o líder da tribo dos Guainase de Piratininga, ou seja, não habitavam aqui. Os registros sugerem que a família do "fundador" de Sorocaba foi, digamos, realocada do Ibirapuera, de São Paulo de Piratininga, para cá.
A guerra causada pelo apoio da tribo dos "fundadores" de Sorocaba aos "estrangeiros" é muito bem documentada. Quase todas as tribos, "sorocabanos" e irmãos de Tibiriça o atacaram em São Paulo e morreram nesta luta.
Tibiriça matou pessoalmente seu irmão Piqueroby e seu sobrinho Jaguarano, dois dos poucos nomes que se consegue relacionar ao "Confederação dos Tamaios". Acredito que Piqueroby era um dos, senão o único, grande cacique daqui.
A "anomalia" presente no mapa que eu encontrei em "Guerras do Brasil - Guerras de conquista", que acompanha o texto, também é presente nas centenas e centenas de documentos registrados. Só consigo comparar ao religioso e pacífico estado do "Vaticano", que existe dentro da Itália, e ao estado Palestino, em permanente "cerco militar" israelense.
A nossa história é contada, evidentemente e unicamente, baseada em documentos escritos e registrados por portugueses e espanhóis. Não quero aqui invocar o sempre dito "a história é contada por quem a escreve, e é escrita pelos vencedores".
São muitas as "histórias" contadas nos muitos documentos registrados por muitas e diversas pessoas. No "VII Simpóstio Nacional dos Professores Universitários de História", realizado em setembro de 1973, quanto a história desse período e dessa região foi dito: "Compulsando outras informações, talvez seja possível esclarecer alguns pontos obscuros" [16].
Para entender qualquer história do Brasil é fundamental entender não só a língua nativa, mas o impacto que ela tem, quando ausente ou presente, nos documentos. Os fundadores de Sorocaba falavam somente "Tupi".Para se ter uma idéia, Salvador de Oliveira Leme, O "Saru-taiá", sepultado dia 06 de julho de 1802 na Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens [16], falava "Tupi". Uma matéria publicada já em 15 de setembro de 1884 citava que ele falava somente o "Tupi".[17]É sempre importante lembrar que os "bandeirantes" só foram nominados assim depois que a história, contada, aconteceu. Nos registros ele são citados, na maioria das vezes, como "ìndios flecheiros".Uma das tribos, senão a única tribo que habitava essas terras, hoje cidade de Sorocaba, eram os carijós, citados como "protetores" do "Sabarabussu". Muitos dos que morreram procurando a montanha sagrada teriam sido mortos por eles. Se tentaram omitir algo nos registros, a maior foi a ligação entre os nativos que aqui habitavam e o ouro de "Sabarabuçu".Os documentos indicam que a inauguração de uma "tenda de ferreiro", "engenho de ferro" ou "fundição de metais" no atual bairro Itavuvu, em 15 de agosto de 1607 [4], foi o principal motivo dessa anomalia no mapa. Muitos carijós passaram a utilizar um outro caminho para chegar a vila de São Paulo.Essa tribo, ou essa nação até então indomita dos Carijós, "os pés largos", como lhes apelidavam os bandeirantes paulistas, era avaliada "em duzentos mil homens de arco", e achava-se nesta época, 1609, já bem abatida e dispersa.Encontramos, registrada num documento de 3 de abril de 1609, uma história muito importante para o entendimento da formação da atual cidade.Nativos carijós compareceram a Câmara Municipal da vila de São Paulo, entre eles André "da Aldeia do Forte", um cacique carijó de nome Jagoarajúba e outro carijó Tapien. Dois "parlamentares da mesma nação" acompanhavam André. Presume-se que André seria mameluco e que os dois carijós nominados, um deles cacique, são os citados como "parlamentares da mesma nação".Os registros não são claros quanto ao motivo, mas é evidente que muitos carijós se dirigiam a vila de São Paulo para "reclamar" ou simplesmente eram obrigados a, humildemente acossados pela fome e pelas epidemias, pedir "abrigo e paz" as autoridades da vila.Se reuniram os oficiais da Câmara na na Casa do Conselho, a requerimento de Antonio Camacho, procurador do Conselho, estavam presentes: Balthazar de Godoy, vereador e seu parceiro Sebastião de Freitas e o juiz Antonio Camacho. Foi chamado Pedro Colaço como tradutor, que falava a língua dos nativos, e lhe pediram que fizesse perguntas aos caríjos.Esses nativos, André, relatam o encontro que tiveram durante a viagem para São Paulo. Por um caminho "diferente", teriam se deparado com espanhóis extremamente hostis, em uma paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba. André disse haviam conseguido escapar desses espanhóis.O nativo reclamante relata que encontrou com muita gente que se vinha para cá, por outro caminho e perto donde vivia um filho de Baltezar Gonsalvez por nome Baltezar e outro, filho de Domingos Rodrigues, por nome Henrique da Costa e outros moradores, que lá estavam, dos quais moradores subiram em duas canoas, nas quais viram dois brancos, os quais chegando a eles perguntaram o que vinham fazer, e que alí não queriam o capitão nem ninguem que de la viessem e que lhes largasse a gente que traziam.Os carijós disseram que iam para morar entre os portugueses; e ouvindo isto lhe tomaram a força tudo o que traziam, com eles estava uma india casada, com seus filhos, cujo marido estava presente na reunião em São Paulo e se queixava do agravo que os portugueses lhe tinham feito, tomaram sua mulher e seus filhos.O carijó, chamado Tapien, disse que ele "se vinha para esta terra adonde estavam alguns parentes seus, situados em aldeias para servir sua magestade, como os demais indios, que vinha pedir remédio, para lhe devolverem a sua mulher e demais parentes que lhe haviam tomado contra sua vontade".Pelo visto essa "paragem misteriosa" era conhecida pelos oficiais da Camara, pois concordaram que fosse notificado Baltezar Gonsalvez, como pai que do dito moço, que: "Com pena de quinhentos cruzados, aplicados para os fortes da Bahia de S. Salvador, e cativos, e dois anos de degredo para "Maçangano", mandasse vir os ditos indios que seu filho e vizinhos tinham tomado aos indios que presentes estavam, etc."Outro requereu mais, o dito procurador do Conselho, que informado que vinham muitos Carijós para esta Capitania a servir a S. Magestade e o sr. Lopo de Souza, e que vinham muito faltos de mantimentos e ferramentas, por cujo respeito morriam muitos amingos, e havia muito tempo que haviam partido e não chegavam por lhes faltar o que dito tem.Que lhes requeria a eles ditos oficiais "resolvessem" isso, pois era tão importante, o serviço de Deus, que mandassem lá, a seu caminho, com socorro, alguns homens da terra suficientes para isso, ou fossem eles em pessoa para que viessem mais seguros. E se acordaram que tratariam disso com o povo, e o que accordassem se faria, para serviço de Deus e de sua Magestade, e do sr. Lopo de Souza.Apenas cinco dias depois (08/03/1609) o Procurador do Conselho Antonio Camacho, dizia: "lhe constava a vinda de nativos Carijó para esta vila, e que os mesmos vinhão maltratados e faltanto-lhes mantimentos, de modo que parecia bem socorre-los" [9]. Henrique da Costa Baltazar, filho de Baltazar Gonçalves foram denunciados na Câmara no mês seguinte [10]:A 3 de abril de 1609, Henrique da Costa, filho de Domingos Rodrigues, já falecido, e o moço Baltazar, solteiro, filho de Baltazar Gonçalves, pessoa da governança de São Paulo, foram denunciados na Câmara de serem os portugueses que apresavam índios carijós nômades no Atuahi, ação não permitida pelas leis e que poderia resultar em pena de 500 cruzados (200$000) e degredo de dois anos para seus infratores.Notificado Baltazar Gonçalves do ocorrido, recebeu a intimação de reunir os índios apresados por seu filho e vizinho e deles fazer entrega ao alcaide Francisco Leão. Afim de deixar bem claro do estado daregião, uma carta é dirijida ao donatario da Capitania, em Portugal. Destaco dois trechos desse documento:"quanto a guerra aos nativos, os paulistas, apesar das proibições, já batiam e devastavam os sertões em todos os sentidos. Os primeiros nativos cristãos vizinhos, estão quase todos acabados, mas no sertão ha infinidade deles".Outro trecho revela-se uma verdadeira janela para vermos o passado de Sorocaba: "Quanto a guerra contra esses nativos, que estam a oitenta léguas daqui, por mar e por terra, e se afirma que podem ser duzentos mil homens de arco."IDENTIFICANDO "SOROCABA" E A FAMÍLIA DO "FUNDADOR"Quem eram essas pessoas em Sorocaba? Vamos aos documentos, retornar apenas dois anos, 1607, e falar de Belchior Dias, tio do "fundador" de Sorocaba, irmão de Suzana Dias.A família de Belchor era do Ibirapuera (nos registros uma variante é "Ebirapoeira"). Dia 8 de março de 1607, existia no Ebirapoeira, um "engenho de ferro". Diogo de Quadros, provedor das minas, mandou conseguir mão-de-obra para uma "fábrica de ferro" que havia em Ebirapoeira.No 18 de fevereiro de 1607 temos dois documentos. O primeiro registra que diversos homens poderosos, cujos nomes, por essa razão não são talvez mencionados, desobedientes aos mandos das justiças, se aprontavam para ir as terras dos "carijós".O Segundo que o comércio começara a ser tão lucrativo que "Belchior Roiz", de Birapoeira, no termo da vila de S. Paulo de Piratininga, com "tenda de ferreiro" queria ir para "Apiassava das canoas", onde costumavam a desembarcar os carijós, que à vila de S. Paulo vinham a resgate; e porque “isso causaria muito prejuízo à vila”, a Câmara proibiu a ida de Belchior Roiz. [1]As datas requerem atenção, são poucas e muito próximas. Devemos atentar as distâncias, que eram percorridas a pé. Tudo indica que o "Ebirapoeira" citado nos documentos se referia a região de Sorocaba. Se Belchior Roiz não foi, Belchior Dias partiu no dia 9 de Março de 1607, comandando uma bandeira (expedição) com cerca de 50 homens "brancos" e muitos nativos. [3]Esta expedição partiu de um porto chamado nos registros de "Pirapitingüi" no rio Tietê", rumo ao sertão dos índios "bilreiros" e caiapós. Se objetivo explícito era "descobrimento de ouro e prata e mais metais". Assaltado pelos índios, Belchior faleceu no sertão, sendo substituído no comando por Antonio Raposo, o Velho. A bandeira retornou a São Paulo no ano seguinte.Poucos meses depois ocorre, o que os registros indicam, o evento que fez o dia "15 de agosto" ser escolhido como o dia da fundação de Sorocaba. Neste dia um "engenho de ferro" é inaugurado no atual bairro Itavuvu, sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto [4].São documentos que foram analizados por muitos historiadores e pesquisadores, e somente poder fundamentar uma nova "tese" e envidencia-la com registros, contribuem para o entendimento da história da cidade. Nomes presentes na genealogia dos "fundadores" de Sorocaba e presentes em testamentos e inventários que detalham a posse das terras em Sorocaba, estão diretamente relacinados a este dia, 8 de agosto de 1607.Clemente Alvarez, Martim Tenório Aguilar, Afonso Sardinha, Salvador Correia de Sá, Belchior Dias, etc.BELCHIOR DIASEntre os vários mistérios intrigantes quanto a Belchior Dias, está a sua morte. Belchior Dias teria falecido no dia 26 de junho de 1608, Raposo Tavares assume o comando. A bandeira de Belchior esteve 21 meses, ou 630 dias, fora do povoado. Andando na razão de 3 kilômetros por dia, temos que ela deveria ter ido a 1.890 qutlometros, longe de S. Paulo. [7]18/02/1607 - É negado a Belchior Roiz ir, com "tenda de ferreiro". para "Apiassava das canoas", onde costumavam a desembarcar os carijós. Uma expedição (bandeira), no qual muitos nomes, talvez por serem poderosos, não constam nos registros, faziam parte, estava sendo preparada [1]08/03/1607 - O provesor das "minas" ordena uma expedição para cativar nativos afim de arranjar mão-de-obra para uma fábrica de ferro que havia em Ebirapoeira. [9]09/03/1607 - Belchior Dias (“mameluco”) parte c/ cerca de 50 homens "brancos" e muitos índios p/ "descobrimento de ouro e prata e mais metais" [3].15/08/1607 - Nomes relacionados a genealogia do "fundador" de Sorocaba inauguram um "engenho de metais" sob a invocação de Nossa Senhora da Assunção em algum ponto do "Biraçoiaba" [4].01/10/1607 - Os oficiais da Câmara Municipal da vila de São Paulo dizem ter recebido a notícia de que "Belchior Rodrigues, de Birapoeira, com forja de ferreiro, queria ir para "Piassava das Conoas", onde desembacarvam carijós e que era um prejuízo para esta vila" [6]26/06/1608 - Falecimento de Belchior Dias, Raposo Tavares assume o comando* [7]. A bandeira de Belchior esteve 21 meses, ou 630 dias, fora do povoado. Andando na razão de 3 kilômetros por dia, temos que ela deveria ter ido a 1.890 quilômetros, longe de S. Paulo.01/02/1609 - O tabelião Belchior da Costa, segundo marido de Suzana Dias, lê o testamento de seu cunhado Belchior Dias, no qual supõe-se, ter falecido durante a última bandeira expedição [8].08/03/1609 - Procurador do Conselho Antonio Camacho, dizia em vereança, que "lhe constava a vinda do gentio Carijó para esta vila, e que os mesmos vinhão maltratados e faltos de mantimentos, de modo que parecia bem socorre-los [9]01/04/1609 - Henrique da Costa Baltazar, filho de Baltazar Gonçalves foram denunciados na Câmara [10]03/04/1609 - Carijós relaram a presença de "Balthazares" próximo a Itu [11]25/04/1609 - Ainda não estava pronto o "novo caminho" que o Ouvidor-geral havia ordenado fazer [12]11/08/1609 - Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam "Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba". [13]10/11/1609 - As primeiras terras fruto das desapropriações dos homens da “Casa” de Suzana Dias começam a serem concedidas em sesmarias [14]02/02/1610 - Domingos Fernandes funda a cidade de Itu [15]01/04/1609 - Henrique da Costa e Baltazar, filho de Baltazar Gonçalves, foram denunciados na Câmara [10]
[1] Washington Luís p.350 [2] Alfredo Ellis Junior p.90 - Na... [3] Alfredo Ellis Junior p. 90 / "... [4] projetocompartilhar.org/Famili... [5] "SP na órbita do Império dos F... [6] "Revista do IHGSP" p.763 [7] Alfredo Ellis Junior p.90 Was... [8] Meio século de bandeirismo p.8... [9] "Revista do IHGSP" p. 763 [10] Povoadores de São Paulo – Andr... [11] "Revista do IHGSP" p.763 [12] Washington Luís p.333;334 [13] Anais do III Simpósio dos Prof... [14] PRADO, Celso inrazias.blogspot... [15] "Capítulos da História Social ... [16] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=9690 [17] O Espirito-Santense do Espirit... [18] VII Simpóstio Nacional dos Pro...
|
|
 |
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
|