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Em 19 de junho de 1578 intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”. Quem era esse homem, que Taunay chamou de "Tubalcaim paulistano?"

Tubalcaim é um personagem bíblico do Antigo Testamento, mencionado no livro de Gênesis como um dos filhos do perverso Lameque e de Zilá, fazendo parte da descendência de Caim. Foi irmão de Naamá e meio-irmão de Jubal e Jabal. Ele é um mestre na forja de objetos feitos de ferro e cobre.

Nos documentos ele recebe diversas denominações. Vou aqui chama-lo de "Domingos Grou" ou, como ele mesmo escolheu, "Mestre Bartholomeu".


Em 1500 Pero Vaz de Caminha narra que “Muitos deles (os nativos) vinham ali estar com os carpinteiros. E creio que o faziam mais por verem a ferramenta de ferro com que a faziam do que por verem a Cruz, porque eles não tem coisa que de ferro seja, e cortam sua madeira e paus com pedras feitas como cunhas, metidas em um pau entre duas talas muito bem atadas e por tal maneira que andam fortes, segundo diziam os homens”. [1]


As cartas de Américo Vespúcio dirigida a Lorenzo de Medici em 1502 relata que os índios não conheciam o ferro ou qualquer outro metal. [2]
 Em 1513, Capistrano de Abreu em Capítulos da Histórica Colonial relata que uma armada ao sul do Brasil que tinha como capitão João de Lisboa se refere a ter encontrado diversos objetos metálicos na boca de um grande rio caudaloso incluindo um martelo de prata o qual levou para Portugal. [3]

A esquadra de Fernão de Magalhães partiu do porto de Sevilha na Espanha em agosto de 1519. A bordo de seu navio estava um ferreiro. [4]
 DIa 13 de dezembro chegam à baía do Rio de Janeiro. [5]

Primeira notícia da descoberta de metais preciosos veio de um biscainho (espanhól) em 1550: “e na parte donde nós outros povoamos, os portuguezes encontraram muitas minas de prata muito ricas, e isto digo porque na minha presença fizeram muitas fundições, as quais todas enviam ao rei de Portugal para que logo mande povoar toda a costa”. [6]


Em 25 de janeiro de 1555 Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia [7]
 Proibido ir para o Paraguay "não façam fundição nenhuma de nenhum metal" a partir do dia 8 de janeiro de 1556. [8]

Em 1559 Anchieta e Manuel da Nóbrega teriam instigado o Governador-Geral Mem de Sá a prender um refugiado ferreiro. [9]
 Em 29 de janeiro de 1561 morre em Piratininga o irmão Matheus Nogueira, coadjutor temporal, ferreiro de sua profissão, e primeiro religioso que a Companhia adquiriu nestas partes. [10]

Dia 18 de maio de 1566, Bras Cubas e o Mestre demarcam o local onde teriam encontrado ouro "(..) o qual marco é uma pedra grande que está deitada desde seu nascimento, na qual foi feita por João Vieira uma cruz (..); outra pedra talada que assim talou o mesmo João Viera e fez outra cruz em cima; (...) ao pé de uma árvore grande (...) e foi feito pelo dito João Vieia como marco uma cruz; (...) sobre uma grande pedra que ali estava deitada, uma cruz foi feita pelo dito João Vieira e saindo do mato em uma rossa do Mestre Bartholomeu está uma pedra grande com umas pancadas de machado, foi feito uma cruz pela mãos do Sr Capitão Brás Cubas (...)". [11]


Em 1567 o martir Le Balleur, aquele ferreiro denunciado por José de Anchieta, teria sido queimado e próprio Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício. [12]
 Em 1570 dois moradores de S. Paulo “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo assassinado Balthazar Fernandes, recorrem á Anchieta [13]

Em 1578 o Mestre Bartholomeu era ferreiro e residia em São Paulo, onde "tinha chãos no Caminho da Cruz e fazenda na banda do Ipiranga". [14]
 Nesse mesmo ano (1578), dia 19 de junho, intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”. [15]

Dia 14 de setembro de 1583, seu genro, “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes”. [16]


16/8/1586 - O procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer [17]


Em 1588 houve problemas com esse mesmo ferreiro, mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa. [18]


Em 23 de maio de 1589 seu genro, Afonso Sardinha parte para “Ibiraçoiaba”, onde teria descoberto minério de ferro e urânio. [19]
 Dia 23 de novembro de 1591 a Inquisição processa Guiomar Lopes, filha do ferreiro Gaspar Lopes. [20]

Seria João Ramalho o nosso Tubalcaim? Pois dia 18 de junho de 1593 “Francisco Nunes, filho de Diogo Álvares, ferreiro, é processado pela Inquisição”. [21]


Em 7 de fevereiro de 1594 a inquisição processa Pedro "bastardo", filho de Afonso Bastardo, ferreiro, homem branco e Beatriz, escrava negra do Brasil. [22]


Esse mesmo ano, Sardinha, o moço, ainda teria construído dois engenhos para fundição de ferro em Araçoiaba, sendo um deles doado ao próprio governador. [23]
 ;Esse mesmo Clemente Alvares deixa o cargo de almocatel (respomsável por pesos e medidas) em São Paulo e ganha uma sesmaria em Ibiaraçoiaba. [24]

Em 1600 Clemente Alvarez registra ter descoberto quatorze locais com ouro, entre eles: Nossa Senhora do Monserrate, Berusucaba ou Ibiraçoiaba, Montes de Sabaroason. [25]
 Clemente Alvarez, ferreiro prático e mineiro experiente, com seu sogro e diversos nomes presesntes na genealogia dos "fundadores" de Sorocaba, fundam um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto, dia 17 de agosto de 1607. [26]

Dia 21 de março de 1626 os moradores reclamavam que Cornélio de Arzão, cunhado de Clemente Alvarez, e Luis Fernandes Aragonês, responsáveis pela fundição do ferro, ao invés de vender o ferro bruto aos ferreiros, transformavam todo o ferro em ferramentas. [27]
 Um funcionário da Inquisição vai ao sítio onde se localizava engenho de ferro de Cornélio de Arzão dia 2 de abril de 1628. [28]

Em 1600, a documentação da Câmara de São Paulo registra a escritura de compra e venda dos fornos do Ibirapuera. Esses fornos tornaram-se famosos, porque são considerados como os verdadeiros precursores da siderurgia brasileira, ou ainda, a primeira fábrica de ferro do Brasil, por terem sido construídos em 1599 e a documentação da Câmara de São Paulo registrar a escritura de compra e venda dos fornos do Ibirapuera como ocorrida em 1600, isto é, após os fornos de Biraçoiaba. [29]


Em agosto de 1977 foram descobertas as ruínas dos fornos dos Sardinh. Anicleide Zequini, com base nos estudos arqueológicos realizados por Margarida Davina Andreatta, concluiu que eram fornos biscainhos ou seja, espanhóis... [30]


BIOGRAFIAS E TEMAS RELACIONADOS


Ferreiros/Metais
Diamantes, ouro e prata
Bandeirantes
Domingos Luís Grou
Castelhano/Espanhóis
Mestre Bartolomeu Gonçalves
Serra de Araçoiaba/Biraçoyaba
Cornélio de Arzão
Clemente Álvares
Inquisição
Bartholomeu Fernandes Cabral
Jesuítas
Vuturuna
Afonso Sardinha, o Velho
José de Anchieta
Brás Cubas
“Índios”
Bituruna
“Sorocabanos” históricos
Francisco Lopes Pinto
Francisco de Sousa
Santa Ana das Cruzes
Mem de Sá
Manuel Fernandes Ramos
Fernão de Magalhães
Manuel da Nóbrega
Nossa Senhora de Montserrate
Martim Rodrigues Tenório de Aguilar
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Manuel I, o Afortunado
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Mulheres na história do Brasil
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João Sanches "Bisacinho"
Nossa Senhora do Rosário
São Paulo de Piratininga
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Caminho do Peabiru
Cosme Fernandes
Belchior Dias Carneiro
Nossa Senhora da Piedade
Francisco de Paiva
Belchior de Borba Gato
Belchior da Costa
Garcia Rodrigues
Manuel João Branco
Porto "misterioso"
Nossa Senhora da Assunção
Luiz Fernandes Folgado
Diogo de Quadros
Domingos Fernandes
Wilhelm Jostten Glimmer
Sabarabuçu
Gonçalo Madeira
Africanos
Fazendas
Ipiranga
Gaspar Fernandes
Pero Vaz de Caminha
Jerônimo Leitão
Serra dos Guaramumis ou Marumiminis
Angola
União Ibérica
Afonso Sardinha "Moço"
Serra de Jaraguá
Gregório Francisco
Judaísmo
Belgas/Flamengos
Antonio Rodrigues Cabral
Bairro Itavuvu


Fontes/Referências:

[1] 01/05/1500
Caminha eternizou-se como o autor da carta ao soberano, um dos três únicos testemunhos do descobrimento do Brasil
PEREIRA, Paulo Roberto. Os trê...
[2] 01/01/1502
*As cartas de Américo Vespúcio dirigida a Lorenzo de Medici relata que os índios não conheciam o ferro ou qualquer outro metal
RODRIGUES, José Honório. Histó...
[3] 01/01/1513
*Capistrano de Abreu em Capítulos da Histórica Colonial relata que uma armada ao sul do Brasil que tinha como capitão João de Lisboa se refere a ter encontrado diversos objetos metálicos na boca de um grande rio caudaloso incluindo um martelo de prata o qual levou para Portugal
ABREU, Capistrano. Capítulos d...
[4] 01/08/1519
Fernão de Magalhães partiu do porto de Sevilha*
https://digitarq.arquivos.pt/d...
[5] 13/12/1519
Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro
Obras do Barão do Rio Branco (...
[6] 01/01/1550
*Primeira notícia da descoberta de metais preciosos foi o biscainho João Sanches: “e na parte donde nós outros povoamos, os portuguezes encontraram muitas minas de prata muito ricas, e isto digo porque na minha presença fizeram muitas fundições, as quais todas enviam ao rei de Portugal para que logo mande povoar toda a costa”
"Bandeiras e Bandeirantes de S...
[7] 25/01/1555
Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia
http://www.projetocompartilhar...
[8] 08/01/1556
Proibido ir para o Paraguay "não façam fundição nenhuma de nenhum metal"
"Bandeiras e Bandeirantes de S...
[9] 01/01/1559
*Anchieta e Manuel da Nóbrega teriam instigado o Governador-Geral Mem de Sá a prender um refugiado huguenote
Cf. MATOS, Alderi de Souza. "A...
[10] 29/01/1561
Morre em Piratininga o irmão Matheus Nogueira, coadjutor temporal, ferreiro de sua profissão, e primeiro religioso que a Companhia adquiriu nestas partes
"Cartas Avulsas (1550-1568)" p...
[11] 18/05/1566
"(..) o qual marco é uma pedra grande que está deitada desde seu nascimento, na qual foi feita por João Vieira uma cruz (..); outra pedra talada que assim talou o mesmo João Viera e fez outra cruz em cima; (...) ao pé de uma árvore grande (...) e foi feito pelo dito João Vieia como marco uma cruz; (...) sobre uma grande pedra que ali estava deitada, uma cruz foi feita pelo dito João Vieira e saindo do mato em uma rossa do Mestre Bartholomeu está uma pedra grande com umas pancadas de machado, foi feito uma cruz pela mãos do Sr Capitão Brás Cubas (...)"
Boigy "Cadernos da Divisão do ...
[12] 01/04/1567
Execução de Le Balleur em Salvador: Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício*
"O martyr Le Balleur : 1567" W...
[13] 01/01/1570
*Dois moradores de S. Paulo “um deles nobre e conhecido por Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendo cometido um assassinato, recorrem á Anchieta
Na Capitania de São Vicente p....
[14] 01/01/1578
*Bartholomeu era ferreiro e residia em São Paulo, onde "tinha chãos no Caminho da Cruz e fazenda na banda do Ipiranga"
pt.rodovid.org/wk/Pessoa:11233...
[15] 19/06/1578
Intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”
Eduardo Tomasevicius Filho / b...
[16] 14/09/1583
“Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes”
Eduardo Tomasevicius Filho / "...
[17] 16/08/1586
O procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer
Eduardo Tomasevicius Filho
[18] 01/01/1588
*Houve problemas com esse mesmo ferreiro, mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa
Eduardo Tomasevicius Filho
[19] 23/05/1589
Sardinha e seu filho partem para “Ibiraçoiaba”, onde teria descoberto minério de ferro e urânio
Culpado ou Inocente p.82 / Exp...
[20] 23/11/1591
Inquisição processa Guiomar Lopes, filha do ferreiro Gaspar Lopes
https://digitarq.arquivos.pt/d...
[21] 18/06/1593
Francisco Nunes, filho de Diogo Álvares, ferreiro, é processado pela inquisição
https://digitarq.arquivos.pt/d...
[22] 07/02/1594
Inquisição processa Pedro "bastardo", filgo de Afonso Bastardo, ferreiro, homem branco e Beatriz, escrava negra do Brasil
https://digitarq.arquivos.pt/d...
[23] 01/01/1600
*Sardinha, o moço, ainda teria construído dois engenhos para fundição de ferro em Araçoiaba, sendo um deles doado ao próprio governador
"SP na órbita do império dos F...
[24] 01/01/1600
*Clemente Alvares deixa o cargo de almocatel em São Paulo e ganha uma sesmaria em Ibiaraçoiaba
"SP na órbita do Império dos F...
[25] 01/01/1606
*Quatorze locais com ouro: Nossa Senhora do Monserrate, Berusucaba ou Ibiraçoiaba, Montes de Sabaroason
"Bandeiras e Bandeirantes de S...
[26] 15/08/1607
Com seu sogro construiu, em Santo Amaro, um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto
projetocompartilhar.org/Famili...
[27] 21/03/1626
Os moradores reclamavam que Cornélio de Arzão e Luis Fernandes Aragonês, responsáveis pela fundição do ferro, ao invés de vender o ferro bruto aos ferreiros, transformavam todo o ferro em ferramentas
"SP na órbita do Império dos F...
[28] 02/04/1628
Funcionário da Inquisição, vai ao sítio de engenho de ferro
Frei Agostinho de Jesus e as t...
[29] 30/09/1767
O ermitão português Antônio da Silva Bracarena recebeu autorização do bispado para erguer o templo
em.com.br
[30] 01/08/1977
Descobertas as ruínas dos fornos dos Sardinha / Fornos eram biscainhos (espanhóis)
JCS - Giuliano Bonamim (15/08/...
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.