| | registros | 09/04/2025 16:27:59 |
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| Atualização: 06/10/2021 19:35:30 |
| João da Palma, mercador Genovês residente em Lisboa, obteve em 1404, concessão de D. João I para plantar cana-de-açúcar no Morgado de Quarteira no Algarve. Em 1409, juntamente com seu filho Francisco da Palma e com Nicolau da Palma, beneficiou do “aforamento da horta junto ao muro de Loulé para plantação de cana-de-açúcar”, no entanto a dificuldade em se conseguir água em abundância impediu que a cultura se generalizasse.[1]
Por volta de 1420 os portugueses iniciam o povoamento da ilha da Madeira qual João Gonçalvez Zarco dividiu o arquipélago com Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestelo. Em 1433 o rei D. Duarte doou as ilhas, como uma espécie de feudo a seu irmão D. Henrique, que adotou um sistema de capitanias hereditárias, modelo que mais tarde seria usado no Brasil.[2]
O primeiro engenho de açúcar português foi construído por Diogo Vaz de Teive, escudeiro do Infante D. Henrique, na ilha da Madeira em 1452 com canas vindas da Sicília[3]. A notícia da Crónica de Nuremberg, de Hartman Schedel (1495), informa que a ilha da Madeira "produz vários frutos, principalmente a cana sacarina, que traz à ilha consideráveis lucros, inundando a Europa de ótimo açúcar, que é conhecido por açúcar da Madeira".
Em 1498 o rei D. Manuel impôs uma restrição para as exportações vindas da Ilha da Madeira para atender as reclamações dos portugueses.[4] Portugal procurou atrair tanto judeus quanto flamengos para o arquipélago, mediante a distribuição de terras. Varnhagen confirma que vieram da Ilha da Madeira os operários especializados na indústria mecânica agrícola do açúcar.[5]
A tecnologia dos engenhos de açúcar no Brasil foi trazida pelos portugueses da Ilha da Madeira segundo o livro "As Ilhas de Zargo" do padre madeirense Eduardo Pereira.[6] Duarte Coelho em 1549 declarou ter enviado a Portugal, Galiza e às Canárias homens práticos “às minhas custas e alguns que vêm a fazer os engenhos”.[7]
Joel Serrão no Dicionário de História de Portugal e do Brasil mostra que a ilha da Madeira serviu como campo experimental para a grande indústria do açúcar que viria a ser instalada no Brasil.[8]
[1] https://www.catedra-alberto-benveniste.org/dic-italianos...
[2]MARQUES, Oliveira. Brevíssima história de Portugal. Rio de Janeiro: Tinta da China , 2016, p.56
[3] BRITO, José Gabriel Lemos. Pontos de partida para a história econômica do Brasil. Brasiliana v. 155, São Paulo:Cia Editora Nacional, 1980, p.307; FURTADO, Celso. Criatividade e dependência na civilização industrial, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978, p. 141
[4] BRITO, José Gabriel Lemos. Pontos de partida para a história econômica do Brasil. Brasiliana v. 155, São Paulo:Cia Editora Nacional, 1980, p.10
[5] VARNHAGEN, Francisco Adolfo. História geral do Brasil, São Paulo:Melhoramentos, 1948, v. I, p. 195
[6] MARQUES, Oliveira. Brevíssima história de Portugal. Rio de Janeiro: Tinta da China , 2016, p.56
[7] CALMON, Pedro. História da civilização brasileira, Brasília: Senado Federal, 2002, p. 37
[8] FILHO, Ivan Alves. História pré colonial do Brasil, Rio de Janeiro: Europa Editora, 1987, p.157 |
Fontes/Referências:
| | [1] 01/01/1404 | | *A técnica do açúcar da ilha da Madeira transferida para o Brasil João da Palma, mercador Genovês residente em Lisboa, obteve em 1404, concessão de D. João I para plantar cana-de-açúcar no Morgado de Quarteira no Algarve | | https://www.catedra-alberto-b... | | | [2] 01/01/1409 | | *João da Palma, mercador Genovês juntamente com seu filho Francisco da Palma e com Nicolau da Palma, beneficiou do “aforamento da horta junto ao muro de Loulé para plantação de cana-de-açúcar”, no entanto a dificuldade em se conseguir água em abundância impediu que a cultura se generalizasse | | https://www.catedra-alberto-be... | | | [3] 01/01/1420 | | *Os portugueses iniciam o povoamento da ilha da Madeira qual João Gonçalvez Zarco dividiu o arquipélago com Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestelo | | MARQUES, Oliveira. Brevíssima ... | | | [4] 01/01/1433 | | *O rei D. Duarte doou as ilhas, como uma espécie de feudo a seu irmão D. Henrique, que adotou um sistema de capitanias hereditárias, modelo que mais tarde seria usado no Brasil | | MARQUES, Oliveira. Brevíssima ... | | | [5] 01/01/1452 | | *O primeiro engenho de açúcar português foi construído por Diogo Vaz de Teive, escudeiro do Infante D. Henrique, na ilha da Madeira com canas vindas da Sicília | | BRITO, José Gabriel Lemos. Pon... | | | [6] 01/01/1495 | | *A notícia da Crónica de Nuremberg, de Hartman Schedel (1495), informa que a ilha da Madeira "produz vários frutos, principalmente a cana sacarina, que traz à ilha consideráveis lucros, inundando a Europa de ótimo açúcar, que é conhecido por açúcar da Madeira" | | BRITO, José Gabriel Lemos. Pon... | | | [7] 01/01/1498 | | *O rei D. Manuel impôs uma restrição para as exportações vindas da Ilha da Madeira para atender as reclamações dos portugueses | | BRITO, José Gabriel Lemos. Pon... | | | [8] 01/01/1549 | | *Duarte Coelho declarou ter enviado a Portugal, Galiza e às Canárias homens práticos “às minhas custas e alguns que vêm a fazer os engenhos” | | CALMON, Pedro. História da civ... | |
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Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
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