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| Atualização: 28/10/2021 17:31:02 |
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No dia de "Santa Catarina", 25 de novembro de 1549, Hans Staden avista “(...) de longe sobre uma rocha, um madeiro, que nos parecia uma cruz e não compreendiamos quem a podia ter posto ali. Chegámos a ela e achámos uma grande cruz; de madeira, apoiada com pedras e com um pedaço de fundo de barril amarrado e neste fundo havia gravadas letras que não podíamos lêr, nem adivinhar qual o navio que pudesse ter erigido esta cruz; e não sabíamos se este era o porto onde devíamos nos reunir. (...)” [1]
Dois anos depois (1551) Hans Staden naufraga em Itanhaém e acaba se encontrando com Bras Cubas, bisavô da esposa de um dos povoadores da região de Sorocaba. [2]
Dia 11 de fevereiro de 1556 Braz Cubas proibiu a todos o trânsito pelo campo para o Paraguai e expressamente declara “avisareis a João Ramalho, alcaide e guarda-mor do campo que não deixe passar nenhuma pessoa para ele, sem mostrar vossa licença nem os próprios moradores” [3]
Dia primeiro de setembro de 1560 ocorreu a fundação e abertura de um caminho para um povoado, que viria a se chamar, também e entre outros, “Santa Ana das Três Cruzes”. [4]
Dia 20 de maio de 1561 O Capitão Brás Cubas estabelece uma fazenda ou sítio no lugar em que alguns anos depois teria início essa povoação. [5]
Dia 18 de maio de 1566 ele demarca suas terras "(..) o qual marco é uma pedra grande que está deitada desde seu nascimento, na qual foi feita por João Vieira uma cruz (..); outra pedra talada que assim talou o mesmo João Viera e fez outra cruz em cima; (...) ao pé de uma árvore grande (...) e foi feito pelo dito João Vieia como marco uma cruz; (...) sobre uma grande pedra que ali estava deitada, uma cruz foi feita pelo dito João Vieira e saindo do mato em uma rossa do Mestre Bartholomeu está uma pedra grande com umas pancadas de machado, foi feito uma cruz pela mãos do Sr Capitão Brás Cubas (...)" [6]
Em 1578 o Mestre Bartholomeu era o único ferreiro que residia na vila de São Paulo, onde "tinha chãos no Caminho da Cruz e fazenda na banda do Ipiranga". Seus filhos são os povoadores da região de Sorocaba. [7]
Os moradores de São Paulo, entre eles, Manuel Fernandes pai dos povoadores de Sorocaba, Baltazar Gonçalves, Marcos Fernandes e Domingos Fernandes, filhos do Mestre Bartholomeu, foram multados por não mandarem administrados ao conserto de uma ponte, foram multados em 1$400.
Sabe-se que a primeira ponte do interior do estado foi construída em algum ponto de Sorocaba, antes de 1590. [8]
Marcos Fernandes, pouco depois da morte do pai, o Mestre Bartholomeu, obteve chãos em São Paulo, no caminho da Cruz, de parceria com Baltazar Gonçalves e Brás Gonçalves, todos ditos “irmãos”. [9]
Em 17 de setembro de 1593 Antonio de Proença, o outro sogro do "fundador" de Sorocaba, obteve chãos no caminho da cruz, junto às roças de Jorge Moreira. [10]
Em 1596 Jean de Laet esteve no Brasil e confirmou a existência de um caminho do Piratininga até Sorocaba, assim como uma grande fazenda com engenho de ferro e açucar em pleno funcionamento. [11]
Em 1606 o experiente mineiro e ferreiro prático confirmou a existência de quatorze locais com ouro, incluindo as regiões de Sorocaba: Nossa Senhora do Monserrate, Berusucaba ou Ibiraçoiaba, Montes de Sabaroason.
O local? “e pelo próprio caminho geral do sertão antigo, na borda do campo, onde dizem teve Braz Cubas umas cruzes de pedras que até hoje estão e por riba delas passa uma bêta de metal preto". [12] |
Fontes/Referências:
| | [1] 25/11/1549 | | Foi no dia de Santa Catharina, no anno 1549, que deitámos ancora, e no mesmo dia alguns dos nossos, bem municiados, foram no bote para explorar a bahia | | Hans Staden: suas viagens e ca... | | | [2] 01/01/1551 | | *Hans Staden naufraga em Itanhaém | | Hans Staden | | | [3] 11/02/1556 | | Braz Cubas proibiu a todos o trânsito pelo campo para o Paraguai e expressamente declara “avisareis a João Ramalho, alcaide e guarda-mor do campo que não deixe passar nenhuma pessoa para ele, sem mostrar vossa licença nem os próprios moradores” | | vol. das Atas de Santo André, ... | | | [4] 01/09/1560 | | Fundação e abertura de um caminho para um povoado, que viria a se chamar, também, “Santa Ana das Cruzes” | | "Mogi das Cruzes". CIET. (25/0... | | | [5] 20/05/1561 | | O Capitão Brás Cubas estabelece uma fazenda ou sítio no lugar em que alguns anos depois teria início a povoação de Mogi das Cruzes | | "Crônicas" Azevedo Marques / B... | | | [6] 18/05/1566 | | "(..) o qual marco é uma pedra grande que está deitada desde seu nascimento, na qual foi feita por João Vieira uma cruz (..); outra pedra talada que assim talou o mesmo João Viera e fez outra cruz em cima; (...) ao pé de uma árvore grande (...) e foi feito pelo dito João Vieia como marco uma cruz; (...) sobre uma grande pedra que ali estava deitada, uma cruz foi feita pelo dito João Vieira e saindo do mato em uma rossa do Mestre Bartholomeu está uma pedra grande com umas pancadas de machado, foi feito uma cruz pela mãos do Sr Capitão Brás Cubas (...)" | | Boigy "Cadernos da Divisão do ... | | | [7] 01/01/1578 | | *Bartholomeu era ferreiro e residia em São Paulo, onde "tinha chãos no Caminho da Cruz e fazenda na banda do Ipiranga" | | pt.rodovid.org/wk/Pessoa:11233... | | | [8] 03/01/1579 | | Os moradores de São Paulo Pedro Dias, Domingos Luís, o Carvoeiro, Manuel Fernandes, genro de Lopo Dias, Antônio Gonçalves, Baltazar Gonçalves, Marcos Fernandes, o moço, e Domingos Fernandes, por não mandarem administrados ao conserto de uma ponte, foram multados em 1$400 | | geni.com/people/ | | | [9] 01/01/1583 | | *Marcos Fernandes, pouco depois da morte do pai, obteve chãos em São Paulo, no caminho da Cruz, de parceria com Baltazar Gonçalves e Brás Gonçalves, todos ditos “irmãos” | | https://www.geni.com/ | | | [10] 17/09/1583 | | Antonio de Proença chãos no caminho da cruz, junto às roças de Jorge Moreira. Baltazar Rodrigues e Paulo Rodrigues vereadores, João Maciel era escrivão | | projetocompartilhar.org/datas.... | | | [11] 01/01/1596 | | *Jean de Laet esteve no Brasil | | "Revista do IHGSP Vol. XXXV" A... | | | [12] 01/01/1606 | | *Quatorze locais com ouro: Nossa Senhora do Monserrate, Berusucaba ou Ibiraçoiaba, Montes de Sabaroason | | "Bandeiras e Bandeirantes de S... | |
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Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
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