| registros | 09/04/2025 16:27:59 |
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Atualização: 21/10/2021 01:41:09 |
| Em 1842 Rafael Tobias de Aguiar foi "aclamado" no prédio localizado na esquina da rua São Bento com a Barão do Rio Branco. O inventário de seu bisavô, Salvador de Oliveira Leme, o Saru-taiá, prova que foi ele quem dirigiu as obras desse edifício, que abrigaria a nova Câmara e Cadeia, que ficaram por acabar em 1802. [5]
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| Filho de João Lourenço Corim e Maria de Jesus Barboza, moradores em Itu/SP, descendente muito próximo dos aborígenes, criado entre eles, Salvador, apesar de sua riqueza, não pudera, talvez, renunciar a vida simples e trabalhosa e dali viria a crença de sua pretendida avareza.
Segundo Isair Laurentina de Paula, da Universidade de Brasília (2015), Sarutayá significa “macaco da mão branca”. O jornal "O Espirito-Santense", do Espirito Santo, publicou em 1884:
"O Saru-taiá era de raça indígena: seu nome Sarú é a tradução do nome Salvador; ainda hoje os índios usam dessa palavra, cujo significado é incontestável. Taiá, é uma espécie de cará, e figura aqui como uma alcunha vulgar por ser um dos gêneros do seu comércio. O verdadeiro nome era Salvador de Oliveira Leme."
Até 1884 os moradores de Sorocaba conservavam, por tradição que se transmite de pais a filhos, a notícia desse vulto histórico, ascendente de mais de uma família importante da província de São Paulo.
A lenda popular pintava o Saru-taiá atravessando a cidade, descalço, vestindo grossa camisa e calças de algodão, com um largo chapéu de junco na cabeça e puxando o seu burrinho carregado de taiá, que apregoava e vendia de porta em porta, enquanto jaziam enterradas na parede ou no quintal as suas grandes riqueza: Dobras e barras de ouro.
Diziam que na chácara que lhe pertencera, pouco adiante do cemitério de Sorocaba, ao meio dia em ponto rangia a cancela e batia com força, sem que se visse pessoa alguma movendo-a: era o Saru-taiá, que vinha contar os seus tesouros. [1]
Ele enriquece por volta de 1740, com apenas 19 anos. Ele e Luís Teixeira da Silva passam a serem os maiores donos de escravizados da região. Aluísio de Almeida comenta que “nenhum dos dois eram proprietário de engenhos e sim negociantes em tudo”.
A constatação o levou a trabalhar com duas hipóteses com relação ao trabalho escravo: “ambos utilizavam os escravos negros para o trabalho nas áreas de mineração, onde a mão-de-obra africana enxameava ou para vendê-los a terceiros. Seriam, portanto, integrantes do tráfico negreiro intercontinental”. [2]
Em 1798 o maior produtor de açúcar do ano foi José Manuel de Mesquita, de Itu, que possuía 73 escravos e produziu naquele ano 2.800 arrobas de açúcar, ou seja, 46 vezes mais do que Salvador de Oliveira Leme, que com seus 78 escravizados registrou apenas 55 arrobas. [3] |
 Aclamação de Rafael Tobias de Aguiar * (01/01/1842) |
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