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Atualização: 21/10/2021 05:21:50


Quem vindo dos lados da Estação Rodoviária, rumo ao Centro, subindo pelas ruas Santa Clara ou Dr. Nogueira Martins, logo depara-se com uma grande Cruz de pedra com os dizeres: “Aqui Balthazar Fernandes erigiu a 1ª Santa Cruz do Senhor Jesus Cristo...”.

Foi afixada no alto da praça existente na bifurcação entre as duas ruas, local justamente conhecido como largo da Santa Cruz. Ele foi instalação em 3 de abril de 1954, mas por que largo da Santa Cruz ou da Santa Cruz da Composição?


Em 1721 em busca do ouro "(...) toda a gente fôra para Cuiabá. O próprio primeiro capitão-mor e juiz ordinário, Fernando Dias Falcão, não venceu o impacto (...) O governador Rodrigo César de Meneses escrevia à Câmara, ninguém respondia. Por fim, Braz Mendes, antigo vereador, assumiu a vara e respondeu: não ia ao palácio porque não montava a cavalo, estava obeso". [2]


João Luís do Passo e sua mulher Luzia de Abreu, venderam por 50.000 réis a João Correia de Oliveira uma casa de taipa e coberta de palha no além-ponte. [3]


1724

Em 1724, curiosamente, as terras aparecem doadas aos inacianos, "os padres do Convento do Carmo de Itu e de São Paulo. Algumas questões ficaram reguladas, tomando por base a primeira Santa Cruz. Partindo da rua Capitão José Dias até "o de São Bento e descendo para o caminho para Paranapanema", desde o Convento pela rua atual Arthur Gomes (um pouco antes) e do lado do rio, à rua Santa Cruz.

À esquerda desses limites, São Bento, que aliás, já concedera toda a rua Padre Luiz a começar da cruz da frente da sua Igreja beneditina. A direita ficou pertencendo ao rossio da Câmara que concedeu datas e abriu ruas." [4]


O general Rodrigo César de Meneses enviou Fernando Dias Falcão de volta as minas de Cuyabá com patente de capitio-mór regente da villas [5]
 Falece em Cuiabá o bandeirante sorocabano Pascoal Moreira Cabral Leme aos 70 anos de idade. [6]

1728

No dia 22 de maio de 1728 Rodrigo César de Menezes, Governador de São Paulo, perdoa ao Coronel Antonio Pires de Campos, o descobridor dos rios Cuiabá e Coxipó, em 1718, e a seus irmãos, Pedro e Felipe de Campos, pronunciados na devassa que mandara proceder para castigar aos que tentaram dar auxílio à fuga de criminosos João e Lourenço Leme, assassinos do neto do "fundador" de Sorocaba. [7]


Em 2 de julho é assinadoo Termo da Santa Cruz da Composição entre os vereadores da época e os monges beneditinos, colocando um ponto final a impasse criado por um dos filhos de Balthazar, Manoel Fernandes de Abreu, que reivindicava a posse das terras doadas pelo pai à Ordem de São Bento. Os padres ameaçavam, inclusive, deixar Sorocaba.

O impasse jurídico-administrativo arrastou-se por quase 50 anos. Nessa nova escritura, foram estabelecidos os novos limites das terras do Mosteiro. A Câmara Municipal fez algumas exigências, entre elas, a permanência dos monges em Sorocaba. Se, por acaso, a Ordem Beneditina removesse os monges da cidade, deveria devolver ou doar à Câmara todo o patrimônio do Mosteiro.

O Frei Francisco da Visitação pediu para que as esmolas não entrassem nesse acordo, porque era impossível devolver o dinheiro, mas se prontificou em manter sempre dois ou três monges no Mosteiro, com a obrigação de ensinar a Língua Portuguesa, o Latim e o Canto. [8]


MOTIVAÇÃO

A resistência à abertura de uma estrada foi o principal motivo para o fracasso da expedição do sargento-mor Francisco de Souza e Faria, a primeira encarregada pelo governador da capitania paulista, Caldeira Pimentel, para construir o caminho até o sul, em 1728. Segundo Cristovão Pereira de Abreu, o primeiro tropeiro:

A esta diligência foram sempre opostos vários moradores das vila de Santos, Paranaguá e Coritiba, e da mesma sorte os da vila de Laguna e de Santa Catarina, estes porque, vivendo retirados, ou por crimes, ou por outros iguais motivos (...), receosos de que com a abertura do novo caminho perderiam as suas liberdades, o faziam impossível; e aqueles, porque sendo senhores de algumas limitadas fazendas, que há nos Campos de Coritiba, temiam, o ficar com muito menos valor."

O rei João V, O Magnânimo escreveu: "(...) na vila de Sorocaba ha um convento de religiosos Bentos, para cuja fundação lhes deixou um morador há muitos anos as terras que possuía; (...) não se verifica o título que ele era dono das terras e como o modo de possuir sesmarias nessa América, e sem expressa licença minha se podem alienar a coroa, como ficão sendo possuídas pelas religiões, e sem pagarem dizímos, parece fica de nenhum vigor tal doação, e deixa do textador.

E que o sítio da fundação da primeira vila fora em parte diferente, e que entre a Câmara e os religiosos houvera várias contendas as quais acomodáveis na ocasião que passastes para as minas de Paranapanema com a condição de me dares parte (...)" [9]


BIOGRAFIAS E TEMAS RELACIONADOS


Diamantes, ouro e prata
Fernando Dias Falcão
Câmara Municipal de Sorocaba
Bandeirantes
Geógrafos e geografia
“Sorocabanos” históricos
Balthazar Fernandes
Mosteiro de São Bento
Minas de Paranaguá
João V, O Magnânimo
Pascoal Moreira Cabral Leme
Rodrigo César de Meneses
Antonio da Silva Caldeira Pimentel
Tropeiros
Cristovão Pereira de Abreu
João Leme


Fontes/Referências:

[1] 01/01/1719
*Fernão Dias Falcão foi nomeado o primeiro capitão-mor de Sorocaba, quando também exercia os cargos de juiz ordinário e de orfãos
Sorocaba no Império: comércio ...
[2] 01/01/1721
*“Toda a gente fôra para Cuiabá”
Sorocaba no Império: comércio ...
[3] 01/01/1724
* João Luís do Passo e sua mulher Luzia de Abreu, venderam por 50.000 réis a João Correia de Oliveira uma casa de taipa e coberta de palha no além-ponte
Livro de Notas no Arquivo Públ...
[4] 01/01/1724
* Questões referentes as terras deixadas por Baltasar ao Mosteiro foram resolvidas
OS CAMPOS BICUDOS DA “CASA” DE...
[5] 27/03/1724
O general César voltou Fernando Dias para as minas do Cuyabá
Revista do IHGMG
[6] 01/11/1724
Falece em Cuiabá o bandeirante sorocabano Pascoal Moreira Cabral Leme aos 70 anos de idade
[7] 22/05/1728
Rodrigo César de Menezes, Governador de São Paulo, perdoa ao Coronel Antonio Pires de Campos, o descobridor dos rios Cuiabá e Coxipó, em 1718, e a seus irmãos, Pedro e Felipe de Campos, pronunciados na devassa que mandara proceder para castigar aos que tentaram dar auxílio à fuga de criminosos João e Lourenço Leme
Cronol.Paulista – J.Ribeiro
[8] 02/07/1728
Santa Cruz da Composição
Jornal Diário de Sorocaba (15/...
[9] 16/07/1728
Governador da Província de São Paulo, Antonio da Silva Caldeira Pimentel, escreve ao rei
bibdig.biblioteca.unesp.br / "...
[10] 03/05/1954
Instalação do monumento quando da afixação da Cruz
Jornal Diário de Sorocaba (15/...


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