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Atualização: 24/10/2021 00:07:01


Segundo Manolo Florentino a cachaça (giribita) era um dos produtos mais valorizados na troca de escravos com Angola. O governador Rodrigo José de Mezes destaca suas propriedades fortificantes particularmente úteis para os escravos enfrentarem a lida do dia a dia.

Russell Wool destaca que a cachaça era muito apreciada na Baixa Guiné e África Central e a alternativa preferida aos vinhos e conhaques de Portugal e Madeira. Uma ordem régia de 1649 já proibira a venda de cachaça, no entanto a medida de difícil implementação a ponto do padre Vieira em 1662 denunciar que toda a cachaça produzida já estava vendida antes mesmo de sair dos alambiques.

Em 1659 em nova proibição as disposições régias previam que se o fabricante clandestino de aguardente fosse “homem de qualidade” seria condenado a seis meses de prisão além de multa de cem cruzados, se fosse escravo seria açoitado nas ruas. Em 1660 um aumento na tarifação da cachaça levou a uma revolta popular liderada por Jerônimo Barbalho Bezerra, quando Salvador Correi de Sá era governador do Rio de Janeiro.

A partir do século XVIII os portugueses cuidavam o comércio europeu, enquanto que os brasileiros ficavam com o comércio com a África, de modo que os traficantes brasileiros tornaram-se cada vez mais poderosos, com fortunas maiores do que muitos fazendeiros e mineradores, além de promoverem a produção local de produtos e um comércio interno.

Em 1743 a Coroa através de uma Ordem do Conselho Ultramarino proibira a produção de cachaça em Minas Gerais. Este mesmo dispositivo proibia a construção de engenhos de açúcar e aguardente, no entanto, depoimento do governador da capitania Antonio de Noronha de 1777 relata que a determinação vinha sendo burlada. Em 1798 existiam 253 engenhos de aguardente no Rio de Janeiro.


BIOGRAFIAS E TEMAS RELACIONADOS


Açúcar...
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Salvador Correia de Sá e Benevides
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Fontes/Referências:

[1] 21/02/1649
Carta régia que proíbe na Bahia e em seu recôncavo o uso do chamado vinho de mel e da aguardente de açúcar ou cachaça, por ser em grande prejuízo da real fazenda.
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O ...
[2] 23/06/1659
“Bando que mandou lançar o governador Francisco Barreto sobre a proibição de vender aguardente, vinho de mel ou cachaça”
Arquivo Histórico Ultramarino,...
[3] 08/11/1660
O capitão Jerônimo Barbalho Bezerra depõe o governador da capitania Agostinho Barbalho Bezerra, posto no governo por Salvador Correia de Sá e Benevides, como seu delegado
Sampaio, Albino Forjaz. Salvad...
[4] 01/01/1662
*Já proibida a venda de cachaça, no entanto a medida de difícil implementação a ponto do padre Vieira em denunciar que toda a cachaça produzida já estava vendida antes mesmo de sair dos alambiques
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O ...
[5] 12/06/1743
Conselho Ultramarino a proibiu a construção de engenhos a fim de diminuir o consumo de cachaça e estimular a importação do vinho metropolitano
"Alimento, bebida e droga: uma...
[6] 01/01/1777
*As primeiras notícias sobre a existência de engenhos de açúcar na região de Sorocaba aparecem
MENESES, José Newton. Os alamb...
[7] 01/01/1798
*Existiam 253 engenhos de aguardente no Rio de Janeiro
LIMA, Heitor Ferreira. Formaçã...
  


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Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!