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Afonso Sardinha, "primeiro homem branco" em Sorocaba, ao chegar a São Paulo, em data anterior a 1570, montou depósitos de açúcar e adquiriu casas que alugava aos vigários. [1]


Em 1580 adquiriu uma grande fazenda em “Hybiraçoyaba”. No Jaraguá existe um casarão “Construído por volta de 1580 por Afonso Sardinha, bandeirante, se instalou na região para a exploração do ouro, a casa conta com cômodos e uma senzala. Sua paredes medem cerca de 80cm de espessura, constituídas de Taipa de Pilão, material composto por sangue, vísceras de animais, barro e folhas secas.”

A culto a Santa Ana, "a matrona branca que leciona a Bíblia na senzala", padroeira de Sorocaba em sua fundação, originou-se nas senzalas pertencentes a Afonso Sardinha. [2]


Em 1596 Jean de Laet esteve no Brasil, segundo ele havia ferro e também ouro, em Biraçoiaba montanha onde os portugueses construíram presentemente uma vila denominada São Felipe, a sudoeste de São Paulo. A 30 leguas (144,8km) da capital e quase às margens do rio Tietê. (...) no caminho desta a Bessucaba, havia uma fazenda de açúcar e marmelos, com ambos se faziam marmeladas. [3]


O primeiro registro da palavra “cachaça” foi em 1641, por George Marcgrave, autor de "História Natural do Brasil, Edição do Museu Paulista". Para muitos a capa do seu livro é a "Sorocaba antiga", a primeira ermida a Nossa Senhora do Rosário, o sobrado do "fundador" de Sorocaba, os engenhos de metais e de açucar, na mítica fazenda de Gabriel Soares de Souza, etc. [4]


Em 1743 a Coroa através de uma Ordem do Conselho Ultramarino proibira a produção de cachaça em Minas Gerais. Este mesmo dispositivo proibia a construção de engenhos de açúcar e aguardente, no entanto, depoimento do governador da capitania Antonio de Noronha de 1777 relata que a determinação vinha sendo burlada. De fato as primeiras notícias, "oficiais", sobre a existência de engenhos de açúcar na região de Sorocaba aparecem. [5]


Em 1793 a a região de Sorocaba possuía quatro engenhos de açucar: O de Dona Ângela de Siqueira com 50 escravizados produziu 600 arrobas; o de João de Arruda Leite com 2 escravizados, 50 arrobas; o de Joaquim José de Almeida, capitão, com 20 escravizados, 1200 arrobas e o de Salvador de Oliveira Leme, o Saru-Taiá, com seus 78 escravizados produziu apenas 30 arrobas de açucar. [6]


Rico negociante, proprietário de engenho de açúcar, faz proposta à Câmara Municipal Quinta-feira, 28 de Agosto de 1834 O tenente Elesbão Antonio da Costa e Silva, rico negociante de fazendas secas e de muares da vila, proprietário de engenho de açucar e de uma pedreira, que frequentemente fornecia graciosamente pedras para obras públicas [7]


Em 1842 200 moendas de cana de açúcar foram fundidas para a produção de 3 canhões, símbolos máximos da Revolução Liberal liderada por Rafael Tobias de Aguiar. Dois deles estão na Praça do Canhão, chamada "Arthur Fajardo". [8]


Segundo o inventário de Pedro de Almeida Lara Lara e Josefa de Godoi, iniciado em 5 de agosto de 1843: “Gertrudes de Almeida Leite, solteira aos 50 anos herdou uma escrava com dois filhos pequenos e um terreno de frente para o Beco da Penha e parte do valor de sítio e terras com canaviais, engenho e monjolo no Bairro do Sarapuí”. [9]


Em dezembro de 1894 Mascarenhas Camello e o professor Toledo, que possuía uma senzala, salvaram um ex-escravizado da morte com um cozimento de figueira do inferno (stramonium), misturaram açúcar, reduziram tudo a um tipo de melado, com o qual friccionaram a ferida muitas vezes no dia.

Após oito dias o inchaço desaparecera da língua, Pedro já podia alimentar-se; e tocando a ferida com um pálido, desprendeu-se uma crosta dura acompanhada de muitíssimos filamentos brancos, em forma de raízes.

Em quinze dias a ferida cicatrizou e a cura foi completa. Em meados de 1896 o mesmo jornal noticiou que o negro ainda vivia completamente são, apresentando m sua língua profundas depressões, vestígio da terrível moléstia; e acrescentando que muitas outras curas tinham sido realizadas pelo mesmo processo. [10]


Em 1920 “um terceiro núcleo abrangeu municípios de ocupação mais antiga no estado, no chamado “quadrilátero do açúcar”, no eixo formado pelos municípios de Campinas (327), Piracicaba (287) e Bragança Paulista (164), além da cidade de Sorocaba (182), acumulando 960 sírios e libaneses”. [11]


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Nossa Senhora do Rosário
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Fontes/Referências:

[1] 01/01/1569
Sardinha chega em São Paulo
[2] 01/01/1580
*Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)”
190 Washington Luís p.190;191 ...
[3] 01/01/1596
*Jean de Laet esteve no Brasil
"Revista do IHGSP Vol. XXXV" A...
[4] 01/01/1641
*Primeiro registro da palavra “cachaça”, por George Marcgrave, integrante da Comitiva Nassoviana
portalsaofrancisco.com.br/hist...
[5] 01/01/1777
*As primeiras notícias sobre a existência de engenhos de açúcar na região de Sorocaba aparecem
MENESES, José Newton. Os alamb...
[6] 01/01/1793
*Engenhos em Sorocaba
Dilemas e conflitos na São Pau...
[7] 28/08/1834
Rico negociante, proprietário de engenho de açúcar, faz proposta à Câmara Municipal
[8] 17/03/1842
200 moendas de cana de açúcar foram fundidas para a produção de 3 canhões. Dois estão na Praça do Canhão
[9] 05/08/1843
O inventário de Pedro de Almeida Lara e Josefa Leite de Godói teve início em Sorocaba, por petição de Salvador de Almeida Leite, filho do casal
[10] 01/12/1894
Professor Toledo e Mascarenhas Camello salvam ex-escravizado da morte
O Jornal 25 de Novembro
[11] 01/01/1920
* Sorocaba possuía 182 libaneses
Núcleos de concentração de sír...
  


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