Wildcard SSL Certificates
registros09/04/2025 16:27:59  
Atualização: 27/10/2021 18:42:35


No último dia 19 de setembro, a plataforma de streaming da Amazon, o Prime Video, recebeu com exclusividade o lançamento dos dois filmes que contam a história do assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, que foram mortos em 31 de outubro de 2002. A mandante do homicídio foi a filha do casal, Suzane von Richthofen.

Após o lançamento de ‘O Menino que Matou Meus Pais’ e ‘A Menina que Matou os Pais’, as buscas pelo caso no Google cresceram em 3.780% na semana seguinte a disponibilização dos longas.

Mas por qual motivo um crime tão bárbaro continua em voga e gera tanta repercussão após quase duas décadas?

Para Robson Feitosa — que chefiava o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo na época do crime; participando, inclusive, das investigações do caso — a reposta é simples: “Pela maldade”.

"Para o ser humano — ou no mundo natural e na vida natural dos animais — o normal é que os pais protejam os filhos e os filhos protejam os pais. A partir do momento que algo acontece, que é contra exatamente isso, esse conceito, essa situação fica estigmatizada. As pessoas não conseguem entender e aceitar uma coisa desse jeito”, diz Feitosa em entrevista exclusiva à equipe do site Aventuras na História.

Justificativas para o crime

Como mostrado em um dos filmes, que são baseados nos autos do processo, Daniel Cravinhos diz que Suzane alegou que era agredida não só fisicamente quanto sexualmente por Manfred, o que teria despertado nele o desejo por acabar com o sofrimento de sua amada.

Mesmo que essa suposição se provasse verdadeira, Robson não vê isso como algo que justificasse o assassinato do casal von Richthofen.

“Existem pessoas que foram torturadas, sofreram, foram abandonadas e tudo mais, e são excelentes pessoas. Então, não justifica falar: ‘Ah, ela apanhou do pai várias vezes e por isso matou ele’. E por que matou a mãe também? Por que ela foi conivente? Por que matou desse jeito? Por que manipulou? Por que arquitetou tudo da forma como foi?”, questiona.

“Tem uma coisa que nós precisamos entender: a reação instantânea de uma pessoa é imprevisível; ou seja, o ato contínuo é imprevisível. Tudo pode acontecer. Em uma discussão entre duas pessoas, por inúmeros motivos, não importa, nunca se sabe onde aquilo pode chegar. Mas isso é uma coisa de momento”, explica.

Porém, no caso de Suzane, a situação é completamente diferente. "A partir do momento que você faz uma arquitetura e cria uma engenharia para um crime de tal natureza, nada justifica — principalmente uma jovem. Por que então não foi na delegacia e falou que o pai era um torturador? Por que ele não procurou alguém para falar sobre isso? Ela procurou os tios dela? Então não tem como justificar algo desse tipo. É dela”, completa.

A importância — e o cuidado — de relatarmos crimes reais

Como já citado, ainda hoje o crime gera uma enorme repercussão. Além dos dois recentes filmes, o caso já foi retratado em diversas outras mídias, como nos livros ‘Suzane: Assassina e Manipuladora’, de Ulisses Campbell e ‘Casos de Família’, de Ilana Casoy; além de um episódio na primeira temporada da série ‘Investigação Criminal’.

Mas a popularização de episódios tão brutais assim é mais benéfica ou prejudicial para a sociedade como um todo? Feitosa acredita que a discussão é uma via de mão dupla.

“Quando você começa a colocar livros, a colocar filmes e tudo mais; por um lado é excelente, é muito bom dar ao público — seja do lado científico, do lado estudioso ou do lado de curiosidade — o conhecimento da realidade que está ali. Pelo menos parte da realidade vai ser colocada lá”, diz.

Um problema a ser evitado, esclarece Feitosa, é uma possível glamourização do criminoso. “Do contrário, as coisas podem ficar como foram com ‘Billy the Kid’. Se você parar para ver, a pergunta que eu faço para qualquer um é muito simples: ‘Billy the Kid’ foi um criminoso que morreu jovem nos Estados Unidos. Certo? Ok, maravilha. ‘Quem foi que o prendeu? Quem foi o policial que, em troca de tiros com ele, o matou?’”.

“Isso poucos sabem responder, mas todo mundo sabe quem foi o ‘Billy the Kid’. Então, é uma inversão que nós precisamos tomar cuidado”, discute.

Outra situação citada por Robson é a de Francisco de Assis Pereira, popularmente conhecido como o "Maníaco do Parque". "Uma das coisas que mais aconteceu com ele, foram pessoas que escreveram cartas para ele com pedidos de casamento. Pessoas que se apaixonaram pela história dele".

"Existem pessoas do mundo afora que ficam entrando em contato com presos da pior espécie possível, para querer casar com eles, pois querem ter um relacionamento com pessoas assim. Tudo isso é muito delicado”, conclui o chefe de investigações do DHPP — hoje, aposentado, após mais de 34 anos de carreira —, que ajudou nas investigações de um dos crimes que mais chocou a sociedade brasileira.

Como já ressaltado, os filmes aqui citados se baseiam no que foi dito pelos envolvidos no crime que chocou o país, assim deixando de lado o que foi especulado por outras pessoas.

Fábio Providelli - Aventuras na História 05/10/2021


Suzane von Richthofen (01/01/2002)


BIOGRAFIAS E TEMAS RELACIONADOS


Criminosos e crimes notórios
Casos chocantes
E.U.A.


Fontes/Referências:

[1] 23/11/1881
Falecimento de William "Billy the Kid" Bonney (pseudónimo de William Henry McCarty)
[2] 31/10/2002
Caso Richthofen
[3] 19/09/2021
Lançamento de dois filmes que contam a história do assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.