| | registros | 09/04/2025 16:27:59 |
|
| Atualização: 30/11/2021 02:57:40 |
| Florianópolis é uma cidade tão bonita e de gente tão querida que chega a ser paradoxal que tenha recebido esse nome logo após o fuzilamento de mais de 200 pessoas em Santa Catarina – e para piorar, a cidade foi batizada justamente em “homenagem” a quem mandou fuzilar.
O italiano Sebastião Caboto, a serviço da Espanha, chega com sua expedição em 1526 e, ao publicar seus mapas referentes à região, denominava a Ilha de Santa Catarina de "Porto dos Patos". O nome de Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro, de 1529 (imagem).
Há divergências quanto ao responsável pela denominação de Santa Catarina: alguns autores atribuem a Sebastião Caboto, em homenagem à sua esposa, Catarina Medrano; outros defendem que tenha sido em homenagem a Santa Catarina de Alexandria, festejada pela igreja católica em 25 de novembro.[1]
Em 1615 tem inicio do povoamento de Jundiaí ao redor do então cruzeiro da Catedral Nossa Senhora do Desterro [2] Em dezembro de 1655 ocorre a fundação de Jundiaí ao redor do então cruzeiro da Catedral “Nossa Senhora do Desterro do Campo Alegre de Jundiaí” [3]
Francisco Dias Velho tem fortes ligações com essas vilas. É ele quem funda em 23 de março de 1673 a vila de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis [4]
Em 1889 um Brasil está se tornando República. E se engana quem pensa que esse é um começo bonito para a história: nosso país deixou de ser monarquia por um golpe militar movido por interesses de determinados setores influentes do país.
Não foi feita a “vontade da população”, porque boa parte da população ou não sabia, ou não queria, ou nem entendia direito o que era República – e também não sabia o que raios estava acontecendo no dia 15 de novembro. Uns canhões, uns caras nuns cavalos proclamando qualquer coisa, evento estranho. Muita gente achou que era só uma parada. [5]
Quem resumiu isso tudo muito bem foi o jornalista Aristides Lobo, que inclusive era republicano, e descreveu o evento exatamente assim, num artigo publicado no Diário Popular em 18 de novembro de 1889: “O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada”. [6]
Além disso, Dom Pedro II também estava longe de ser um sujeito impopular. Aliás, em comparação com o período regencial que os brasileiros tinham vivido antes, o Segundo Reinado era o “paraíso“. E se continuarmos as comparações, Pedro II também era praticamente um anjo de candura perto de seu pai.
Mais ponderado, com uma capacidade impressionante de articular entre liberais e conservadores, equilibrando bem o jogo de poder (até porque ele foi treinado desde pequenininho para isso), admirado por muita gente (entre elas Victor Hugo, Darwin, Nietzsche, Louis Pasteur e mais uma porrada).
Após a (breve) presidência de Deodoro (e breve porque ele não aguentou mais tanto zaralho que ocorreu no país desde a proclamação da República, a pressão da oposição e renunciou), o seu vice, Floriano Peixoto, assumiu o poder e se tornou o segundo presidente do Brasil. [7]
Herdou assim problemas que já assolavam o país desde o governo de Deodoro (o encilhamento, uma economia lascada e muita guerra civil explodindo no país todo) e como se não bastasse, a posse de Floriano, de bônus, causou mais furdunço ainda: muita gente não achava que era legítimo Floriano se tornar presidente e defendia que seriam necessárias novas eleições de acordo com o previsto na Constituição em vigor na época (a de 1891, nossa segunda).
Mas Floriano não quis saber e não convocou eleições coisa nenhuma. Eclodiram revoltas em muitos cantos do Brasil.
Uma das muitas revoltas, então, e das mais impactantes, foi a Revolução Federalista, que começou em 1893, no Rio Grande do Sul. Essa revolução não estava satisfeita com o presidente que foi eleito para o Rio Grande do Sul: Julio de Castilhos. Também não estava satisfeita com Floriano no poder (e Júlio de Castilhos e Floriano se apoiavam). [8]
Enquanto a Revolução Federalista ia se desenrolando, ao mesmo tempo outra revolta igualmente movida pela insatisfação com o governo de Floriano, a Segunda Revolta da Armada.[9] A situação era complicada, em dezembro de 1893 o sulista Gumercindo Saraiva escreve de Sorocaba ao Marechal Peixoto: “Agora aqui, aí brevemente”. [10]
Em 13 de março de 1894 após sufocada a Segunda Revolta da Armada, em determinado ponto, as duas revoltas se juntaram, praticamente fazendo uma fusão de revoltosos e invadiram o Paraná e Santa Catarina, tomando a cidade de Desterro. [11]
Em outubro de 1894 ocorre a derrota final dos rebeldes. As tropas republicanas vencem os rebeldes e na Ilha de Anhatomirim, o coronel Moreira César fuzila sumariamente sem julgamento todos 200 rebeldes. E aí, por punição aos rebeldes de Santa Catarina o nome da cidade do Desterro foi alterada para Florianópolis. [12]
Fonte: 1viagem2visoes.com (05/05/2020) |
 | Mapa da América de Diego Ribero (01/01/1529) |
|
|
|
 |
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
|