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Atualização: 07/12/2021 18:44:06


OS documentos afirmam que o Ybyrpuera ou Virapoeira (Ibirapuera) se localizava na região de Sorocaba.


Em 1556 os jesuítas estavam repartidos em três locais determinados pelo Padre Provincial dos Jesuítas, Manoel de Nóbrega: São Vicente; São Paulo e Jeribatiba (Santo Amaro de Virapuera). Essa última se localizava nas proximidades da antiga aldeia de Santo André da Borda do Campo, em Maniçoba, entre as atuais cidades de Itu e Sorocaba. [1]


Em 3 de julho de 1581 a câmara vila de São Paulo ordena que os moradores cedam escravizados para a construção do "caminho do Ibirapuera". Manoel Fernandes Ramos, povoador de Sorocaba, é quem cederia o maior número de escravizados para a obra. [2]


Em 23 de maio de 1584 (...) os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ibirapuera, nomeando os moradores que lá tem fazenda: Antônio de Proença, Bartholomeu Fernandes, Belchior da Costa, Domingos Luis, Francisco de Brito, sendo que este último terá o encargo de chamar a todos e definir o dia para que os serviços sejam feitos, sendo que os que não cumprirem esta determinação pagarão cinco tostões para o conselho desta vila (...). Todos tendo terras na região de Sorocaba. [3]


O inventário de Maria Gonçalves, esposa de outro povoador de Sorocaba, Clemente Alvares, registrado em 12 de outubro de 1599, no "sítio em Virapoeira", inclui um "carro de boi". [4]


Um documento importante registra, em 1600, a compra dos "engenhos de ferro de Afonso Sardinha em Ibirapuera", pois é de conhecimento geral que esses fornos se localizavam nas redondezas de Sorocaba, no Morro Araçoiaba. Afonso Sardinha é considerado o "primeiro homem branco" em Sorocaba. [5]


Em 11 de agosto de 1609 foi firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro de Sorocaba "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba. [7]


A partir de 1640, o caminho de Ibirapuera, ou de Santo Amaro, surge a cada passo nas “cartas de datas de terra” com o nome de “caminho de carro” e que, para diferençá-lo do caminho recém-aberto, também o chamavam “caminho velho de Santo Amaro”, denotando dêsse modo sua serventia desde há anos. [8]


Só em 1746 que encontramos notícias dos carros de bois no "Ibirapuera de São Paulo" através de uma reclamação feita pelo padre Matias Alves. Ou essa estrada parou de ser utilizada, ou como os documentos registram, o "Ibirapuera" se localiza em outro local. [9]


BIOGRAFIAS E TEMAS RELACIONADOS


Ybyrpuêra
Caminho do Carro
Ferreiros/Metais
Diamantes, ouro e prata
Francisco Lopes Pinto
Afonso Sardinha, o Velho
Francisco de Sousa
Jorge Moreira
Clemente Álvares
Brás Gonçalves, o velho
Serra de Araçoiaba/Biraçoyaba
Engenho(s) de Ferro
Sabarabuçu
Manuel Fernandes Ramos
Diogo de Quadros
Bandeirantes
Ipiranga
Jeribatiba (Santo Amaro)
Belchior da Costa
Jesuítas
Diogo de Unhate
Antonio de Proença
Antonio de Saavedra
Salvador Pires
João de Sant´Ana
Porto "misterioso"
Nossa Senhora da Assunção
Luiz Fernandes Folgado
Martim Rodrigues Tenório de Aguilar
Domingos Fernandes
Castelhano/Espanhóis
Caminho do Peabiru
Cavalos
Antonio Preto
Maria Gonçalves
Estradas antigas
Carijós
Manuel da Nóbrega
A primeira ponte
Gaspar Fernandes
Simão Borges Cerqueira


Fontes/Referências:

[1] 01/06/1556
Os jesuítas estavam repartidos em três locais determinados pelo Padre Provincial dos Jesuítas, Manoel de Nóbrega: São Vicente; São Paulo e Jeribatiba (Santo Amaro do “Virapuera”)*
Carlos Fatorelli, pesquisador e historiador (cfatorelli@gmail.com) em 2018; Site: emsintonia.com.br / prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/santo_amaro...
[2] 03/07/1581
“que todos os moradores da banda de Ibirapuera façam o caminho, a saber”
ACTAS DA CÂMARA, 1581, p. 180-181...
[3] 23/05/1584
“os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar”
ACTAS DA CÂMARA, 1584, p. 237-238; "A escravização indígena e o bandeirante no Brasil Colonial" p.28...
[4] 12/10/1599
Inventário e Testamento de Maria Gonçalves, em Birapoera, casas de Clemente Álvares
projetocompartilhar.org/SAESPp/mariagoncalves1599.htm...
[5] 01/01/1600
*Sardinha, o moço, ainda teria construído dois engenhos para fundição de ferro em Araçoiaba, sendo um deles doado ao próprio governador
"SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.117 / Eduardo Tomasevicius Filho / "O Caso da Granja Carolina" José Carlos da Silva UNESP (Rio Claro) p.46 ...
[6] 15/08/1607
Com seu sogro construiu, em Santo Amaro, um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto
projetocompartilhar.org/Familia/ClementeAlvares.htm - Inventários e Testamentos como documentos linguísticos p.87;88 - Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História / genearc...
[7] 11/08/1609
Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba
Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História...
[8] 01/01/1640
*a partir de 1640, o caminho de Ibirapuera, ou de Santo Amaro, surge a cada passo nas “cartas de datas de terra” com o nome de “caminho de carro” e que, para diferençá-lo do caminho recém-aberto, também o chamavam “caminho velho de Santo Amaro”, denotando dêsse modo sua serventia desde há anos. Alguma coisa, então, teria retardado o seu aparecimento e sua maior utilização
"Os transportes em São Paulo no período colonial" (1959) José Gonçalves Salvador...
[9] 01/01/1746
*Só em 1746 que encontramos notícias dos carros de bois através de uma reclamação feita pelo padre Matias Alves
"Os transportes em São Paulo no período colonial" (1959) José Gonçalves Salvador...


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