Wildcard SSL Certificates
registros09/04/2025 16:27:59  
Atualização: 07/12/2021 18:44:06


OS documentos afirmam que o Ybyrpuera ou Virapoeira (Ibirapuera) se localizava na região de Sorocaba.


Em 1556 os jesuítas estavam repartidos em três locais determinados pelo Padre Provincial dos Jesuítas, Manoel de Nóbrega: São Vicente; São Paulo e Jeribatiba (Santo Amaro de Virapuera). Essa última se localizava nas proximidades da antiga aldeia de Santo André da Borda do Campo, em Maniçoba, entre as atuais cidades de Itu e Sorocaba. [1]


Em 3 de julho de 1581 a câmara vila de São Paulo ordena que os moradores cedam escravizados para a construção do "caminho do Ibirapuera". Manoel Fernandes Ramos, povoador de Sorocaba, é quem cederia o maior número de escravizados para a obra. [2]


Em 23 de maio de 1584 (...) os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ibirapuera, nomeando os moradores que lá tem fazenda: Antônio de Proença, Bartholomeu Fernandes, Belchior da Costa, Domingos Luis, Francisco de Brito, sendo que este último terá o encargo de chamar a todos e definir o dia para que os serviços sejam feitos, sendo que os que não cumprirem esta determinação pagarão cinco tostões para o conselho desta vila (...). Todos tendo terras na região de Sorocaba. [3]


O inventário de Maria Gonçalves, esposa de outro povoador de Sorocaba, Clemente Alvares, registrado em 12 de outubro de 1599, no "sítio em Virapoeira", inclui um "carro de boi". [4]


Um documento importante registra, em 1600, a compra dos "engenhos de ferro de Afonso Sardinha em Ibirapuera", pois é de conhecimento geral que esses fornos se localizavam nas redondezas de Sorocaba, no Morro Araçoiaba. Afonso Sardinha é considerado o "primeiro homem branco" em Sorocaba. [5]


Em 11 de agosto de 1609 foi firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro de Sorocaba "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba. [7]


A partir de 1640, o caminho de Ibirapuera, ou de Santo Amaro, surge a cada passo nas “cartas de datas de terra” com o nome de “caminho de carro” e que, para diferençá-lo do caminho recém-aberto, também o chamavam “caminho velho de Santo Amaro”, denotando dêsse modo sua serventia desde há anos. [8]


Só em 1746 que encontramos notícias dos carros de bois no "Ibirapuera de São Paulo" através de uma reclamação feita pelo padre Matias Alves. Ou essa estrada parou de ser utilizada, ou como os documentos registram, o "Ibirapuera" se localiza em outro local. [9]


BIOGRAFIAS E TEMAS RELACIONADOS


Ybyrpuêra
Caminho do Carro
Ferreiros/Metais
Diamantes, ouro e prata
Francisco Lopes Pinto
Afonso Sardinha, o Velho
Francisco de Sousa
Jorge Moreira
Clemente Álvares
Brás Gonçalves, o velho
Serra de Araçoiaba/Biraçoyaba
Engenho(s) de Ferro
Sabarabuçu
Manuel Fernandes Ramos
Diogo de Quadros
Bandeirantes
Ipiranga
Jeribatiba (Santo Amaro)
Belchior da Costa
Jesuítas
Diogo de Unhate
Antonio de Proença
Antonio de Saavedra
Salvador Pires
João de Sant´Ana
Porto "misterioso"
Nossa Senhora da Assunção
Luiz Fernandes Folgado
Martim Rodrigues Tenório de Aguilar
Domingos Fernandes
Castelhano/Espanhóis
Caminho do Peabiru
Cavalos
Antonio Preto
Maria Gonçalves
Estradas antigas
Carijós
Manuel da Nóbrega
A primeira ponte
Gaspar Fernandes
Simão Borges Cerqueira


Fontes/Referências:

[1] 01/06/1556
Os jesuítas estavam repartidos em três locais determinados pelo Padre Provincial dos Jesuítas, Manoel de Nóbrega: São Vicente; São Paulo e Jeribatiba (Santo Amaro do “Virapuera”)*
Carlos Fatorelli, pesquisador e historiador (cfatorelli@gmail.com) em 2018; Site: emsintonia.com.br / prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/santo_amaro...
[2] 03/07/1581
“que todos os moradores da banda de Ibirapuera façam o caminho, a saber”
ACTAS DA CÂMARA, 1581, p. 180-181...
[3] 23/05/1584
“os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar”
ACTAS DA CÂMARA, 1584, p. 237-238; "A escravização indígena e o bandeirante no Brasil Colonial" p.28...
[4] 12/10/1599
Inventário e Testamento de Maria Gonçalves, em Birapoera, casas de Clemente Álvares
projetocompartilhar.org/SAESPp/mariagoncalves1599.htm...
[5] 01/01/1600
*Sardinha, o moço, ainda teria construído dois engenhos para fundição de ferro em Araçoiaba, sendo um deles doado ao próprio governador
"SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.117 / Eduardo Tomasevicius Filho / "O Caso da Granja Carolina" José Carlos da Silva UNESP (Rio Claro) p.46 ...
[6] 15/08/1607
Com seu sogro construiu, em Santo Amaro, um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto
projetocompartilhar.org/Familia/ClementeAlvares.htm - Inventários e Testamentos como documentos linguísticos p.87;88 - Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História / genearc...
[7] 11/08/1609
Firmada sociedade entre Diogo de Quadros, Francisco Lopes Pinto e D. Antônio de Souza, filho de D. Francisco de Souza, que se refere a um engenho de ferro "situado em o distrito e limite desta vila de São Paulo e donde chamam Ibirapuera, da outra banda do Rio Jeribatiba
Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História...
[8] 01/01/1640
*a partir de 1640, o caminho de Ibirapuera, ou de Santo Amaro, surge a cada passo nas “cartas de datas de terra” com o nome de “caminho de carro” e que, para diferençá-lo do caminho recém-aberto, também o chamavam “caminho velho de Santo Amaro”, denotando dêsse modo sua serventia desde há anos. Alguma coisa, então, teria retardado o seu aparecimento e sua maior utilização
"Os transportes em São Paulo no período colonial" (1959) José Gonçalves Salvador...
[9] 01/01/1746
*Só em 1746 que encontramos notícias dos carros de bois através de uma reclamação feita pelo padre Matias Alves
"Os transportes em São Paulo no período colonial" (1959) José Gonçalves Salvador...
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

A base de dados inclui ci

Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .

Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP



Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?

Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:

BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira

Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.

Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.

Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.

É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.

BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.