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PRIMEIRO HOSPITAL DE SOROCABA, RECOLHIMENTO SANTA CLARA E RODOVIA CASTELO BRANCO
24/12/2021 05:03:49

Um caminho de São Paulo à Sorocaba existia antes da chegada dos colonizadores. A atual rodovia Raposo Tavares segue um dos antigos caminhos do Peabiru, e era o principal caminho que ligava as duas cidades, Sorocaba e São Paulo. A rodovia Castelo Branco só seria inaugurada em novembro de 1968 [4].

Em 1804 o Governador da Província de São Paulo, António José da Franca e Horta, visitou Sorocaba, fazendo um caminho parecido com o da atual rodovia Castelo Branco, ou seja, passando por Itu.

A viagem de Franca e Horta, quando ele passou pelas vilas de Itu, Sorocaba e Porto Feliz, tinha dois motivos:: obter mais informações sobre a construção do novo caminho que ligava Itu à cidade de São Paulo e sobre a fundação de duas Irmandades da Misericórdia – uma em Sorocaba, outra em Itu.

Em 30 de outubro do mesmo ano ele escreveu ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, visconde de Anadia, João Rodrigues de Sá e Melo Souto Maior falando sobre a viagem. Sobre o novo caminho ele diz:

“A fatura de um novo caminho da villla de Ytú para esta cidade, caminho ha muitos anos projetado, mas sobre o qual eram tantas as opiniões como as cabeças, foi um dos objetos que me levaram a fazer esta jornada. Ha daqui a vila de Ytú 22 léguas (106,2km) de caminho a que chamarei velho e se me propunha com instancia a abertura de um novo que encurtava para 18 léguas (86,9km)”.

Sobre a construção do primeiro hospital de Sorocaba ele diz:

“(...) em Sorocaba o capitão-mór Francisco José de Souza, homem de estimáveis qualidade, igualmente benemérito e zeloso do real serviço, o qual além da despesa que tem feito não só ofertou uma attendivel quantia a edificação daquelle hospital, mas tem promovido o haver esmola e deixar taes que posso contar haver já com que ele se complete”. [3]

CONVENTO DE SANTA CLARA

Outro ponto importante da viagem foi a fundação do Recolhimento ou Convento de Santa Clara. Quatro anos antes (1800) foram feitos os primeiros pedidos para a fundação de uma instituição religiosa na Vila de Sorocaba, como consta nos documentos enviados pela Câmara da Vila deste ano.

No primeiro pedido, não há nenhuma referência à Manoela de Santa Clara e Rita de Santa Ignes, fundadoras do convento, porém, a família das duas mulheres possuía grande importância financeira e política na região, o que nos leva a imaginar que a solicitação fora motivada pela vontade das mulheres, utilizando as redes de influência criadas e exercidas pelos seus familiares.

A primeira vez que essas mulheres aparecem claramente é na documentação sobre os pedidos para a fundação de um recolhimento. De forma indireta no parecer, o então capitão-general de São Paulo Franca e Horta apresenta a opinião desfavorável à fundação de um recolhimento na vila.

“Resta-me finalmente informar a Vossa Alteza motivos particulares que tiveram estes camaristas para [ileg.] a presente súplica, circunstâncias que pessoalmente examinei, quando por outra diligência que interessava o Real Serviço, me foi preciso chegar à vila de Sorocaba. Existe ali uma insensata mulher, que pelo vaidoso entusiasmo de ser fundadora, e regente, havendo-lhe tocado uma pequena fonte de terras por herança, deu princípio a um edifício com essa destinação.

O terreno onde tem algumas casinhas, e uma asseada capela, suposto tenha capacidade para os ofícios de um recolhimento, falta-lhe, contudo, o essencial, que é o seu interior uma área indispensavelmente [ileg.] para [ileg.] e passeio das Recolhidas, o que é impossível de conseguir-se por achar situado no centro da vila cercado por toda a parte das casas de moradores.

Este informe edifício de taipas de terra, mal construído pela direção daquela mulher, que sem discurso, nem força para a dita obra, não faz mais que levantar este ano, o que no passado se desfez, foi olhando por aqueles homens como um fundo suficiente para o dito recolhimento lisonjeados da esperança de que outros concorreriam com esmolas para o complementarem como se tão débeis fundamentos [ileg.] se pudessem contar alguma coisa.” [2]
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Sorocaba/SP
Itu/SP


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Fontes/Referências:

[1] "Memória História de Sorocaba (I)" Aluisio de Almeida p.336;337 / “Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP (10/1971) p. 10 / ALFREDO MARIO SAVELLI (2009) p.145 / "Memória histórica de Sorocaba (I)" p.336 / Evolução Urbana de Sorocaba (2012). Andressa Celli (USP - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) p.44 / “Os Cavaleiros Templários e o caminho de Peabiru” (14.09.2018) Professor Jorge Ubirajara Proença

[2] Horta, 1906 / Arquivo Histórico Ultramarino (AHU). AHU_CU, Cx. 25, Doc. 9, 1800. Consulta do Conselho Ultramarino ao príncipe regente D. João sobre a representação do juiz e oficiais da Câmara da Vila de Sorocaba.

[3] Biblioteca Digital Luso-Brasileira / Revista do Instituto Historico e Geografico de São Paulo (1989)

[4] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=16048

[5] Jornal Cruzeiro do Sul

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.