| registros | 09/04/2025 16:27:59 |
|
SOROCABA EM 1838
Durante a Revolução Liberal o exército sorocabano marchou contra São Paulo. [17] Em 30 de maio de 1838 o jornal “Chronica Maranhense”, do estado do Maranhão, registra:
“(...) A província toda acha-se saturada de anarquistas, e em Sorocaba uma companhia de 30 homens, mais ou menos, premeditava horrorosos planos e principalmente o saque desta florescente e comerciante povoação; porém as enérgicas e bem ajustadas precauções tomadas pelas autoridades do lugar, neutralizaram completamente a realização de tão malvado intento.
O governo que tão solicito tem sido em pacificar e apagar os ateados brandões da anarquia, em qualquer parte em que ela se apresenta, fará com, que os malvados não reproduzirão nos campos do Ypiranga, as cenas horrorosas que tem sido teatro as campinas do Sul. Confiamos na Providência, confiramos no governo!”
O que teria ocorrido em Sorocaba? Ou teria ocorrido em outro lugar? |
Em 1838 Manoel Lopes de Oliveira foi nomeado Prefeito. Era rico negociante de fazendas secas e construiu um grande Sobrado na então Rua das Tropas em Sorocaba. Possuía uma grande extensão da terras no margem do rio Sorocaba, que alugava a condutores em época de transito extenso de tropas. [2]
A estrada e rua do Piques deixou de ser exclusividade das tropas invernadas no Itavuvu e Terra Vermelha. Nesse ano, foi aberta a estrada de Porto Feliz, aliviando o tráfego do gado nessa região. [3]
O aterrado da travessa da rua da Ponte, que ia para a rua Nova, deliberado em Câmara em 1835, ainda não havia sido concluído em 1838, pois neste ano foi novamente deliberado o aterro do “passo do Itararé”, permitindo, assim que a rua avançasse sobre o córrego até alcançar a rua da Constituição. [4]
No Inventário Geral da Fábrica de Ferro Ipanema, produzido em 1838 há descrições de oito senzalas dispersas, a maior parte arruinadas, e quatro delas cobertas de palha. Porém, não há menção sobre o relato em outros documentos. É provável que as mesmas estivessem desabilitadas em decorrência do estado de conservação exposto no inventário. [5]
Durante combates da Revolução Farroupila, em 31 de janeiro de 1838, na região do rio Caí (Rio Grande do Sul), o sorocabano Bento Manoel de 55 anos, tomou em ação, duas canhoneiras. Elas foram incorporadas à Marinha da República ao comando do então Giusepe Garibaldi e mais tarde o herói, maior da reunificação da Itália, além de “o homem de ação de seu século”. [6]
Em 2 de março foram sugeridas as divisas entre os distritos da villa de Sorocaba e o de Jundiacanga. Expediu o Presidente da Província a seguinte Portaria:
“Para a Câmara da vila de Sorocaba: Comunicando a haver fixado as divisas entre o distrito daquela vila com o de Jundiacanga as quais devem começar no ribeirão Ypanema, na estrada de Otinga até o portão da fazenda de Pirapora e dai para o lado ocidental, pelo vale que serve de fecho á mesma fazenda a encontrar com a antiga divisa do referido distrito de Jundiacanga; o Presidente da Província aprova esta fixação de limites c assim participa á mesma Camará para sua inteligência. Bernardo José Pinto Gavião Peixoto”. [7]
Lei de 30 de março tem trechos referentes a Sorocaba:
“§ 4.º - Novos impostos sobre os anmais de Sorocaba 8:000$000 (...) Gratificações ao collector das rendas do mesmo registo, contribuição para Guarapuava, e novo imposto dos animaes em Sorocaba 2:200$000 (...) sendo 1:000$ rs. para a ponte da villa de Sorocaba, alèm das quantias consignadas nas ultimas leis do orçamento, ficando a dita ponte de Sorocaba franca e isenta de qualquer imposição municipal 4:000$000 (...)” [8]
Bento Manuel comandou o Exército da República na vitória de Rio Pardo, a maior dos republicanos e caracterizada por combinação de armas e até da construção de uma ponte. E ali derrotou seu grande desafeto o Marechal Sebastião Barreto que o levara a aderir a Revolução. [10]
Em 30 de abril uma divisão do Exército imperial no Rio Grande do Sul, comandada pelo general Sebastião Barreto, é completamente derrotada no Rio Pardo pelo exército republicano às ordens do general Bento Manuel Ribeiro. [11]
Em 16 de julho chega a ordem para instalar uma forca na vila de Sorocaba foi recebida em 16 de julho de 1838. Ela foi instalada no Largo dos Piques. [12]
Em 18 de julho a Câmara Municipal delibera sobre o calçamento do Beco de Inferno. [13]
Após os problemas com os prussianos, o governo ainda investiu na mão-de-obra estrangeira para aumentar a produtividade da fábrica de ferro em Ipanema, e em agosto o então diretor Major João Bloem viajou a Alemanha.
Dia 1 desse mes Karl Abraham Bresser assinou contrato por cinco anos com o governo da província de São Paulo, representado pelo major Bloem, em Bremen no dia 1° de agosto de 1838, e por esse documento percebe-se que, ainda que nele fosse qualificado como agrimensor, com diploma, sua responsabilidade no Brasil seria a de um verdadeiro engenheiro, pois deveria elaborar planos, fazer orçamentos e dirigir as obras da abertura de uma estrada de rodagem entre São Paulo e Santos.
Embora bem recomendado, sua atuação na difícil construção da Estrada da Maioridade foi simplesmente desastrosa. Futuramente, o brigadeiro Tobias de Aguiar, presidente da Província da época, examinou pessoalmente a estrada em companhia do major Bloem e constatou que as obras, de tão mal conduzidas, tinham de ser imediatamente paralisadas. [14]
Em outubro João Bloem traz da Alemanha 227 operários e maquinário. [16] |
[13] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=6355
|
|
|
Sobre o Brasilbook.com.br
Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
A base de dados inclui ci
Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .
Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.
Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP
Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?
Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:
BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira
Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.
Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.
Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.
É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.
BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.
 |
|