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O “DESCOBRIMENTO” E A PARCERIA COM A ITÁLIA
07/01/2022 18:05:11

Em 1854 Francisco de Varnhagen afirmou [6] que o primeiro europeu a visitar o litoral brasileiro fora o florentino Américo Vespúcio, em viagem realizada em 1499 [4].

Embora pesquisadores respeitáveis, como o italiano Riccardo Fontana, continuem acreditando que a frota de Vespúcio aportou no Rio Grande do Norte, a maioria dos historiadores acha que ela esteve apenas nas Guianas e pouquíssimos são aqueles que concedem ao padrinho da América a ventura de ter sido o primeiro a colocar os pés na Terra Brasilis.

Os italianos tiveram profundas influências diretas e indiretas no "achamento" do Brasil. Em primeiro lugar, a própria Marinha portuguesa fora "fundada" por um italiano: em 1317, contratado pelo rei dom Diniz, o almirante genovês Manoel Pessagno (Peçanha para os lusos) chegou a Lisboa trazendo "20 homens sabedores do mar" para virtualmente ensinar os portugueses a enfrentar os perigos do "Mar Tenebroso" (o Atlântico). [2]

Portugal era "a varanda debruçada sobre o Atlântico". Mas os italianos, e genoveses, em especial, foram os primeiros a desafiar aquelas águas misteriosas. Em 1291, os irmãos Vivaldi ousaram cruzar as Colunas de Hércules (o Estreito de Gilbraltar), costeando parte da África. [1]

Pouco depois, Lanzarotto Malocello descobriu as Ilhas Canárias. A partir da tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, em maio de 1453 [3], capitais genoveses e florentinos foram investidos em Portugal. Sem aquele dinheiro, os lusos dificilmente teriam sido capazes de continuar a sua aventura ultramarina.

Três ricos mercadores italianos ajudaram a bancar a armação da frota de Pedro Álvares Cabral, que partiu para a Índia e, no meio do caminho, descobriu o Brasil. Eram eles os florentinos Bartolomeo Marchionni e Girolamo Sernigi e o genovês Antonio Salvago.

Dono de amplos canaviais na Ilha da Madeira, amigo do rei dom Manuel, Marchionni possuía uma fortuna calculada em 100 mil ducados e era tido como o homem mais rico de Lisboa. Sem o seu financiamento, Cabral não teria, talvez, chegado à India nem ao Brasil. [5]


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[1] Eduardo Bueno 13/12/2010 (revistaepoca.globo.com)

[2] Eduardo Bueno 13/12/2010 (revistaepoca.globo.com)

[3] brasilescola.uol.com.br / Eduardo Bueno 13/12/2010 (revistaepoca.globo.com)

[4] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=24107

[5] "Historia De Santos" Francisco Martins dos Santos (12/1936) / Eduardo Bueno 13/12/2010 (revistaepoca.globo.com)

[6] Anais do 3o Simpósio Brasileiro de Cartografia Histórica (2016) / Eduardo Bueno 13/12/2010 (revistaepoca.globo.com)

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!