Os nativos já tinham a cruz como um símbolo sagrada por causa do Caminho do Peabiru. A cruz significava um entroncamento ou cruzamento dos caminhos "sagrados".
Para Aloísio de Almeida, o Peabiru era mais do que um caminho. Ele fala de um “sistema viário”, “feixe de comunicações no qual Sorocaba era o ponto de passagem: São Vicente-Piratininga, Cananéa-Itapetininga, Paranaguá-Curitiba, Santa Catarina-Tibagi era descidas do planalto para o mar. Tronco: São Paulo-Tibagi. Ligando-se a este, dois novos ramais, um começando nos Campos Gerais (Paraná), outro em Itapetininha, para alcançarem o Guairá e o Paraguai...” [1]
Manuel da Nóbrega chegou ao Brasil em 29 de março de 1549 acompanhado de cerca de 400 degredados. [2] Apenas 15 dias após chegar ao Brasil o padre escreve ao seu superior em Coimbra: "São Tomé esteve aqui!" [4]
Sobre a visita do apóstolo Tomé ao Brasil, em março de 1856 foi publicado um texto dividido em 12 capítulos. O último deles descreve a partida do religioso:
E via que a mente se me offuscava, e que eu nada mais sabia de Sumé. Por fim ouvi uma voz que dizia: "Contenta-te de seres moranduçara do que sabes, que é quanto tens de transmitirá prosteridade.
Sumé irá para outras terras; por que aos surdos não é possível fazer que oução as palavras do Senhor. E uma língua de fogo se vio no mais alto cimo do morro de Biraçoyaba, que parecia como a chama de um vulcão.
E o monte se derretia em lavas de ferro. E aí se formava uma espécie de cratera ou algar (Vale das Furnas) cujas cinzas quentes, depois se apagavam com as águas de uma lagoa (Lagoa dourada, onde o povo do Ipanema, ainda não há muito, julgava que apareciam fantasmas, que guardavam tesouros escondidos).
E ouvi a mesma voz de antes dizer-me : “Ali esconderás o legado que deveis deixarás gerações vindouras, para que os homeus tenhao mais uma prova da misericórdia divina, que é de toda a eternidade, e durará até o dia de juizo.” — Amém. [5] |