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CAMINHO DAS TRÊS CRUZES
O "Caminho da Cruz" é uma das evidências da mais incrível hipótese que encontrei: o pai de Balthazar Fernandes ser o Bacharel de Cananea. As semelhanças são muitas, o raciocínio é o mais longo entre todos e ainda não consegui elaborar um texto.
Primeiro é necessário falar muito sobre o Caminho da Cruz. Afinal, onde se localizava esse caminho raramente registrado nós documentos?
Mestres ferreiros
Genealogistas divergem quanto a paternidade de Maria de Torales. Sua mãe se casou duas vezes. Primeiro com Pedro Fernandes, filho do ferreiro Mestre Bartholomeu, depois com Balthazar Fernandes, fundador de Sorocaba, filho do também ferreiro Manoel Fernandes.
Ambos os pais ferreiros possuíam terras no Caminho da Cruz e Vuturuna e ambos eram "o único ferreiro" da vila de São Paulo.
Em 19 de junho de 1578 intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, Mestre Bartholomeu Fernandes, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”. [4]
Em 14 de setembro de 1583 “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado.” [5]
Em 16 de agosto de 1586 o procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjavam no sertão.
Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer”. [6]
Ambos estão trabalhando nas proximidades do Ipanema quando em março de 1590 a população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada: ambos estavam entre os mortos. [7] |
Terras de Brás Cubas
Muito da riqueza herdada por Balthazar Fernandes, pertenceu a Brás Cubas. É no testamento de sua neta, Isabel de Proença, segunda esposa de Balthazar, que a palavra "Sorocaba" é registrada pela segunda vez na história.
A demarcação das terras herdadas por Balthazar foram contestadas por muitos anos. Na verdade, até Mogi das Cruzes, primeiramente chamada Santa Ana das Três Cruzes, contesta o protagonismo e a posse histórica das terras da cidade por Brás Cubas.
Pois "campos onde os bois, marcados por Brás Cubas com Gy" eram aqui.
A motivação dos primeiros povoadores estrangeiros é clara: metais preciosos. Encontrando ou não as riquezas, o perigo e o sigilo necessario, talvez, explique a dificuldade ao estudar os documentos. Creio não ser mais possível encontrar o local exato das três cruzes.
Problema para todos os nossos herdeiros é que a maior riqueza que nos privaram é a nossa verdadeira história.
Voltando aos registros
Ambos os ferreiros fazem parte da expedição comandada por Brás Cubas que descobriu metais preciosos em Bacaetava, Birácoyaba e Vuturuna, como escreveu Brás Cubas ao Rei de Portugal em 25 de abril de 1562. [1]
Em 18 de maio de 1566 as terras são divididas "(..) o qual marco é uma pedra grande que está deitada desde seu nascimento, na qual foi feita por João Vieira uma cruz (..); outra pedra talada que assim talou o mesmo João Viera e fez outra cruz em cima; (...) ao pé de uma árvore grande (...) e foi feito pelo dito João Vieia como marco uma cruz; (...) sobre uma grande pedra que ali estava deitada, uma cruz foi feita pelo dito João Vieira e saindo do mato em uma rossa do Mestre Bartholomeu está uma pedra grande com umas pancadas de machado, foi feito uma cruz pela mãos do Sr Capitão Brás Cubas (...)” [2]
Em 11 de dezembro de 1577 são “concedidas a Antonio Vaz 400 braças ao longo da Bahia (Baía?) e 1000 para dentro do sertão em Sarapohy que foram a Bras Cubas no Porto que foi de Jacotinga”. [3]
Clemente Alvarez faz parte dessa família. É um dos personagens mais importantes na história da região de Sorocaba, também possuía terras no Caminho da Cruz.
Possuía terras na região de Sorocaba desde 1600, muitos anos do "fundador" Balthazar Fernandes, onde procurou por metais preciosos durante 14 anos.
Genro de Afonso Sardinha, "primeiro homem branco" em Sorocaba, e assim como seu sogro, experiente ferreiro e mineiro prático.
Em 16 de dezembro de 1606 um novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares sobre os locais onde haviam ocorrências de metais preciosos, registrado na Câmara a da Vila de São Paulo, declarou “onde Brás Cubas extremou as suas terras (...) por umas cruzes em pedras escritas e que estão lá até agora”. [8]
As terras do Mestre Bartholomeu abrangiam áreas na Serra de São Francisco, São Roque e Santa Ana de Parnaiba.
Encontramos dois fundadores e duas fundações para o mosteiro Nossa Senhora do Desterro em Santa Ana de Parnaiba:
Andre Fernandes, filho de Manoel e Bartholomeu Fernandes Mourão, filho do Mestre, ambos doaram o Mosteiro á Ordem Beneditina.” [9]
Sorocaba teve, no mínimo, duas fundações reconhecidas:
Balthazar Fernandes Mourão e seu genro André de Zunega fundam a vila de Nossa de Senhora da Ponte em 3 de março de 1661.
E o mesmo André funda com Bartholomeu Fernandes Mourão, em 1670, a vila de Sorocaba.
Desafio todos que encontrem a vila de "Nossa Senhora da Ponte" registrado em mapas anteriores a 1842. [10] |
| [1] MAFFEI, Lucy; NOGUEIRA, Arlinda Rocha. “O ouro...”op.cit. / "Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35 / História geral, I, 290 / Histórico do Conhecimento Geológico sobre o Pré-Cambriano p.59 / Memória Histórica de Sorocaba I p.344 |
| [2] Boigy "Cadernos da Divisão do Arquivo Histórico e Pedagógico Municipal" p.4 / 1954 - “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” (1954) Francisco de Assis Carvalho Franco |
| [3] “Relações de Sesmarias, ”Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1901. Página 103 |
| [4] Eduardo Tomasevicius Filho / pt.rodovid.org/wk/Pessoa:1123360 / pt.rodovid.org/wk/Pessoa:1123472 |
| [5] Eduardo Tomasevicius Filho / "Os Tupi de Piratiinga. Acolhida, resitência e colaboração" Benedito A. G. Prezia (2008) |
| [6] Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Eduardo Tomasevicius Filho. Página 40 |
| [7] "Os Tupi de Piratiinga. Acolhida, resitência e colaboração" Benedito A. G. Prezia (2008) / Povoadores de S.Paulo – Domingos Luís Grou / brasilbook.com.br/r.asp?report=24341 |
| [8] "SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa" p.178 / Boigy "Cadernos da Divisão do Arquivo Histórico e Pedagógico Municipal" |
[9] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=21463
| [10] Chorographia historica, chronographica, genealogica, nobiliaria e politica do imperio do Brasil. Tomo I. / "Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais" |
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Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
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