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ONDE BALTHAZAR FERNANDES CONSTRUIU SEU SOBRADO? PARTE II
24/02/2022

O sobrado que existiu no bairro nomeado Lageado não foi construído por Balthazar Fernandes!!! Existem muitas dúvidas sobre Balthazar Fernandes, mas não sobre este Casarão.

Essa suposição tem origem em "Itapebussu ou Itapeva, que significa Lageado ou Lage Grande", local da primeira povoação de Sorocaba, mas não se sabe exatamente onde.

Itapebussu evoluiu para Itavuvu. Aparentemente denominaram um bairro como Lageado por ali existir um grande sobrado e não por ali ser "Itapebussu".

Na década de 1950 o competente engenheiro Luiz Saia (do serviço do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional) julgou que a casa dita ter sido construída pelo "fundador" de Sorocaba não era tão antiga, sendo do século XVIII e não do século XVI ou XVII. [3]

Em 23 de outubro de 1953 registra-se a doação do imóvel pelo sr. Jorge Caracante e sua exma. esposa d. Ignez Marques Caracante, para o Estado (imagem). [4] Um museu seria construído, porém o edifício foi demolido logo na sequência, e isso sim é uma DÚVIDA!

E se Balthazar tivesse dois sobrados, um em cada cidade, ou... que o sobrado fosse em Santa Ana de Parnaíba? Se "sim", muitas suposições que preenchem a História que conhecemos atualmente seriam confirmadas.

O registro que reproduzi anteriormente, cujo conteúdo afirma que o sobrado foi construído em Santa Ana de Parnaíba, [2] não é excessão, e nem erro de escrita, muito menos interpretação, mas sim, uma regra quando se trata dos povoadores de Sorocaba.

Nesse mesmo ano o testamento do morador de Santa Ana de Parnaíba, onde ffoi registrado o documento, Manoel Fernandes Homem, é ainda mais específico:

"E logo em o mesmo dia anno atraz escripto o arrumador pos a agulha na barra do moinho que foi do Capitão Paulo de Proença de Abreu e botou o dito rumo e onde começou o dito rumo se fez uma cruz em pau delgado de frente de uma ilha pequena que está na borda do rio Anhembi e indo com o dito rumo do noroeste veio por o matto do capão do moinho a meia ladeira do brejo a dar em uma pedra grande que está no dito matto e passando por cima do dito penedo veio subindo por o capão acima e donde se fez umas cruzes estampadas em uma perovera e veio atravessar outro penedo a modo de lage (laie sic) sempre por do capão que fica pera cá do moinho e subindo por cima de pedras veio subindo pera o matto e rio lançante e veio passando dito rumo por o longo de uma outra pedra a modo de fragua, bem ao longe da pedra sempre por o matto e passou ao longo do um pau grosso verde que está no dito capão e vindo dito rumo nesse atravessou a estrada real desta villa que serve de serventia do moinho e veio o dito rumo atravessando uma milharada de Jeronymo Gonçalves Meira que fica por baixo do rumo obra de cinco braças e indo dito rumo em um caminho que vae per a roça que foi do defunto João Bicudo de Brito e atravessando o dito caminho veio dar em uma baixa que faz por cima da casa que foi de Antonio Bicudo e atravessando por a baixa atravessou um ribeirinho que serve de aguada a Jeronymo Gez. Meira e subindo per acima veio o dito rumo passando por a borda de um algodoal que foi do defunto João Bicudo e passou o dito rumo por o pé de um penedo que tem uma arvore ao pé sempre por a capoeira atravessou um vallo velho que está no campo e indo sempre o dito rumo por a capoeira veio a atravessar a estrada real desta villa que vae para o mar e atravessando a estrada foi descendo o dito rumo pera a capoeira entrou em uma ponta de restinga de matto e indo para o matto atravessou um ribeiro que fica por cima do moinho da villa e subindo por a capoeira deu em um teso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Balthazar Fernandes e indo corrente o dito rumo atravessou uma milharada de mim Tabellião e descendo por um mandiocal foi a dar no ribeiro que serve de aguada dos padres Bentos e subindo pero a Convento de Nossa Senhora do Desterro passou um rumo por o pé de uma paineira a vista do Convento e atravessou o caminho que vem para o Convento distancia de dez braças da Igreja e tornou a entrar no capão e indo o dito rumo por o capão a dentro foi atravessar o ribeiro que está por traz da casa de Gaspar Favacho e subindo o ribeiro foi a sair por ponta de um capão pequeno que está defronte do outão do Favacho e dahi foi por a cayeira a vista da casa de Manoel de Aguiar e lhe atravessou o caminho que lhe serve para a Villa e dahi foi correndo o dito rumo por o campo e deu uma baixada e dahi foi por a capoeira e foi atravessar o caminho que se vae a Pindaiticava e de lá atravessou o capão que fica defronte o sitio de Antonio Moreira de Roiz e foi subindo por o dito capão foi sobir por uma serra em Baritiva e deu no toso do alto adonde poz o arrumador o agulhão e foi descendo o dito rumo até a baixada em de torno atravessou a estrada de Pindaitiguava e foi costando ao longo de um morro e tornou a atravessar a estrada dos moradores do rio abaixo e foi dar o dito rumo a barra do Itaym mirim com que ficou a terra do Rocio arrumada e demarcadaE logo em o mesmo dia mez e era atraz escripto e declarado no auto o dito juiz deu posse ao procurador do conselho Antonio Roiz de Almeida que tomou posse em companhia dos officiaes da camara assim e da maneira que na carta se pede conforme os autos de medição que se fez começando da barra do moinho do capitão Paulo Proença de Abreu até a barra do Itaym mirim por o rumo do noroeste tudo o que se achar da banda do rio Anhemby é rocio desta villa por ser a ponta que se pedia conforme da carta consta de tudo tomaram posse os ditos officiaes da camara do que de tudo fiz este auto de posse. Com os ditos officiaes E eu Antonio da Rocha do Canto Tabellião que escrevi.

Antonio Roiz de Almeida, Jeronymo Gez. Ma e Mel. Franco de Brito" [1]


Balthazar Fernandes
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[1] Notas para a história de Parnaíb. rootsweb.com/~brawgw/parnaiba/sph32.html

[2] Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária Colonial p.275 / "A idéia da cidade" / sites.rootsweb.com/~brawgw/parnaiba/sph31.html

[3] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=21528

[4] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=19362

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.