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A PRIMEIRA PONTE: PIRATININGA OU PIRAPITINGUY?
08/03/2022

Apesar de investigações cuidadosas e de minuciosos exames locais, até agora não se sabe onde tal vila de Piratininga foi situada, ou mesmo se foi situada; o rio Piratininga jamais foi identificado, e com esse nome talvez não tivesse existido rio algum. Nenhuma etimologia é satisfatória para a palavra “Piratininga”.

A Câmara da Vila de S. Paulo, que às vezes se denominava “S. Paulo do Campo”, “S. Paulo de Piratininga”, “S. Paulo do Campo de Piratininga”, concedeu datas de terras em “Piratininga, termo desta vila” no “caminho de Piratininga”, “indo para Piratininga”, “no caminho que desta vila vai para Piratininga” etc.

A vila, feita a nove léguas do litoral para o sertão, à borda de um rio que se chamava Piratininga, mencionada por Pero Lopes de Sousa, nem sequer se lhe indicou o nome, nem foi ela posta sob invocação religiosa, numa época em que o intenso fervor católico dava nome de “santos” a todos os acidentes geográficos do litoral e do interior nos descobrimentos feitos. [19]

Poderia ser uma corruptela de Pirapitinguy? Em 1583 os primeiros caminhos em direção ao ouro saiam da Vila de "Pirapitinga" de São Paulo. [4] O Mapa "Corso del fiume dell Amazoni" feito por Vincenzo Coronelli em 1691 (imagem) registra o que parecem serem os rios Anhemby e Sorocaba como "Parapininga" e "Parapitinga", respectivamente. [17]

PRIMEIRA E MAIOR PONTE: QUEM, QUANDO E ONDE?

Em época tão remota o fundador de Sorocaba construíu a maior ponte que existiu em todo o sul do Brasil até o Senhor D. Pedro I. [15] Registra a história que esta foi a primeira ponte do interior do Estado de São Paulo. [22]

Para Aluísio de Almeida “a hipótese arrojada de ser esta ponte já de 1599. Em todo caso, levaria mais de um ano para construir (...). Os escravizados sob direção do Fundador teriam, pelo menos, vindo construí-la antes da mudança em 1654.

E somente um Governador tinha gente e dinheiro para construir uma, neste sertão. Ainda que estreitinha. É que o passo do rio, desde talvez os nativos, só podia ser abaixo das cachoeiras em local meio raso, antes de espraiarem-se as várzeas.

Trata-se uma ponte do rio Sorocaba, onde se fez a igreja a que trouxeram uma imagem de Nossa Senhora. Esta imagem podia ser a Nossa Senhora de Montesserrate, orago do Ipanema, ou outra do próprio Balthazar e é provavel que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte”. [19]

NÃO FOI D. FRANCISCO

Dom Francisco de Souza chegou ao Brasil em 1591. Tomou posse na cidade de Salvador em 9 de julho se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil. [7] E o primeiro documento a mencionar uma ponte foi registrado em 28 de junho de 1575:

“nas pousadas de Cristóvão Dinis, onde se ajuntarão os oficiais da Câmara Afonso Sardinha. Cristóvão Diniz, Manuel Fernandes e Paulo Rodrigues, acordaram fazer-se o caminho, a fonte e a ponte pela qual mandaram todos os moradores com pena de um tostão de uma peça (escravizado) ao procurador do conselho para se fazer o caminho e a fonte (...)”

Sendo Cristovão Diniz genro de Domingos Fernandes, irmão de Balthazar Fernandes, o "fundador" de Sorocaba; Manuel Fernandes Ramos, pai do fundador de Sorocaba; e Afonso Sardinha, o "primeiro homem branco" em Sorocaba. [1]

Em 14 de agosto de 1575 "a Câmara obrigou, sob pena de cem réis, que os moradores que possuíssem mais de seis escravos (peças) enviassem dois deles para fazer uma ponte de nome não mencionado, determinando ainda que aqueles que tivessem menos de seis, enviassem apenas um. O poder público, representado pelo Conselho municipal, ainda determinou um aprazamento de oito dias para que a empreitada acontecesse". [2]

ENFIM, PIRAPITINGUY

A cidade de Itú teve seu início no ano de 1610, Cristovao Dinis e seu sogro, Domingos Fernandes, fundaram na região de Pirapitingui, no local denominado Ytu-guassú ou Utu-guaçu, uma capela. [11] O Capitão Cristovão Diniz falecido em 11 de agosto de 1650 no sertão e foi inventariado na sua fazenda em Santa Ana da Parnaíba, na paragem Ituguasu. [12]

Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemo-os em expedições ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy. [3]

Em 23 de maio de 1587 “(...) esta vila (São Paulo) passava de cem moradores e tem cinco ou seis caminhos e uma ponte (...) e assim assentaram que todos os moradores que tem fazendas da banda da ponte grande (...) terão cuidado de fazer a ponte gande (...)” [5]

Em 7 de dezembro 1589 “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava”, essa última, terras de Sardinha. [6]

Em 15 de junho de 1591 “ataques não impediram que os colonos continuassem suas incursões pelo sertão. Além do Vale do Paraíba, foram escravizar os Tupi do médio Tietê, em Pirapitingui, na região de Itu, onde mataram muitos e trouxeram outros cativos”. [8] Em julho “que porquanto neste mês passado foi gente ao salto e indo a a ponte em Pirapitingui, acharam gente a qual mataram e tomaram parte dela e trazendo algumas peças de escravizados, homens e mulheres”. [9]

Em 1 de abril de 1600 Clemente Alvares, genro de Sardinha, deixa o cargo de almocatel em São Paulo e ganha uma sesmaria em Ibiaraçoiaba. [10] Em 5 de feveireiro, prologando suas terras, ganha concessão no porto de Parapitingui: “Martim Rodrigues e Clemente Álvares, seu genro, 2 léguas da barra do Yatuahi até a barra do dito ribeiro”. [11] Muitas expedições partiram de Pirapitingui. [12]


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[1] Atas da Câmara da cidade de São Paulo. página 54

[2] Atas da Câmara, 1575, p. 81 / "A escravização indígena e o bandeirante no Brasil Colonial" p.21

[3] 190 Washington Luís p.190;191 / Washington Luís p.202 / “Memória Histórica de Sorocaba (I)” Aluísio de Almeida 337;338 / Vilardaga, José Carlos, São Paulo na órbita do Império dos Felipes: conexões castelhanas de uma vila da América portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640), São Paulo, Tesis doctoral, USP, 2010

[4] "SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.105 / BRIOSCHI, 1991, p. 2

[5] Atas da Câmara da cidade de São Paulo. páginas 236, 237 e 238

[6] Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275

[7] “História do Brasil” Livro 1º, Cap. V. Frei Vicente do Salvador / Marcgrave – História Natural do Brasil, Edição do Museu Paulista, pág. 263 / https://brasilbook.com.br/w.asp?b=2669 / GARCIA, 1929, p. 7

[8] "Os Tupi de Piratiinga. Acolhida, resitência e colaboração" Benedito A. G. Prezia (2008) / Atas da Câmara da cidade de São Paulo. Página 423 e 424

[9] Atas da Câmara da cidade de São Paulo. Página 423 e 424

[10] projetocompartilhar.org/SAESPp/mariagoncalves1599.htm / "SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa" p.178

[11] projetocompartilhar.org/Familia/ClementeAlvares.htm - projetocompartilhar.org/sesmarias.htm

[12] projetocompartilhar.org/Familia/ClementeAlvares.htm

[13] "Capítulos da História Social de SP " Alfredo Ellis Jr. (1944) p.457 / Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária Colonial p.188 / Francisco Nardy Filho (2000, p.34)

[14] projetocompartilhar.org/Familia/CristovaoDinizCapitao.htm - projetocompartilhar.org/SAESPp/cristovaodiniz1650.htm

[15] projetocompartilhar.org/SAESPp/cristovaodiniz1650.htm

[16] Anais do Museu Paulista - Tomo XXIII - Dados para a história dos índios p.125

[17] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=24668

[18] Revista do Arquivo Municipal, Volumes 85-87, 1942. Página 204

[19] “Na capitania de São Vicente” Luís, Washington (1869-1957)

[20] “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I” (21/12/1964) Aluísio de Almeida p. 336 / 346

[21] Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História, 11.1965. Página 187, 188

[22] *Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes” (1967) Luiz Castanho de Almeida

[23] “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?” (2014) Sérgio Coelho de Oliveira p.12 / 18 / 19 / capa / 71

[24] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=24823

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.