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MILAGRE EM SOROCABA
Ainda desconheço por quais motivos a relação do santo padre José de Anchieta com Sorocaba é omitida.
Em 30 de junho de 1980 o Papa João Paulo II chegou ao Brasil pela primeira vez, e durante a visita beatificou o padre jesuíta José de Anchieta.” [14] Um fato ganhou grande notoriedade em 2014, quando o Papa Francisco canonizou (novamente?) o padre José de Anchieta:
"Quando menina Suzana Dias, mãe de Balthazar Fernandes, um dos fundadores de Sorocaba, foi acometida de uma moléstia grave. Esgotados todos os recursos, recorreu a Deus, prometendo dedicar-se à vida religiosa, caso ficasse livre da doença.
Miraculosamente, livre do infortúnio, Suzana cumpria a sua promessa, vivendo uma vida cristã, com plano de ingressar num convento. Certo dia, quando estava compenetrada em suas orações, acercou-lhe dela um irmão leigo jesuíta e sussurrou-lhe aos ouvidos:
Você está liberada da promessa que fez ao Senhor. Suzana levou um susto, pois não havia reveleado a promessa a ninguém. Suzana casou-se e teve 17 filhos. E reforça mais ainda:
"Tendo eu 12 anos e estando enferma, desejei morrer, consagrando a Deus a minha virgindade, mas o padre José, sendo que a ninguém eu dissesse, me falou nesse assunto, que só podia saber através de reveçação. Não fiz voto!" [18]
MILAGRE EM SOROCABA
Em outra ocasião, vindo a Sorocaba, “tinham navegado por rios 8 dias em uma canoas de casca, estas inteiriças, da grossura de um bom dedo polegar, mas tem um mal que em se alagando não dão mais mostras de si, o que não tem as de pau, que por mais que se alaguem, ou virem nunca se vão ao fundo.
Chegaram os navegantes a uma cachoeira, ou salto que o rio faz, e os padres iam rezando (...) quando se vão todos ao fundo com a canoa, em altura de 4 ou 5 braças de água; mas todos saíram a nado, só o bom Padre José de Anchieta não apareceu:
Não sofreu o coração ao nativo deixar ali o Padre sem saber o que era feito dele. Mergulha e anda-o buscando por um bom espaço de tempo, e não o ahando volta a cima a tomar folego e descançar um pouco; deita-se outra vez de mergulho, e quer Deus que o acha assentado no fundo; pega dele pela roupa e o Padre deixa-se vir sem aferrar do nativo, e desta maneira vema cima, são e salvo.
Com suma alegria e consolação dos presentes: esteve debaixo d´água por meia hora, não desacordado, antes muito e seu juízo, lembrando-se de três coisas, como ele depois disse: de jesus, da Virgem Mãe de Deus, e de não beber água, como certo não bebeu.” [12] |
MOTIVO DA VISITA: ASSASSINATO DE BALTAZAR FERNANDES
Por volta de 1570 José de Anchieta aconselhou um homem por nome Baltazar Fernandes que andava mal encaminhado com uma mulher casada.
Mandou Anchieta que saísse desse mau estado e visse o estado de enfermidade em que se encontrava, tão disforme que só se viam olhos e dentes no rosto. Ao que o homem respondeu:
“Padre, morra gato, morra farto”. “Pois, desenganai-vos”, lhe disse o Padre, “que daqui a cinco dias vos hão de matar”. E assim foi que, dentro do dito tempo, o mataram com a própria mulher com quem estava amancebado, com escândalo público”.
Os assassinos, Domingos Luiz Grou e seu filho, passaram a viver ente os Caríjós, na região de Sorocaba. E Anchieta foi levar, em mãos, como exigia o favorecido, o perdão da justiça ao régulo Domingos Luiz Grou que a vila de São Paulo desejava ter dentro de seus muros para ajudar na sua defesa. Somente voltaria se o padre Anchieta fosse buscá-lo.
PODER
Já leu ou ouviu sobre Afonso Sardinha? Se não, pare aqui e pesquise! Se sim, saiba que em maio de 1553, quando oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig, Sardinha estava presente. Em 1555 Sardinha casou-se com a filha de Domingos Grou.
Muito provavelmente Grou era oficial mecânico, uma vez que havia participado da construção da igreja dos jesuítas e, mais tarde, da igreja do Guaré, origem de Nossa Senhora da Luz. Deveria ser um sujeito temido, visto que Anchieta avisou que Domingos Luis estava acabando a Igreja, mas que os nativos se achavam meio amotinados, pois tinham medo dele. Taunay o chamou de “Tubalcaim” Paulistano, comparando-o ao primeiro ferreiro citado na Biblia.
Em 1562, ano do sangrento ataque a São Paulo, em 16 de janeiro, por falta de local, a Câmara reuniu-se na casa de Domingos Grou, tendo requerido ao capitão mor que ordenasse o recolhimento à vila dos moradores de seu termo, porquanto estava a caminho de uma guerraTerça-feira.
No mês de março de 1562, Domingos Luiz Grou foi nomeado capitão dos nativos, atendendo ao pedido dos membros do Conselho. Era uma determinação vinda de Mem de Sá, que estabelecia um responsável para assuntos relativos aos nativos. [6]
Em 19 de junho de 1578 intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seriagrande prejuízo da terra.” [7]
Em 16 de agosto de 1586 “o procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer.” [8]
FOI EM SOROCABA
Em 1727 o comerciante João Antunes Cabral Camelo registrou:
“Deste, ainda que conhecido, é de seis dias punicos de viagem até ao sítio em que deságua o Theaté o Sorocaba, não darei notícia alguma, porque não embarquei nele, e só por informação de alguns mineiros, que nele se embarcaram, sei que tem várias cachoeiras, e algumas perigosas, e entre elas um salto (...), por cair nele o venerável Padre José de Anchieta, e ser achado por nativos debaixo da água rezando o Breviário”. [10]
Em 15 de agosto de 1942 Américo de Moura publicou no Diário Paulistano:
“dois moradores de São Paulo, um dos quais nobre e conhecido, Domingos Luiz Grou, ambos casados e com filhos, foram implicados em um crime de morte. Fugindo à justiça, abandonaram com suas famílias a vila, desceram o rio e foram homisiar-se entre os nativos levantados, que os acolheram como parentes e amigos.
Ficassem as coisas nesses termos, teríamos talvez, como resultado dessa expedição, com antecipação de mais de um século, o surto de um povoado no sertão, a dezenas de léguas de São Paulo. Refúgio de criminosos a princípio, esse povoado poderia ir a ter grandiosos destinos.
Mas Anchieta previu do fato perigosíssimas consequências para os cristãos de Piratininga, e pôs-se imediatamente em ação. Intercedeu pelos fugitivos perantes os poderes do município, obteve para eles do juiz ordinário e dos vereadores carta de perdão e salvo-condulto, e, afim de recolher ao aprisco as ovelhas tresmalhadas, empreendeu a mesma jornada, embarcando para o sertão em companhia de outro padre, o secular Manuel Veloso e de alguns nativos cristãos”. [13]
Hernani Donato em 1993:
“A suas ordens, tinha o condenado numerosos brancos e índios, de forte espírito combativo e, sabendo-se necessário à defesa paulistana, condicionou a aceitação do perdão e seu subseqüente regresso a que o apóstolo do Brasil fosse buscá-lo. Se Grou fora homisiar-se naquelas paragens de Sorocaba, o fizera porque já, por ali, se navegava e morava”. [15]
Indígenas do planalto paulista, 2000:
“Quanto aos indígenas distantes, é possível que tenham vindo grupos do médio Tietê, com os quais os moradores de Piratininga estavam articulados. Foi nestas aldeias do médio Tietê, talvez no rio Sorocaba, que Domingos Luís Grou foi se refugiar, depois de cometer um homicídio”. [16]
Em “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração” (2008) de Benedito Antônio Genofre Prezia:
“Elas tornaram-se também locais de refúgio para os que praticavam assassinatos ou outros delitos graves, como se viu num episódio, ocorrido por volta de 1570, envolvendo a Domingos Grou, o primeiro capitão de Índios. Ao praticar o crime, fugiu com sua família para junto de uma comunidade indígena do médio Tietê, na região do rio Sorocaba.
Como estes indígenas estavam em conflito com os moradores de Piratininga, Anchieta decidiu buscá-lo, aproveitando para tentar fazer as pazes com este povo. A viagem foi acidentada, tendo o barco virado numa cachoeira, quando afundou parte a carga, juntamente com o missionário. Não sabendo nadar, Anchieta foi socorrido pelo jovem Tupi Araguaçu”. [17] |
Fontes/Referências:
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Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
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