| registros | 09/04/2025 16:27:59 |
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QUAL ERA O CAMINHO?
Em 1813 "O lugar mais rico, porém, é a montanha chamada Goraçoiaba, ordinariamente denominada "Morro do ferro", a meia légua de distância da fábrica com a qual comunica por uma estrada nova e larga. Em relação a fabricação do carvão, julgava-se por muito tempo que as madeiras brasileiras não prestavam por causa da sua dureza, porém a experiência do sr. Camara convenceu o contrário.
Imaginava-se também que a fabricação de ferro no Brasil prejudicaria à Europa e suplantgaria a importação da Suécia, porque o aproveitamento dos recursos próprios seria de grande valor, caso uma guerra entre a Inglaterra e as potências do Norte impedissem a exportação dos artigos de primeira necesidade. Ignorância topografica foi a causa desta opinião erronea, ou, seria isso um meio de afastar a concorrência?
Em todo o caso despertou-me a atenção e para melhor conhecer as condições fui mais umas 20 léguas adiante. Ferro em quantidade somente há na capitania de São Paulo e, si alguma vez as fábricas forem aperfeiçoadas, havendo alguma sobra para vender, será necessário transportal-a até o porto de exportação mais próximo que é o Rio de Janeiro, ou então, ao longo da costa que tem 300 léguas e, neste caso, o processo é o seguinte:
em Ipanema o ferro é carregado por animais, por causa da falta de boas estradas, até a serra do Cubatão onde desce 7000 pés num declive forte, de modo que a carga não pode ser grande. De Cubatão, onde se pagam os direitos por ser alfandega arrendada, o ferro é conduzido algumas léguas em canoas até á cidade de Santos, lugar em que é baldeado de novo para pequenas embarcações cobertas para ser conduzido por 30 léguas ainda até o rio de Janeiro, onde finalmente, pode ser exportado.
Considerando agora que todo este trabalho é pago em ouro, vê-se que o ferro fica tão caro que não pode dar lucro nenhum, mórmente quando já existe uma exportação remunerada de café, açucar e couros e não pode concorrer com o ferro europeu em preço. Segundo meu modo de pensar, o resultado final dos novos projetos, isto é, si forem executados, será apenas que uma das mais interessantes provincias do globo, poderá produzir para si todo o ferro de que precisa.
Duas léguas daqui está a cidade de Sorocaba, que tem o seu nome do rio que a atravessa. É muito espalhada, mas escassamente habitada, sendo notável por seus cortumes de couros de cabra, suas redes de algodão e a grande renda que a coroa aqui arrecada do segundo imposto sobre todos os cavalos, bestas e bois que, em estado selvagem nos campos, são conduzidos até aqui, para irem á São Paulo ou Rio de Janeiro". [3] |
QUAL ERA A ROTA?
A denominação Serra de Cubatão [8] nem sempre se referiu ao local registrado nos mapas modernos. O “Guia dos Navegantes” de 1817, [5] o mapa de J. Arrowsmith de 1842 [6] e o “Atlas do império do Brazil” de 1868. [7] |
RELACIONAMENTOS
Fontes/Referências:
[1] “Os canhões de Ipanema: tecnologia, indústria, logística e política em 1840” p.19 |
[2] Oficio da Junta ao Comandante da Expedição Diogo Pinto de Azevedo Portugal. São Paulo, 07 de setembro de 1809. Secretaria do Governo da Província de São Paulo. Fundo Registro de ordem régias e avisos ministeriais relativos à real expedição e conquista de Guarapuava contra os Índios. – Códice 458- vol. 1 e vol. 2. 8E 02370 . Arquivo Nacional, p. 5. |
[3] Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, 1895. |
[5] "Guia de caminhantes". objdigital.bn.br |
[6] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=24700
[7] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=24817
[8] Google Maps, 15.03.2022 |
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