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D. Francisco das “Manhãs”: 7° Governador-Geral do Brasi e 1° Fundador de Sorocaba
A origem de “Sorocaba” ainda não foi compreendida em sua totalidade. A população resume ao “estabelecimento de Balthazar Fernandes em 1654, 154 anos após Cabral chegar ao Brasil, quando tudo aqui era mata fechada”. Os registros anteriores a 1654 são tratados como “Pré-História”. Completamente errado!
50 anos antes da fundação oficial (1661) inicia um longo período de silêncio na vila já existente nas proximidades da Montanha do Araçoiaba, após a morte de seu fundador, D. Francisco de Souza em 1611, [13] sinônimo de fracasso na maioria dos escritos. A vila, por ele denominada Nossa Senhora de Mont Serrat, passou a se chamar São Filipe.
A fundação de Sorocaba está profundamente ligada D.Francisco e ao período chamado União Ibérica (de 1580 á 1641, quase exatamente nascimento e falecimento do fundador de Sorocaba), quando Espanha e Portugal foram unificados sob a liderança de um rei espanhol.
O motivo? Em 4 de agosto de 1578 o jovem rei português D. Sebastião desapareceu durante a batalha de Kasr-el-Kebir. [1] Todas as teorias já foram exploradas!
Existem registros que indicam que ele teria sido sequestrado, ou que entre os muitos que reivindicaram o trono e foram executados como sósias estaria o verdadeiro D. Sebastião.
Acima de tudo e de todos, a História seguiu o rumo que conhecemos quando D. Franscisco retornou a Lisboa, em 24 de agosto de 1578, portando cartas de Belchior de Amaral, que afirmava ter participado do sepultamento do corpo do rei português. [2]
Confusão Histórica (imagem)
Existem eventos registrados que ainda não sabemos se ocorreram em Mogi das Cruzes, Santa Ana de Parnaíba, Santos ou Sorocaba. No centro deles está a capela que D. Francisco de Sousa construiu em terras pertencentes a Bras Cubas.
O local exato das terras concedidas a Bras Cubas é tão controverso quanto “esquisito”. No que importa ao texto, em 25 de setembro de 1536 registra-se a concessão de terras a Bras Cubas a leste do ribeiro de São “Jerônimo, depois chamado de Montserrate”. [1]
O “morro” de São Jerônimo, em Santos, passou a ser chamado MontSerrat por causa da igreja construída por D. Francisco sob a mesma invocação em uma “montanha”.
Exemplo perfeito é o mapa “Americae pars Meridionalis”, feito pelo experiente cartógrafo Hendrik Hondius em 1640, que, com detalhes, descreve Santos e Sorocaba como uma só. [14] Até mesmo o principal e respeitado autor santista, Francisco Martins, se confunde em “História de Santos”, publicado em 1937:
Na página 110 afirma que “(...) ficava na encosta do Morro de São Jerônimo, nome depois trocado pelo de Monte Serrate, desde que se construiu entre os anos de 1603 e 1605, a ermida de Nossa Senhora de Montserrat”. E na página 268 que “(...) a Igreja do Monte Serrate foi edificada em 1602 por D. Francisco Souza (...)” (imagem) [16]
Não estava aqui
É mera suposição afirmar que D. Francisco ou qualquer outra pessoa tenha construído essa capela em Santos, princilpalmente em 1602, 1603 ou 1605, como atribuem os autores.
Certeza documentada é que em junho de 1602 D. Francisco voltou ao reino, [8] em 9 de agosto de 1603 a cigana Francisca Rodrigues foi responsável pela aposentadoria dele [10] e em 19 de março de 1605 D. Francisco foi novamente convocado a voltar ao Reino. [12]
Sorocaba
Em 9 de junho de 1591 D. Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil. Na ocasião fica sabendo de uma certa paragem, onde havia mina de muito ouro limpo, extraído dos montes “Sabaroason”. [3]
Em março de 1600 manda erguer um pelourinho no local nas proximidades de Sorocaba de "Ibiaraçoiaba". [5] Em 14 de julho de 1601 mudou o pelourinho de local, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava". [6]
Aluísio de Almeida, Um dos autores que dedicaram grande parte da vida á História de Sorocaba, cujos escritos são referência e leitura obrigatória entre os estudiosos, afirma:
“Por ser de cor evidentemente local, trata-se uma ponte do rio Sorocaba, onde se fez a igreja a que trouxeram uma imagem de Nossa Senhora. Esta imagem podia ser a Nossa Senhora de Montesserrate, orago do Ipanema, ou outra do próprio Balthazar e é provavel que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte”. [18] |
Fontes/Referências:
| [1] Vilardaga, José Carlos, São Paulo na órbita do Império dos Felipes: conexões castelhanas de uma vila da América portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640), São Paulo, Tesis doctoral, USP, 2010 p.26 |
| [2] "SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.129 |
| [3] “História do Brasil” Livro 1º, Cap. V. Frei Vicente do Salvador / Marcgrave – História Natural do Brasil, Edição do Museu Paulista, pág. 263 / https://brasilbook.com.br/w.asp?b=2669 / GARCIA, 1929, p. 7 |
| [4] projetocompartilhar.org/Familia/ ClementeAlvares.htm - Revistado do IHGSP p.212 - Explorações do ouro, leis e cotidiano das Minas do Século XVIII p.46 |
| [5] Memória Histórica de Sorocaba p.340 / Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História / Brandão, Um neerlandês em São Paulo, 765-776 |
[6] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=24911
| [7] Washington Luís p.286 - Explorações do ouro, leis e cotidiano das Minas do Século XVIII p.46 / Eduardo Tomasevicius Filho / "História Da Civilização Brasileira COLEÇÃO" / "Revista do IHGSP" p. 613 |
| [8] História de Santos (1937) de Francisco Martins dos Santos. Página 110 |
| [9] Na Capitania de São Vicente p.287 |
| [10] "SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa" p.180 |
| [11] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 8 e 9 |
| [12] Reg. Geral, vol.1º, pág. 125 / Memória Histórica de Sorocaba p.341 / Revistado do IHGSP p.212 / Vilardaga p.153 |
[13] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=21463
| [14] Mapa Americae pars Meridionalis, 1640. Hendrik Hondius (1597-1651) |
| [15] Chorographia historica, chronographica, genealogica, nobiliaria e politica do imperio do Brasil. Tomo I. / "Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais" |
| [16] História de Santos / ovaledoribeira.com.br/2019/02/o-bacharel-de-cananeia.html |
| [17] Diário de Notícias, 01.09.1940. Página 13. Aluísio de Almeida |
| [18] *Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes” (1967) Luiz Castanho de Almeida |
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Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
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