Wildcard SSL Certificates
registros09/04/2025 16:27:59  
Nativos vaidosos
20/03/2022

Pelas circunstâncias, grande maioria dos nativos brasileiros não eram vaidosos. E como nós, homens e mulheres, não se impressionaram tanto com os reflexos de espelhos, as águas cristalinas refletiam melhor. [14] E apesar de guerreiros, a vantagem do machado metálico era outra. [11]

Derrubar uma árvore de pau-brasil com um machado de pedra, se levava de três a quatro horas, e pra derrubar com um machado de metal levava vinte minutos. [13] E os nativos desejaram-nos não para produzir mais no mesmo tempo, mas para produzir a mesma coisa, num tempo dez vezes mais curto. [11]

Nativos guerreiros

Quando os europeus chegaram poderiam ter todos morridos de inanição, escorbuto ou qualquer outra bereba nesse litoral se os nativos os tivessem recolhidos, acolhidos, os ensinado a sobreviver aqui e principalmente alimenta-los. Não sabiam siquer colher um caju, aliás nem nem sabiam o que era um caju. Chegaram famintos e doentes.

Darcy Ribeiro diz que eles fediam. Chegaram frágeis. Os nativos poderiam tê-los matados afogados. Durante mais de 150 o que os nativos fizeram foi socorrer estrangeiros flagelados chegando nas praias. [13]

Já eram tão temíveis com suas flechas de ponta de osso ou de madeira endurecida ao fogo. [10] E maio de 1564 os paulistas pede ajuda a Estácio de Sá dizendo: “entre duas gerações de gente de várias qualidades e forças que há em toda a costa do Brasil como são os tamoios e tupiniquins”. [4]

Em 1606 a Câmara Municipal de São Paulo estimou que o Carijó ainda tinha até 200.000 guerreiros, contra os quais as cinco cidades de a capitania de São Vicente poderia reunir 300 portugueses bem como seus escravos indianos, que provavelmente somam mais de 1.500. [9]

Ferro não!

Desde o início são trocas marcadas por uma tensão entre os europeus interessados na conquista, em impor o seu modo de pensar.

Lévi-Strauss mostrou isso muito bem em seus estudos a grande diferença de mentalidade. Ao contrário dos europeus os nativos eram muito abertos à alteridade, a incorporação de outros, á diversidade. Todos eram parte integrante de sua visão de mundo.

Os europeus não viam os valores dos nativos, eles projetavam sobre eles a sua vontade. Por exemplo o demônio, o pagão, o infiel. Enquanto os nativos tinham curiosidade sobre a biologia corporal dos europeus; se corriam, o que comiam; se cagavam; se morriam, se apodreciam... os europeus estavam discutindo se eles tinham lma ou não, se eram bons escravizados ou não. [13]

Em 19 de junho de 1578 intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”. [5]

Em 1583 o procurador Gonçalo Madeira apresentou denúncia na sessão de 14 de setembro de 1583 de que Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes. [6]

Se chegou aqui... Sabe quando isso mudou?

CIDADES RELACIONADAS


São Paulo/SP
Sorocaba/SP
Santana de Parnaíba/SP
Cabo Frio/RJ
Rio de Janeiro/RJ
Salvador/BA
Santos/SP
Recife/PE
São Vicente/SP


RELACIONAMENTOS
“Índios”354 registros
Mineralogia6 registros
Domingos Luís Grou144 registros
Ferreiros/Metais90 registros
Diamantes, ouro e prata827 registros
João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”12 registros
Bartholomeu Fernandes Cabral14 registros
Mestre Bartolomeu Gonçalves24 registros
Tamoios41 registros
Manuel Fernandes Ramos46 registros
Suzana Dias48 registros
Lagoa Dourada47 registros
Carijós130 registros
Guaranis12 registros
Caminho do Peabiru165 registros
Mosteiro de São Bento SP84 registros
Antonio Rodrigues Cabral9 registros
Epidemias e pandemias153 registros
José de Anchieta119 registros
Jerônimo Leitão59 registros
Alemães31 registros
Caminho da Cruz (Estrada Velha)7 registros
Estácio de Sá15 registros
Pau-Brasil7 registros
Baía de Guanabara3 registros
Gaspar da Gama, primeiro Judeu no Brasil18 registros
Nossa Senhora do Carmo25 registros
Visconde de Porto Seguro19 registros
Fernão de Loronha1 registros
Ipiranga12 registros
Tupinambás22 registros
Gaspar Fernandes23 registros
Gonçalo Madeira12 registros
Pedro Álvares Cabral48 registros
Cayacangas9 registros
Pela primeira vez390 registros
Geógrafos e geografia334 registros
Balthazar Fernandes171 registros
Habitantes105 registros
Capitania de São Vicente53 registros
Bilreiros13 registros
Temiminós28 registros
Fazendas60 registros
Fontes/Referências:

[1] Escrito por Juliana Bezerra (Professora de História) / Revista Super Interessante (31/10/2016) / cruzterrasanta.com.br / "A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos" 2005 / Romance da Prata

[2] “Carvalhinho, o primeiro brasileiro”, 18.06.2019. Eduardo Bueno, youtube.com/watch?v=yZ2I_hjEDu0

[3] "O Bacharel de Cananéia" Eduardo Bueno

[4] "SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.84;85

[5] Eduardo Tomasevicius Filho / pt.rodovid.org/wk/Pessoa:1123360 / pt.rodovid.org/wk/Pessoa:1123472

[6] Eduardo Tomasevicius Filho / "Os Tupi de Piratiinga. Acolhida, resitência e colaboração" Benedito A. G. Prezia (2008)

[7] Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Eduardo Tomasevicius Filho. Página 40

[8] Eduardo Tomasevicius Filho

[9] Manuela Carneiro Cnha (1992) "A história dos índios no Brasil"

[10] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=24950

[11] Jornal “Diário da Noite”/SP, 25.01.1964. Página 26

[12] A sociedade contra o Estado: Pesquisas de Antropologia Política. São Paulo: Cosac & Naify, 2003 (1974)

[13] Guerras do Brasil.doc: As Guerras da Conquista Documentário/Netflix

[14] “Carvalhinho, o primeiro brasileiro”, 18.06.2019. Eduardo Bueno, youtube.com/watch?v=yZ2I_hjEDu0

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

A base de dados inclui ci

Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .

Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP



Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?

Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:

BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira

Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.

Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.

Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.

É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.

BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.